Efeito Borboleta

Serviço Militar Obrigatório, sim ou não? Existe de facto a ameaça de uma guerra? E quem irá, efectivamente, vestir a farda e arriscar a vida?

Os livros vão acabar? Podem os ecrãs digitais substituir o papel? Qual o lugar do livro – com minúscula e com maiúscula – nas nossas vidas?

Finge eleições livres,advoga uma imprensa livre,usa o poder económico para forjar amizades entre os democratas. A ditadura aprendeu a usar o 'soft power' para se reinventar.É preciso q tudo mude para q fique tudo igual?

Está aí a Primavera. Mas como ela nos condiciona? Até onde os rituais da natureza transformam o nosso ritmo físico e mental? Somos mesmo mais felizes na Primavera?

Agora a frio: o Chega tem 48 deputados – qual o significado do regresso das correntes neofascistas aos círculos de poder em Portugal, 50 anos depois do 25 de Abril?

O sexo conta? Ou só o género? Somos genética ou somos cultura? Apenas uma coisa ou porções distintas de ambas? Dito de outro modo: há uma guerra cultural em curso?

Governo do povo, para o povo, a favor do povo. E o povo, pá? Onde tem sido deixado o povo no caos em que se tornaram as democracias liberais? E quando elas ainda não eram este caos, onde estava ele?

Num só ano, quase 30 mil estrangeiros pediram a nacionalidade portuguesa. Mas o que é isso, afinal, de ser português? O que é uma nacionalidade?

O Estado deve ser informado da dimensão, origem e natureza dos nossos rendimentos? Onde está a linha que separa o combate à evasão fiscal da vigilância totalitária?

Já ninguém escreve cartas de amor. Nem postais de Natal – nem sequer, bem vistas as coisas, postais do Dia dos Namorados. Resistiremos? Podemos viver sem escrever à mão?

Voltam as eleições, volta a condescendência em relação às regiões, às cidades e às aldeias – aos seus candidatos, às suas campanhas, às suas propostas. Portugal é Lisboa e o resto é paisagem?

O Chega esforça-se por se normalizar e, lentamente, esse esforço parece ir produzindo resultados. Estamos, enfim, prontos para o regresso da extrema-direita ao poder em Portugal?

Toda a gente o prática, mas ninguém lhe dá nome. O "lobby" precisa de regulamentação em Portugal, dizem alguns, e muitos partidos querem resolver o problema. Bem ou mal?

Devem todos os cidadãos ter acesso a um Rendimento Básico Universal, trabalhem ou não? Como seria uma sociedade assim? Seria justa?

Todos os dias há alguém que usa no debate político a palavra "meritocracia". Mas: e se ter mérito fosse, afinal, uma ideia distópica? O que é e o que pode ser, exactamente, isso da meritocracia?

Os resultados dos alunos portugueses destacam-se pela negativa no contexto da OCDE. Mas poderá o conhecimento ser medido aos bocados, como se come uma PISA? E o que são descritores de competências?

Também se lhe dá o nome de "jeitinho", e os brasileiros chamam-lhe "pistolão". A "cunha" tem nome em virtualmente todos os países e línguas. Mas será tão popular em todo o lado como aqui?

Vai ser um ano cheio de eleições, 2024. O que valem elas, exactamente? Que virtudes e vulnerabilidades tem esse género de expressão democrática? E que riscos corre?

A tentação continua lá: acabará Portugal por apertar o cerco legal ao discurso de ódio? Quem define o que é discurso de ódio? E o que há nisso de censura?

É um entretém e é uma rotina, é uma esperança e também é um vício. Há dezenas de milhar de portugueses viciados em jogos de sorte. Um azar ou um modo de vida?

Kennedy quebrava corações, Giorgia Meloni faz suspirar os eleitores italianos e Pedro Nuno Santos é um... "daddy". Afinal, qual o papel da beleza física e do sex-appeal na política, no século XXI e na vida em geral?

Mensagens, ideias, vídeos, notificações. Telefone, e-mail, SMS, WhatsApp, redes sociais. Televisões, rádios, jornais, Internet, podcasts. Estamos afogados em comunicação?

Grassa no tempo das redes sociais, mas também – ou talvez "e também" – no dos populistas. Afinal, o que é a cultura de cancelamento: um acto de justiça ou uma nova inquisição?

Crise financeira, crise pandémica, crise democrática, crise habitacional. Afinal, a ideia de crise favorece ou desfavorece o amor? O Amor é mais arriscado em tempos de crise?

Há duas guerras em curso", dizem os políticos. E, no entanto, há tantas mais: Nagorno-Karabakh, Iémen, Paquistão, Congo, Haiti... O etnocentismo continua a ser uma doença europeia (e ocidental)?

Militantes ou activistas? O que leva as pessoas a abraçar uma causa e a lutar por ela? E a que métodos é legítimo e ilegítimo recorrer?

Agora faltam professores de Matemática. E, seja como for, todos os anos nos faltam resultados. Que temos nós com a Matemática, afinal? Porque é que não conseguimos percebê-la (nem sabemos amá-la)?

Agora chamamos-lhe "flik-flak",mas o nome é "mentira".Consagradas as "fake news",os políticos não abandonaram as técnicas mais tradicionais–ex: prometer,ameaçar,garantir,e depois ficar quietinho.Devemos deixá-los passar?

Fui de visita à minha tia num comboio... mas nunca cheguei, porque não havia comboio. Afinal, como ficámos aqui parados? E que país se poderá reclamar moderno sem uma ferrovia moderna também?

O Governo dos Açores recoloca na agenda política um dos assuntos mais inquietantes da "polis": a fragilidade da comunicação social e o baixo preço a que o poder a pode comprar.

Estão de volta as férias dos políticos, dos professores e das famílias. O que poderemos esperar da reentrée? E com o que nos ocuparemos até lá – o país, os ouvintes e nós próprios, Raquel Varela e Joel Neto?

Nos Açores, deram as mãos. Na Madeira, fazem juras de amor. E no continente, como vão afinal comportar-se o Partido-Social Democrata de Montenegro e o Chega de Ventura?

O assassinato de um jovem pela polícia francesa espoletou uma revolta que dura há várias semanas, e cujas ondas de choque se prolongarão Verão fora. Como se chegou aqui?

Receber sem trabalhar é justo? Devemos apoiar um Rendimento Básico Universal? O governo inglês, que até é conservador, acha que sim – e vai avançar com uma experiência

Governo quer, até 2030, reduzir para metade número de vítimas de acidentes de automóvel.Mas basta voltarem os feriados, o mês de Agosto,o Natal ou outro fluxo de gente qualquer:os mortos sucedem-se logo. Como é possível?

Regressada a época de fogos, e o plano de combate surge este ano reforçado. As projecções sugerem menos ocorrências e bastante menos destruição. Será verdade? E como tendência, ou como excepção?

Uma piada contava que, agora, ser rebelde é assumir uma identidade não só de género, mas de sexo. Afinal, faz sentido relativizar tudo? E é de relativismo que falamos?

Afinal, quantos pobres há em Portugal? E o que é ser pobre no século XXI? Estamos a regredir? Como foi no passado? E o que estamos a fazer para não ser no futuro?

A nova legislação sobre a distribuição e o consumo de tabaco gerou o aplauso dos abolicionistas e a indignação dos libertários. Afinal, pode o Estado proibir isto tudo? E deve?

Tudo ou nada. Em absoluto, definitivamente. O pensamento binário reduziu o debate a duas trincheiras rivais que muitas vezes até nem são as maiores inimigas uma da outra. Foi antes ou depois das redes sociais?

Sexo é bom para a mamã e bom para o papá, cantavam os Ena Pá 2000. Mas os estudos não são promissores: falta sexo a grande parte da humanidade. Para o que serviria ele hoje?

"Wokismo": que palavra é esta que se de repente se assume dona das palavras? Estamos acordados ou a dormir? Onde estão hoje as fronteiras entre a decência, o politicamente correcto e o delírio?

Ilegalizar a extrema-direita: sim ou não? E a partir de que ponto, nesse caso, teríamos de considerá-la extrema? Como combater a tirania, no fundo? E o obscurantismo? E o populismo?

É um dos temas do ano. Onde acaba a protecção da segurança e começa o controlo das liberdades? Em cima: devemos ou não permitir às autoridades o acesso aos metadados dos nossos aparelhos?

Muitas vezes são os telemóveis, mas outras até são os pensamentos. Cada vez mais estamos ao lado uns dos outros e, ainda assim, ausentes. Poderemos viver sem uma intimidade real?

Pode alguém ser acusado de assédio nos livros e nos jornais sem, ao mesmo tempo, o ser na justiça? O que é a presunção de inocência? E o que se passa nos locais de trabalho portugueses?

O país desperta finalmente para a necessidade de discutir a auto-ajuda, os coaches, os homeopatas e tudo o mais a que alguns chamam “pseudociência”. Afinal, quem marcou aquele golo: Éder ou Susana Torres?

O que é um produto essencial? O que é uma isenção de IVA? E porque é que cabe a Marques Mendes, que não é jornalistas nem assessor de comunicação, divulgar uma nova associação entre os dois?

Como assim, "demasiado grandes para falir"? Quinze anos depois da derrocada do Lehman Brothers, a banca volta a tremer. Afinal, o que é um Banco – e quem é que paga a conta?

Nelson Évora e Pedro Pichardo voltaram a zangar-se, e desta vez a conversa azedou ainda mais. Atletas, rivais e naturalizados, discutem, no fundo, se algum é mais português do que o outro. Será?

Entre a pandemia e a ameaça de uma crise inflacionista,os sectores do retalho e da distribuição aproveitam para fazer caixa. Com a guerra em fundo, o cabaz alimentar está caríssimo e as estratégias de marketing obscenas.

O cinema português chega aos Óscares. Mas o que valem, realmente, os chamados «prémios da Academia»? E os prémios criativos em geral – até o Nobel da Literatura? O que vale a premiação no século XXI?

O país discute os direitos à habitação, à propriedade e à proximidade, mas pouco se tem falado da ideia de casa propriamente dita. O que é uma casa? Para que serve? E como determina aquilo que somos?

Continua a bater na trave a lei que pretende criminalizar os autores de maus-tratos a animais. Em que é que os animais se assemelham e distinguem das pessoas? Como deve a Constituição olhá-los?

A polémica em torno do investimento público nas Jornadas Mundiais da Juventude volta a levantar a questão: qual deve ser a posição "de facto" do estado português perante a igreja da Católica? E de jure?

A arte deve ser inclusiva? Invadir um palco é um acto de rebeldia ou de assédio? O que significam acontecimentos em torno da peça "Tudo Sobre a Minha Mãe", da companhia Teatro do Vão?

Chega ao fim o julgamento de Rui Pinto, o hacker dos casos Football Leaks e Luanda Leaks. O que ganhámos e perdemos como ele? E como vamos receber o próximo grande hacker português?

O hino nacional está na berlinda. Mudar o hino ou mudar a história que mudará o hino – eis a questão.

O lançamento do ChatGPT não é apenas um salto em frente nos domínios da inteligência artificial: é a consagração de uma dúvida razoável sobre o futuro da criatividade humana. Que vai ser de nós?

Portugal volta a discutir uma lei para a eutanásia, e com ela as chamadas "questões de consciência", o papel da religião e até a instituição do referendo. Onde está o cerne da questão, afinal?

Os professores iniciaram um amplo protesto em defesa da qualidade do ensino. Mas o que seria um ensino de qualidade? Como deveria ser uma escola?

Abram alas ao assunto mais urgente: reduzir a semana para quatro dias vai conter a carga de trabalho ou o trabalho em geral? Uma maior aposta na tecnologia resultará num serviço à sociedade e ao seu bem estar?

A enciclopédia do povo torna-se uma arma de soft-power. Marcas, adversários políticos, até estados estão a viciar entradas para manipular a opinião pública. Era inevitável?

“Ai, o futebol, o futebol... Porque é que a Raquel não gosta de futebol? Porque é que o Joel gosta? E porque é que têm os dois boas razões?”

Afinal, o que une as forças de segurança e a extrema-direita? Que espécie de impulso é comum às pessoas que aderem a uma ou a outra actividade? E o que podemos fazer quanto a isso?

A morte de uma estudante americana nos atentados do Bataclan, em Paris, pode desencadear – sete anos depois – uma revolução nas redes sociais e, aliás, na Internet. Tem a palavra o Supremo Tribunal americano.

O Chega tenta ampliar a base social ganhando influência nos sindicatos. Pode a extrema-direita defender o trabalho? E os sindicatos, podem ser neutros face à ameaça da extrema-direita?

Pela primeira vez, um inquérito oficial considerou as redes sociais responsáveis pelo suicídio de um adolescente. Que espécie de mártir se tornará a jovem inglesa Molly Russell?

Um plágio no jornal «Público» reabriu o nunca concluído debate sobre a deontologia e o jornalismo. Onde estamos e para onde vamos? E o que é o plágio, afinal?

Os escândalos de pedofilia abalam a confiança na Igreja. Sexo, desejo, repressão, abuso: o que se passa na Igreja Católica é diferente do que se passa no resto da sociedade?

As agências espaciais voltam a interessar-se pela exploração da Lua,a NASA planeia tornar a aterrar o homem em 2025.O que significa o regresso ao satélite onde há mais de meio século Armstrong aterrou pela primeira vez?

«Viva a República!», gritou-se em 1910 em Portugal. Já em Inglaterra, 102 anos depois, gritou-se «Viva o Rei!» Ainda fazem sentido as monarquias? E o que celebramos quando celebramos a república?

Acabam-se as feiras do livro, regressa a ditadura dos manuais escolares, empreendem os festivais literários contra a escassez.A crise há-de continuar: para os portugueses, os livros são "muito caros". Mas sê-lo-ão mesmo?

E se lhe perguntarem como é Portugal? Dirá que é bonito ou feio? E, dizendo que é bonito, estará a referir-se à paisagem natural ou à construída? Afinal, o que podemos chamar ao nosso ordenamento urbanístico?

Portugal é o país da Europa em que os jovens se emancipam mais tarde da casa dos pais. Isto é: sete anos depois da média e 14 anos depois daquele em que se emancipam mais cedo. Que vida ainda vão a tempo de ter?...

Há uma idade ideal para se constituir família? E a crescente disparidade etária entre pais e filhos está a fazer-nos ultrapassar esse limite? O Joel, por exemplo, só vai começar agora. A Raquel tem sugestões...

Cidades grandes e pequenas. Países pobres e até países ricos. A gentrificação é apenas mais um rosto do capitalismo ou a própria gémea má da globalização? E no que se assemelha e distingue da desertificação?

Amizades, parcerias, desconsiderações. Telenovelas, futebol, acordos linguísticos. Do que se fazem as relações entre Portugal e o Brasil, hoje e sempre? E é realmente uma irmandade, isso?

Férias são, para muitos, sinónimo de descanso, praia e família. Mas será mesmo assim? Para todos? Desde quando e até que ponto?

Dizia Wittgenstein que «O humor não é um estado de espírito, e sim uma visão do mundo.» Mas saberemos mesmo do que falamos quando falamos de humor? E porque se transformaram os humoristas nas novas estrelas pop?

Estudantes queixam-se de assédio moral em várias faculdades. Há quem responda que é mimo, falta de resiliência. Em que ficamos?

Prostituição é trabalho? É trabalho – como defendem alguns – como outro qualquer? Onde está a fronteira, afinal, entre legalizar e fomentar?

Devem as mulheres adquirir o direito a uma licença quando estão com o período? Ou isso seria um privilégio, acentuando as desigualdades existentes? E desigualdades para com os homens ou para com as outras mulheres?

Desfilam os projectos para a desmaterialização dos manuais escolares, alguns pais rejubilam.Os manuais digitais serão mais baratos,às vezes até gratuitos.Mas o que restará para esse objecto mágico a que chamamos «livro»?

Príncipes mimados ou vítimas de um futuro incerto? Os jovens estão numa encruzilhada: à sobreprotecção, à falta de emprego e à ignorância juntam-se agora os efeitos da pandemia, da guerra e da crise. Como sair daqui?

Talvez nunca, como hoje, nos tenha motivado tanto a ideia de ter razão. Ter razão é motivo até para os discursos mais irracionais. O que aprendemos com isso? O que evoluímos no meio do ruído das teimas e das discussões?

Há muito que o Partido Comunista Português não estava sob escrutínio público como está desde a invasão da Ucrânia. Porquê, afinal? O que é o comunismo hoje? E o que foi?

O último é Ellon Musk. Os homens mais ricos do mundo são agora proprietários do Twitter, do Facebook e dos próprios jornais. Pode haver liberdade de expressão assim? Quem são os donos da comunicação, afinal?

O povo já não tem medo, noticiava-se em 1974. O 25 de Abril derrubou a ditadura, mas há quem fale em celebrar também o 25 de Novembro. O que representam as datas, agora que preparamos a festa dos 50 anos de Abril?

"Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força". As palavras de Orwell ressoam hoje como nunca. Pode-se contar a verdade numa guerra? E fugir à mentira?

Um livro de António Fonseca, professor da Universidade Católica, relança o debate sobre a reforma antecipada, o processo de envelhecimento e a aposentação em geral. Vamos falar de urgências, riscos e medos?

Relações abertas, poliamor, demissexualidade, arromantismo. São cada vez mais os estatutos sexuais e as novas formas de relação amorosa. A que nos levarão?

Políticos, dirigentes desportivos, portugueses de todas as origens e destinos. Nem a passagem da violência doméstica a crime público impediu os homens de continuarem a bater nas mulheres. Insanável?

Perguntava Bertold Brecht:«O que é o crime de roubar um banco, comparado com o crime de ter um banco?»Os escândalos bancários não param de, e agora que precisar da banca para atacar a inflação,a recessão e até as sanções

Há alguém mais belo do que eu? O narcisismo é um dos males do nosso tempo: somos cada vez mais, cada vez mais sós e cada vez mais perfeitos. E agora?

Diz o Instituto Nacional de Estatística que quase 11% dos menores portugueses estão em situação de privação material e social. O que estamos a fazer às nossas crianças? E o que é ser criança, afinal?

O inquérito nacional às práticas culturais dos portugueses mostrou que também aí estamos na cauda da Europa. O que assemelha e distingue a cultura do entretenimento? E porque precisamos dos dois?

Misantropos, hackers, terroristas – todos, ou quase todos, vivendo dentro de computadores. Está ou não a obsessão da informática a propiciar a doença mental e a violência?

Mas, afinal, pode-se ou não ser católico sem se ser crente? E muçulmano? E judeu? Que espécies de religiões são as de hoje? E para que servem?