Música é História - Luiz Fernando Vianna

Maria Bethânia, Gal Costa e Nana Caymmi estão na estrada há mais de 50 anos e não há dúvidas da importância delas na cena musical brasileira. Bethânia deve ser referenciada pela firmeza com a qual conduziu a carreira. Gal, que emergiu como principal voz feminina do Tropicalismo, transitou por diversos estilos. E Nana Caymmi sempre cantou o amor para valer.

Elas surgiram na passagem da década de 1960 para 1970. Na mesma época, Marina Lima surgiu com força. Elas abriram caminho para Marisa Monte, Cássia Eller entre outras.

Dolores Duran e Maysa podem ser consideradas as matriarcas das compositoras nacionais, já que, até a época das duas artistas, não era comum vermos mulheres compondo canções por aqui. Dona Ivone Lara, Ângela Ro Ro, Sueli Costa, Joyce Moreno e Fátima Guedes também são alguns dos nossos grandes nomes.

Alcione, Beth Carvalho, Jovelina Pérola Negra, Leci Brandão são algumas das rainhas desse estilo musical lembradas nesta semana.

Um deles é Ivan Lins. No disco 'Ela', de 1971, a cantora estourou com 'Madalena', parceria de Ivan com Ronaldo Monteiro de Souza. João Bosco e Aldir Blanc também foram muito contemplados por Elis em suas gravações, como o sucesso 'Dois pra lá, dois pra cá'.

Para muitos, ela foi a maior cantora brasileira de todos os tempos.

As cantoras brasileiras se posicionaram contra o regime militar. Artistas foram perseguidos. Um dos destaques foi a cantora Nara Leão.

Algumas artistas, quando surgiram, viraram um verdadeiro espelho para sua geração. Entre elas estão Carmen Miranda, Nara Leão, Wanderléa, entre outras.

A Rainha do Rádio, que morreu aos 89 anos, foi homenageada com um especial que foi ao em junho na emissora. Ela integrou a série que contou a história de grandes mulheres na música do país.

'Normalista', composta por Benedito Lacerda e David Nasser em 1949 e interpretada por Nelson Gonçalves, traz o primeiro registro do uso da palavra 'brotinho' no cancioneiro brasileiro.

O fóssil humano mais antigo encontrado na América - 'a primeira brasileira' - teria vivido há cerca de 11 mil anos.

No início da década de 1930, ainda criança, ela costumava frequentar as rodas de viola dos colonos - daí veio seu fascínio pela cultura popular.

Personagem do dia é Isaurinha Garcia, que morreu há 25 anos. A cantora é muito associada a São Paulo, mas é uma grande intérprete nacional. Sua vida, cercada de grandes histórias e dramas, está em cartaz no Rio de Janeiro.

Em meio ao fortalecimento de um novo feminismo, ela foi alçada à condição de símbolo e é cada vez mais reverenciada por mulheres, sobretudo as que são negras.

Além de uma grande cantora, outros fatores fazem dela uma mulher especial. Nascida em 1920, Elizeth foi operária, aprendiz de cabeleireira e teve várias outras funções, mas sempre soube que queria ser cantora.

Na quinta-feira, 7 de junho, a cantora faria 88 anos. Ela morreu muito cedo, com apenas 29 anos. Dolores ficou marcada como uma das grandes autoras de sambas-canção e de músicas de fossa no Brasil.

A cantora completou 89 anos no dia 13 de maio. Ela continua gravando discos e fazendo shows. Assim como Dalva de Oliveira, a artista nasceu pobre e conseguiu brilhar com seu canto poderoso.

As duas cantoras tinham diferença de idade de apenas nove meses. Ambas começaram cedo: por volta dos 13 anos já se apresentavam em público. Além disso, as duas conquistaram fama no rádio.

Novas gerações haviam esquecido das estrelas do rádio, que brilharam muito na sua época.

A primeira mãe chamada Maria em que se pensa é a mãe de Jesus. Várias canções brasileiras falam direta ou indiretamente sobre Maria, Nossa Senhora.

A cantora nasceu há 101 anos, em um 5 de maio, como ontem. Mas ela morreu cedo, aos 55, depois de uma vida intensa e muito sofrida.

Na série 'A mulher na música brasileira', Luiz Fernando Vianna fala da importância das mulheres baianas para a história da música brasileira. Músicos como Dorival Caymmi e João Gilberto cantaram sobre elas.

A artista foi empoderada muito antes de essa palavra existir. Ela enfrentou o machismo do meio do samba e se firmou como uma das três maiores compositoras do país.

A marchinha é assinada por Lamartine Babo. Muitos blocos nem cantam mais a marchinha no carnaval. Muita gente não gosta de debater o assunto, mas as letras devem ser analisadas com base nas transformações das últimas décadas.

Ela era considerada a melhor intérprete dos sambas de Noel Rosa. A artista começou a cantar em terreiros de umbanda e blocos de carnaval.

Ela abriu caminho para as intérpretes femininas na música popular, como Carmen Miranda.

Tia Ciata, cozinheira e mãe de santo que nasceu na Bahia, foi um dos principais nomes desse período.

O primeiro capítulo da série é com a pioneira Chiquinha Gonzaga. Ela quebrou tabus e foi uma mulher à frente do seu tempo. Ela nasceu em 1847. Com 23 anos, Chiquinha Gonzaga tinha três filhos e já estava separada. Em 1877, ela teve uma composição lançada pela primeira vez.

O funk foi gravado por Fernanda Abreu. Outra canção recente, também mistura calor e violência para falar do Rio. ‘Caravanas’, de Chico Buarque’, é um retrato de uma sociedade em conflito.