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Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
4 comunicadores, 4 especialistas, 4 temas - Economia, Sociedade, Política e Ciência -, todas as semanas no [IN] Pertinente. Um confronto bem disposto entre a curiosidade e o saber. Porque quando há factos, há argumentos.
[IN] Pertinente é um podcast da Fundação Francisco Manuel dos Santos que pretende dar respostas às perguntas de todos, contribuindo para uma sociedade mais informada.
Voz: Isabel Abreu; Banda Sonora: Fred Pinto Ferreira
- 164 - EP 162 | ECONOMIA: mundos e fundos europeus
«Quando a economia portuguesa cresce ou se abre ao exterior, e uma multinacional alemã como a Volkswagen pode abrir cá uma fábrica, estamos todos a ganhar neste processo», explica José Alberto Ferreira. Os países mais pobres, porque são os principais recetores de fundos europeus, e os mais ricos que, enquanto principais contribuintes para o orçamento comum da União Europeia, beneficiam da integração económica europeia.
Em Portugal, muito se tem falado sobre fundos europeus. Os 157 mil milhões de euros que recebemos desde que aderimos à CEE, contribuíram para o crescimento do PIB per capita, mas não impediram que o país estagnasse a partir do ano 2000. O que explica este travão no crescimento económico?O economista vai explicar o que são e para que foram criados os fundos europeus, de onde provêm, quantos existem e quais são, onde podem ser usados, e finalmente reforçar o que fizeram por Portugal: podem ser um mundo burocrático e difícil de entender, mas o progresso a que nos levaram é evidente.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISDocumentário da FFMS: «O que ficará dos Fundos Europeus?».
Portal da Comissão Europeia para acompanhar os projetos financiados por fundos europeus, por região, em toda a Europa.
Site do governo português que permite acompanhar a execução dos fundos europeus (incluindo PRR) em tempo real.
Orçamento da União Europeia.
Os fundos europeus e a «maldição dos recursos».
Episódio do podcast «Da Capa à Contracapa», da FFMS e Renascença sobre fundos europeus.Livros e artigos científicos
Estagnação da economia portuguesa:
Reis (2013). «The Portuguese Slump and Crash and the Euro Crisis», Brookings Papers on Economic Activity, Economic Studies Program, The Brookings Institution, vol. 46, pp 143-210.
Alexandre e Bação (2012). «Portugal before and after the European Union: Facts on Nontradables» NIPE Working Papers 15/2012, NIPE - Universidade do Minho.
Alexandre, Aguiar-Conraria e Bação (2019). «Crise e castigo e o dia seguinte – os desequilíbrios, o resgate e a recuperação da economia portuguesa», Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Impacto dos fundos europeus na economia portuguesa:
Freitas, Santos e Tavares (2017). «O Impacto Económico dos Fundos Europeus», Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Cabral e Campos (2023). «Fundos europeus e desempenho das empresas portuguesas», Revista de Estudos Económicos, Banco de Portugal, vol. IX, N.º 1, pp. 3-26.
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INÊS CASTEL-BRANCO
Estudou técnicas de televisão e cinema na escola Arte 6. Trabalha na área há 23 anos, em telenovelas e programas de entretenimento . Fez teatro e em cinema protagonizou «Snu» que lhe valeu várias nomeações de melhor atriz.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.Fri, 10 May 2024 - 163 - EP 161 | CIÊNCIA - A criatividade: mitos e verdades cerebrais
Sabemos que a criatividade não se controla e que não aparece sempre quando e onde queremos. E para todos os que procuram inspiração fiquem a saber que ter tempo estimula a criatividade.
Mas o que é afinal criatividade? Estará ‘alojada’ num dos hemisférios cerebrais? Será potenciada pelo consumo de álcool e drogas? Está associada à loucura ou é diretamente proporcional à inteligência?
A neurocientista Luísa Lopes e o radialista Rui Maria Pêgo vão discutir todos estes temas, trazendo à luz conceitos interessantes como o do «Default Mode Network», o modo passivo que se ativa no cérebro e que favorece os processos criativos.
Ao mesmo tempo, desfazem, por exemplo, o tão conhecido mito de que a racionalidade está associada a um dos hemisférios e a expressão artística ao outro. Mas os estudos demonstram que várias zonas dos dois hemisférios se acendem em simultâneo quando a criatividade acontece.
A dupla vai falar dos efeitos da música, do teatro, da literatura e das artes plásticas e, surpreenda-se, vai também explicar como se estuda e encara a possibilidade de usar a arte como forma de resolução de conflitos e ferramenta terapêutica.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Livros«Neurological disorders in famous artists», J. Bogousslavsky, M.G. Hennerici
«The creative brain, myths and truths», Ana Abraham
«The runaway species», Anthony Brandt & David Eagleman
Séries«Pretend it's a city» (Netflix)
«Feud: Capote vs. The Swans» (HBO Max)
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RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências.Fri, 03 May 2024 - 162 - EP 160 | POLÍTICA - Democracia: o Estado a que chegámos
‘Meus senhores: Como todos sabem, existem três tipos de estados: os estados sociais, os estados corporativos e o estado a que isto chegou. E, nesta noite solene, nós vamos acabar com o estado a que isto chegou.’
Assim falou Salgueiro Maia, o capitão que comandou as tropas que cercaram o Terreiro do Paço, a 25 de abril de 1974.
Um golpe de estado marcou o início da revolução que, nas palavras de João Pereira Coutinho, trouxe a Portugal aquilo que uma revolução deve trazer: a rutura, o fim da ditadura, e o entusiasmo com o que pode vir a seguir.
Mas, como se conquistou, historicamente, um Estado como este a que chegámos nestes 50 anos de democracia? O que é ser democrata? Há quem o seja inteiramente?
Nesta viagem de 48 minutos, o politólogo e o humorista Manuel Cardoso vão desbravar o caminho árduo que a democracia fez até se proclamar enquanto regime. Nesse caminho, vão falar das diferenças entre democracia direta, democracia liberal e democracia representativa, das virtudes e falhas do sistema democrático, e da tensão que existe entre as as palavras 'democracia' e 'liberalismo' a trabalharem em conjunto.
A dupla vai debater também a importância das instituições, o conflito sempre latente entre as elites e os cidadãos, e fazer referência a todos aqueles que inspiraram a nossa e tantas outras democracias. E até vão explicar como a falta de participação democrática não é necessariamente uma falta de vitalidade do regime democrático.
REFERÊNCIAS ÚTEIS
EATWELL, Roger, e Matthew Goodwin, «Populismo – A Revolta contra a Democracia Liberal» (Desassossego, 2019)
LÉONARD, Yves, «Breve História do 25 de Abril» (Ed. 70, 2024)
MOUNK, Yascha, «Povo vs. Democracia» (Lua de Papel, 2019)
ROBERTS, Andrew, «Churchill – Caminhando com o Destino» (Dom Quixote, 2019)
STASAVAGE, David, «The Decline and Rise of Democracy – A Global History from Antiquity to Today» (Princeton, 2020)
TOCQUEVILLE, Alexis de, «Da Democracia na América» (Principia, 2023)
TUCÍDIDES, «História da Guerra do Peloponeso» (Gulbenkian, 2010)
CAPRA, FrankFORD, John, «Peço a Palavra» (1939)
WHITMAN, Walt, «Canto de Mim Mesmo» (Cultura, 2021)
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MANUEL CARDOSO
É humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.Fri, 26 Apr 2024 - 161 - EP 159 | SOCIEDADE - Longevidade: o que é o idadismo?
«Não podemos aceitar que nos coloquem rótulos devido à nossa idade».
A afirmação é de Sibila Marques. Mas desengane-se se pensa que está a salvo: todos temos este preconceito que nos leva a discriminar em função da idade. E só nos apercebemos dele quando chegamos ao momento em que se vira contra nós.
Quem é que nunca se impacientou quando um idoso demora mais tempo no multibanco, conduz mais devagar ou conversa com a farmacêutica? Somos paternalistas ou condescendentes com os mais velhos, mas também não levamos a sério os mais novos.
A realidade é que existe um estereótipo chamado idadismo cujos determinantes são bem conhecidos, um estereótipo que tem consequências também para os mais jovens.
Neste episódio, Sibila Marques e Hugo van der Ding explicam como e quando surgiu o idadismo, quais as suas componentes e as razões que nos levam a ser tão pouco conscientes relativamente ao mesmo. A dupla refere também as diferenças entre o idadismo flagrante e o idadismo subtil, e distingue a forma como se manifesta nos Estados Unidos da América, na Europa e em Portugal.
Talvez se pergunte: não seria mais inteligente valorizar jovens e idosos (e até a colaboração entre eles) uma vez que vivemos até mais tarde? A psicóloga social e o cartunista concordam em absoluto e trazem à luz os principais dados e conclusões do Relatório Global da Organização Mundial da Saúde.
Uma delas são os estudos longitudinais que demonstram que pessoas com crenças mais positivas acerca do envelhecimento podem viver 7 anos mais do que pessoas com crenças mais negativas. Dá que pensar.
LINKS ÚTEIS
World Health Organization. (2021). «Global report on ageism». World Health Organization.World Health Organization (2021): «Age doesn’t define you - Global Campaign to Combat Ageism».
Marques, Sibila. (2011). «Discriminação da Terceira Idade». Fundação Francisco Manuel dos Santos.
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HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
SIBILA MARQUES
Professora auxiliar no ISCTE-IUL e membro integrado do Centro de Investigação e de Intervenção Social (CIS-IUL). É diretora do Mestrado em Psicologia Social da Saúde no ISCTE. Tem desenvolvido os seus trabalhos principalmente em duas áreas: Psicologia do Ambiente e Psicologia do Envelhecimento.Fri, 19 Apr 2024 - 160 - EP 158 | ECONOMIA: 50 anos, sete crises
‘As crises são como as constipações: depende de como está o sistema imunitário, às vezes dá crise, outras vezes, não.’
É assim que José Alberto Ferreira explica a imprevisibilidade deste ‘evento’ que dá pelo nome de crise económica.
Nos últimos 50 anos, Portugal atravessou sete recessões, provocadas por diversos fatores. Importámos uma crise americana, o pessimismo da classe política induziu a outra (quem diria que o pessimismo pode provocar uma crise!), assistimos a uma que parecia resultar de várias crises e até estivemos numa em perfeita sintonia com o resto do mundo.
Todos estes períodos mais conturbados da economia nacional trouxeram mudanças: alterações demográficas, novos direitos laborais, quedas de governos, nacionalizações, alterações drásticas do PIB e da inflação, fuga de pessoas e de capitais, e congelamentos de carreiras, só para enumerar algumas.
Quem ler tudo isto pensará em tempos verdadeiramente conturbados… mas José Alberto Ferreira diz que, ainda assim, o país não tem estado em constante recessão. Em cinco décadas, apenas 13 anos correspondem a períodos em que a produção e o rendimento da população portuguesa diminuíram.
Descubra com a dupla de economia como se define uma crise, de que forma a ‘diagnosticam’ os economistas, e conheça, em poucos minutos, as sete recessões portuguesas que fazem parte da história da democracia.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Brunnermeier, Markus, & Reis, Ricardo. (2023). «A Crash Course on Crises: Macroeconomic Concepts for Run-Ups, Collapses, and Recoveries». Princeton University Press.
Amaral, Luciano. (2019). «The Modern Portuguese Economy in the Twentieth and Twenty-First Centuries». Palgrave Macmillan.
Amaral, Luciano. (2022). «Economia Portuguesa, As Últimas Décadas». Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Alexandre, Fernando, Aguiar-Conraria, Luís, & Bação, Pedro. (2016). «Crise, Castigo e o Dia Seguinte: os Desequilíbrios, o Resgate e a Recuperação da Economia Portuguesa». Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Mateus, Abel. (2013). «Economia Portuguesa — Evolução no Contexto Internacional». Lisboa, Principia.
«Crises na Economia Portuguesa e o Comité de Datação dos Ciclos Económicos Portugueses», um projeto da FFMS.
Novas Séries Longas para a Economia Portuguesa, publicadas pelo Banco de Portugal e pelo INE.
Zona Euro: «Euro Area Business Cycle Dating Committee» (CEPR).
Espanha: «Comité de Fechado del Ciclo» (Asociación Española de Economia).
Giannone, D., Lenza, M., & Reichlin, L. (2008). «Explaining the Great Moderation: It Is Not the Shocks. Journal of the European Economic Association», 6 (2-3), 621–633.BIOS
INÊS CASTEL-BRANCO
Estudou técnicas de televisão e cinema na escola Arte 6. Trabalha na área há 23 anos, em telenovelas e programas de entretenimento . Fez teatro e em cinema protagonizou «Snu» que lhe valeu várias nomeações de melhor atriz.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial.Fri, 12 Apr 2024 - 159 - EP 157 | CIÊNCIA: o cérebro sobrevivente
Como funciona o cérebro em modo de sobrevivência? Como é que o stress pode ser positivo e crucial na nossa adaptação a situações de ameaça e limite?
Partindo do caso verídico do desastre aéreo na Cordilheira dos Andes, que deixou 16 sobreviventes, durante 72 dias, a tentar resistir ao frio extremo e à fome, Rui Maria Pêgo desafia a neurocientista Luísa Lopes a explicar como o cérebro responde a situações limite.
A especialista vai falar de stress, uma das formas extremamente úteis que o cérebro encontrou para nos ajudar a lidar com este mundo, regra geral, caótico. Vai explicar que estruturas que entram em ação quando nos sentimos em perigo (real ou imaginário). E de como o stress e o trauma são aspetos diferentes da sobrevivência.
Prepare-se para um episódio verdadeiramente revelador.
REFERÊNCIAS ÚTEIS
Livros
«O Erro de Descartes», de António Damásio
«O corpo não esquece», de Bessel an der Kolk
Filme
«A sociedade da Neve», de J. A. Bayona
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RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências.Fri, 05 Apr 2024 - 158 - EP 156 | POLÍTICA: A política e a felicidade
Em tempo de eleições, a felicidade anda na boca dos políticos e na cabeça dos cidadãos: mas o que é que a felicidade tem a ver com política? Tem muito, e quem o diz é o politólogo João Pereira Coutinho.
Em conversa com Manuel Cardoso, o especialista explica como o tempo, o dinheiro e até o regime político em que se vive influenciam a felicidade de cada um.
De acordo com o Relatório Mundial da Felicidade, os jovens estão infelizes, mesmo vivendo em democracia. Que razões justificam este cenário? Será possível ser-se feliz em ditadura? Afinal, viver em liberdade acarreta um grau de responsabilidade que nem sempre o ser humano está disposto a assumir.
Ao mesmo tempo, a falta de felicidade tem sido associada pelos especialistas a carências económicas, políticas e sociais. Fará sentido adotar um Rendimento Básico Incondicional, como defende Van Parijs, para ajudar ao bem-estar destas pessoas.
Recorrendo a Aristóteles e Séneca, Stuart Mill e John Rawls, e aos conceitos de ‘justiça’ e ‘utilitarismo’, a dupla propõe-se responder a todas estas questões neste episódio do [IN] Pertinente.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Clássicos
ARISTÓTELES, «Ética a Nicómaco» (trad. de António de Castro Caeiro; Quetzal)
BENTHAM, Jeremy e John Stuart Mill, «Utilitarianism and Other Essays »(Penguin Classics)
SÉNECA, «Cartas a Lucílio» (trad. Segurado e Campos; Gukbenkian)
MONTAIGNE, «Ensaios», 2 volumes (trad. Hugo Barros; E-Primatur)
RAWLS, John, «Uma Teoria da Justiça» (Editorial Presença)
VAN PARIJS, Philippe e Yannick Vanderborght, «Basic Income: A Radical Proposal for a Free Society and a Sane Economy» (Harvard University Press)
E ainda...
DOLAN, Paul, «Happy Ever After: Escaping the Myth of the Perfect Life» (Penguin)
FRANKFURT, Harry G., «On Inequality» (Princeton University Press)
WODEHOUSE, P.G., «The Code of Woosters» (Arrow)
SZABLOWSKI, Witold, «Dancing Bears: True Stories about Longing for the Old Days» (Text Publishing Company)
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MANUEL CARDOSO
É humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.Fri, 29 Mar 2024 - 157 - EP 155 | SOCIEDADE - Longevidade: mais velhos, mais ativos
Sabe-se que a gestão da longevidade não é um sprint, mas antes uma maratona para a qual é preciso preparação e treino, tal como fazem os atletas, desde muito cedo.
Se a manutenção e promoção da saúde, e a participação social são pilares da longevidade, que estruturas e mudanças de paradigma são necessárias para que a longevidade ativa seja uma realidade?
Há países que já estão a repensar as estruturas das cidades para que os mais velhos continuem a deslocar-se, a contactar com o meio ambiente e com a população, para evitarem a solidão e o isolamento.
No Japão e na Alemanha, há encontros que juntam pessoas de várias faixas etárias para trocarem conhecimentos e experiências entre gerações. Já em Portugal, organizam-se programas de voluntariado para envolver as comunidades, puxando os mais idosos para uma participação ativa na sociedade.
Pelo mundo, é crescente a aposta em projetos que promovam a longevidade ativa, mas apesar dos avanços na integração destas gerações, há um longo caminho para garantir um envelhecimento de qualidade à população.
Neste episódio, Hugo van der Ding e Sibila Marques explicam o que é a longevidade ativa, as formas de a promover e as mudanças necessárias para que este conceito deixe de ser uma exceção e passe a ser a regra.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
ILC-BR (2015), «Active Ageing: A Policy Framework in Response to the Longevity Revolution», 1st edition, International Longevity Centre Brazil, Rio de Janeiro, Brazil
European Comission, Directorate-General for Communication, «Green paper on ageing», Publications Office of the European Union, 2022.
Diário da República: «Plano de Ação do Envelhecimento Ativo e Saudável 2023-2026»
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HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
SIBILA MARQUES
Professora auxiliar no ISCTE-IUL e membro integrado do Centro de Investigação e de Intervenção Social (CIS-IUL). É diretora do Mestrado em Psicologia Social da Saúde no ISCTE. Tem desenvolvido os seus trabalhos principalmente em duas áreas: Psicologia do Ambiente e Psicologia do Envelhecimento.Fri, 22 Mar 2024 - 156 - EP 154 | ECONOMIA: o preço do tempo
José Alberto Ferreira descreve os juros como «o preço de tempo», definição que suscitou a curiosidade de Inês Castel-Branco, levando-a a conduzir esta conversa para muitas explicações além das habituais. O que são juros? Que tipos existem? Quem os determina? E que relação têm com a inflação?
Esta viagem pela história dos juros começa na sua criação (3.000 AC), passa pela época dos Medici em Florença, prossegue para outras partes do mundo e termina num conjunto de questões que tem marcado a atualidade.
O economista vai explicar por que razão os juros são um instrumento fundamental para o equilíbrio da economia e, nesse sentido, uma ferramenta que influencia a nossa qualidade de vida.
Mas há mais a explorar neste segundo episódio da nova temporada: Inês Castel-Branco quis saber tudo sobre as taxas e impostos associados ao crédito à habitação. José Alberto não só explicou, como ajudou a compreender o papel dos bancos, em todos estes processos. Vale muito a pena ouvir.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Livros
Chancellor, E. (2023). «The price of time: The real story of interest». Penguin. Vencedor do Hayek Book Prize 2023.
Bernanke, B. (2022). «21st Century Monetary Policy», W.W. Norton.
Fisher, I. (1930). «The Theory of Interest: As Determined by Impatience to Spend Income and Opportunity to Invest It». MacMillan.
Artigos Científicos
Nakamura, E. and Steinsson, J. (2013). «Price Rigidity: Microeconomic Evidence and Macroeconomic Implications», Annual Review of Economics, 5, 133-163.
Kashyap, A. and Stein, J. (2023). «Monetary Policy when the Central Bank Shapes Financial-Market Sentiment», Journal of Economic Perspectives, 37(1), 53-76.
Galí, J. 2018. «The State of New Keynesian Economics: A Partial Assessment», Journal of Economic Perspectives, 32 (3): 87-112.
Mankiw, G., and Reis, R. (2018). «Friedman's Presidential Address in the Evolution of Macroeconomic Thought», Journal of Economic Perspectives, 32 (1): 81-96.
Crónicas de jornal
«As Margens dos Bancos», por Ricardo Reis.
«A história da inflação: ideias», por Ricardo Reis.
Filmes e séries
«Medici (I Medici)», série de TV 2016-2019, de Nicholas Meyer e Frank Spotnitz.
Outros
Banco de Portugal: «Importância da estabilidade de preços»
Deco Proteste: «10 questões sobre a Euribor, a taxa que mexe com o crédito à habitação»
Banco Central Europeu: «Transmission mechanism of monetary policy»
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INÊS CASTEL-BRANCO
Estudou técnicas de televisão e cinema na escola Arte 6. Trabalha na área há 23 anos, em telenovelas e programas de entretenimento . Fez teatro e em cinema protagonizou «Snu» que lhe valeu várias nomeações de melhor atriz.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial. É licenciado em Economia pela Nova SBE, e mestre em Economia pela LSE, onde deu aulas e foi assistente de investigação.Fri, 15 Mar 2024 - 155 - EP 153 | CIÊNCIA: deixe-se dormir
‘Não perco tempo a dormir.’
‘Terei tempo para dormir quando morrer.’
‘Eu não preciso de dormir muito.’Quantas vezes já ouvimos ou dissemos estas frases? É um facto: regra geral, descuramos a importância do sono para a nossa saúde e qualidade de vida.
Os portugueses dormem efetivamente pouco e mal. Ora «dormir é tão importante quanto estar acordado» e, sobretudo paras as crianças, «o sono é mais importante que a comida»; quem o diz não somos nós, mas antes a Luísa Lopes, especialista desta temporada de Ciência.
Desafiada pelo comunicador Rui Maria Pêgo, a neurocientista vai desvendar como dormir é relevante para a memória, para a saúde mental e para a prevenção do envelhecimento e da demência.
Vai também decifrar os diferentes cronotipos (que distinguem os noctívagos dos madrugadores), o impacto da luz no sono, o poder da sesta (que não é para todos) e o sincronismo das hormonas com os ritmos da natureza.
Mas não fica por aqui: a dupla vai conversar sobre as diferentes fases do sono e para que servem, e desfazem o mistério da Paralisia do Sono que tanto assusta quem por ela passa.
Desperte para este episódio verdadeiramente revelador.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS«Dormir é Bom, Dormir Faz Bem», de Teresa Paiva e Helena Rebelo Pinto, Bertrand editora: O sono é indispensável ao bom funcionamento do organismo humano e por isso devemos aprender a gostar de dormir. As lengalengas são uma forma simples e divertida de estimular o raciocínio das crianças que ainda não sabem ler nem escrever, ajudando-as a memorizar conceitos. Uma médica neurologista, uma psicóloga e uma ilustradora levam-nos à descoberta dos elementos mais importantes do sono através das lengalengas e das imagens que nos surpreendem a cada página. Com simplicidade, rigor e talento é uma ferramenta indispensável.
«Porque Dormimos? O que nos diz a ciência sobre o sono e os sonhos», de Matthew Walker, Desassossego editora: É professor de Neurociência e Psicologia na Universidade de Berkeley e diretor do Laboratório de Sono e Neuroimagiologia. Questões tão essenciais como por que razão dormimos ou por que motivo as consequências para a saúde são tão devastadoras quando não dormimos só recentemente foram compreendidas. Apresentando descobertas científicas revolucionárias e sintetizando décadas de investigação e prática clínica, Matthew Walker, um dos maiores especialistas mundiais sobre o sono, demonstra-nos que o sono está na base de tudo o que somos física e psicologicamente.
«Inception», de Christopher Nolan: Um filme de ficção científica e suspense dirigido por Christopher Nolan, lançado em 2010. A ação passa-se num mundo onde é possível entrar nos sonhos das pessoas para roubar segredos de suas mentes subconscientes. O filme segue Dominick «Dom» Cobb, um habilidoso ladrão de sonhos que é especializado em extrair informações valiosas do subconsciente de seus alvos enquanto estes sonham.
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RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências.Fri, 08 Mar 2024 - 154 - EP 152 | POLÍTICA: liberdade de expressão
Quando, em 1988, Salman Rushdie publicou os Versículos Satânicos, a obra foi considerada blasfema pelo regime iraniano. O «Ayatollah» Khomeini, líder supremo do Irão, declarou uma «fatwa» (decisão jurídica baseada na lei islâmica) contra o escritor que resultou em algumas tentativas de assassinato de Rushdie.
Até que ponto estavam ambos a usar o seu direito à liberdade de expressão? Este é um exemplo real que espelha o tema do episódio de hoje.A liberdade de expressão é um dos conceitos fundamentais do pensamento político. Introduzida pelo Liberalismo, teve como principais autores John Milton, John Locke e John Stuart Mill.
Aos dias de hoje, parece estar esquecida dos discursos eleitorais porque a tomamos por garantida. Mas até que ponto estamos dispostos a tolerar opiniões que nos pareçam abjetas ou repugnantes? Vale a pena proibi-las? Até onde pode ir a democracia na defesa da própria democracia? E que exemplos da História não devemos esquecer?
Os desafios que enfrenta a imprensa livre e plural, o crescimento das redes sociais e do discurso de ódio traz novamente à discussão os limites, mas também as vantagens da liberdade de expressão.
Ouça esta conversa entre Manuel Cardoso e João Pereira Coutinho e, no final, se se sentir confiante quanto à sua própria tolerância, siga os conselhos de ambos e explore as sugestões de leitura que a dupla lhe deixa.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
CLÁSSICOS
Locke, John, «Carta Sobre a Tolerância» (Edições 70)
Mill, John Stuart, «Sobre a Liberdade» (Ideias de Ler)
Milton, John, «Areopagitica: Discurso sobre a Liberdade de Expressão» (Almedina)
Voltaire, «Tratado sobre a Tolerância» (Antígona)
Zweig, Stefan, «Castélio contra Calvino – ou Uma Consciência contra a Violência» (Assírio & Alvim)
CONTEMPORÂNEOS
Ash, Timothy Garton Ash, «Liberdade de Expressão: Dez Princípios para um Mundo Interligado» (Temas & Debates)
Berkowitz, Eric, Dangerous Ideas, «A Brief History of Censorship in the West, from the Ancients to Fake News» (Penguin)
Hume, Mike, Direito a Ofender, «A Liberdade de Expressão e o Politicamente Correto» (Tinta da China)
Warburton, Nigel, «Liberdade de Expressão: Uma Breve Introdução» (Gradiva)FILMES
«The Front» (1976), de Martin Ritt
«The People vs. Larry Flynt» (1996), de Miloš FormanARTIGO
The Skokie Case: «How I Came to Represent the Free Speech Rights of Nazis».
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MANUEL CARDOSO
É humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021
JOÃO PEREIRA COUTINHO
Professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.Fri, 01 Mar 2024 - 153 - EP 151 | SOCIEDADE - Longevidade: estaremos preparados para uma vida mais longa?
Para as pessoas que nasceram em 1920, a esperança média de vida estimada era de 35 anos para os homens e 40 para as mulheres. Hoje, a esperança média de vida mais do que duplicou: a dos homens é de 78 anos e a das mulheres, 83,5.
Em 2018, registou-se uma inversão nunca antes ocorrida: foram contabilizadas mais pessoas acima dos 65 anos do que crianças até aos cinco.
Apesar destas alterações demográficas, se repararmos na sequência atual das nossas vidas, muito pouco parece ter mudado. Continuamos a segmentar o nosso percurso numa sucessão de três etapas - educação, trabalho, reforma -, que se estendem exatamente pelo mesmo período de anos que no tempo dos nossos pais.
A idade da reforma aumentou, mas, ainda assim, pessoas perfeitamente ativas e capazes, podem ter pela frente quase três décadas de vida nas quais as espera, na maioria dos casos, a ausência de papel na sociedade, a sensação de vazio, a doença e a discriminação. Será que, enquanto sociedade, estamos a preparar-nos para esta idade que se avizinha cada vez maior?
Nesta temporada do [IN]Pertinente Sociedade, Hugo van der Ding estreia-se como comunicador-anfitrião. Nos primeiros 4 episódios, o locutor e cartunista vai receber o valioso contributo de Sibila Marques para falar de longevidade.
Neste arranque, irão distinguir os conceitos de idade, qual a diferença entre envelhecimento e longevidade e citar bons exemplos internacionais que demonstram como apoiar a prevenção desde que nascemos é a melhor maneira de assegurar uma vida longeva e com qualidade.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
The 100 year life
100 Years - Life simulator
A Snapshot of Ageism in the UK and Europe
Longevidade - Desafios Económicos e Sociais
BIOS
HUGO VAN DER DING
Nasceu numa praia de Saint-Jean-de-Luz, nos Pirenéus Atlânticos, filho de um pastor belga e de mãe argentina de quem se perdeu o rasto pouco depois. Dedicou-se, nos primeiros anos, ao negócio de pastorícia da família até fugir para Bayonne, onde completou o curso dos liceus.
SIBILA MARQUES
Professora auxiliar no ISCTE-IUL e membro integrado do Centro de Investigação e de Intervenção Social (CIS-IUL). É diretora do Mestrado em Psicologia Social da Saúde no ISCTE. Tem desenvolvido os seus trabalhos principalmente em duas áreas: Psicologia do Ambiente e Psicologia do EnvelhecimentoFri, 23 Feb 2024 - 152 - EP 150 | CIÊNCIA: a neurociência do amor
O amor não é apenas química, nem pode resumir-se a sinapses e neurotransmissores. Já se conhece, em parte, o que acontece no cérebro quando nos apaixonamos ou quando deixamos de ser amados. Sabe-se, por exemplo, que nascemos programados para amar, mas não para ser agressivos ou odiar. Também já se descobriu como o cérebro reage a pessoas que nos causam aversão.
Mas o que acontece cerebralmente quando o amor acaba? Ou quando se ama mais do que uma pessoa ao mesmo tempo (poliamor)? E quando existem aplicações de encontros que permitem escolher entre muitos candidatos/as?
A temporada quatro do [IN]Pertinente Ciência promete bons episódios. E este é prova de um excelente arranque da nova dupla que traz a neurociência para o podcast: o ator e radialista Rui Maria Pêgo e a cientista Luísa Lopes.
Estará o amor em vias de extinção? Apenas ouvindo, saberá.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Porque Amamos - a Natureza e a Química do Amor Romântico, Helen Fisher, Relógio D’Água: uma obra que fala sobre os aspetos neurobiológicos e evolutivos do amor humano, conforme explorado pela antropóloga e bióloga Helen Fisher. A autora examina como o cérebro humano responde ao amor e à atração, destacando os sistemas neuroquímicos e as áreas cerebrais envolvidas.
This is your brain on sex, Kat Suckel, Simon & Schuster: um mergulho nas complexidades neurocientíficas por detrás da sexualidade humana. Sukel descreve as experiências científicas que permitem observar como o cérebro responde ao desejo, ao amor e à intimidade, destacando as conexões entre neuroquímica, comportamento sexual e relacionamentos.
Enamoramento e Amor, Francesco Alberoni, 11x17: uma análise de como o enamoramento surge e se desenvolve, examinando os estágios iniciais da paixão, as dinâmicas de relacionamento e os desafios enfrentados pelos casais. Utilizando uma abordagem sociológica e psicológica, o autor oferece análises perspicazes sobre a natureza humana e os padrões comportamentais que caracterizam o amor.
The One: esta série da Netflix explora o potencial futuro da tecnologia e do amor. Ambientada num mundo onde um teste de DNA pode identificar a alma gémea de uma pessoa, a série segue Rebecca, fundadora da empresa de namoro genético «The One», enquanto esta enfrenta dilemas éticos e pessoais relacionados com a sua invenção revolucionária.
BIOS
RUI MARIA PÊGO
Tem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.
Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
LUÍSA LOPES
Neurocientista, coordenadora de um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular e professora convidada de Neurociências na Faculdade de Medicina de Lisboa. É licenciada em Bioquímica e doutorada em Neurociências.Fri, 16 Feb 2024 - 151 - EP 149 | ECONOMIA: o Euro faz 25 anos
No primeiro episódio de Economia desta temporada, a nova dupla, protagonizada por Inês Castel-Branco e José Alberto Ferreira, vai levá-lo numa viagem pela Zona Euro e não vão faltar detalhes do antes, do durante, e (sobretudo) do depois.
Agora que o Euro completa o seu 25º aniversário, importa perguntar: que vantagens trouxe esta mudança?
Há 26 anos, quem saísse de Portugal com 100 escudos (a moeda da época) e percorresse os países europeus, regressava com 60 escudos. As taxas de câmbio aplicadas às transações entre as diferentes nações da Europa afetavam pessoas e empresas. Na procura de uma maior interdependência entre países, surge a ideia de criar um Mercado Único Europeu, com uma moeda que facilitasse as trocas comerciais.
Portugal integra, desde 1999, a lista dos 12 países que abdicaram da sua moeda, concordaram com a criação de uma moeda única - o Euro -, e aceitaram delegar a sua política monetária a uma entidade europeia: o Banco Central Europeu. Hoje já são 20 os países que pertencem à Zona Euro.
Houve vencedores e perdedores com a entrada do Euro? O que ainda está por resolver? O que nos reserva o futuro?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
O que é a política monetária?
Corsetti, G., Duarte, J., e Mann, S. “One Money, Many Markets”, Journal of the European Economic Association, Volume 20, Issue 1, February 2022, Pages 513–548.
Rogoff, K. (1985). The Optimal Degree of Commitment to an Intermediate Monetary Target. The Quarterly Journal of Economics, 100(4), 1169–1189.
Report: Bartsch, H., Bénassy-Quéré, A., Debrun, X. and G. Corsetti (2021), It’s all in the mix: How monetary and fiscal policies can work or fail together, Geneva Reports on the World Economy, 23
Brunnermeier, M.K., James, H. and J.-P. Landau (2016), The euro and the battle of ideas, Princeton University Press: Princeton
Fahri, E. and I. Werning (2017), «Fiscal Unions», American Economic Review, 107(12): 3788-3834
Draghi, M. (2018), «Europe and the euro 20 years on», Speech at the Laurea Honoris Causa in Economics, University of Sant’Anna, Pisa, December 15
“The Euro is not what we expected it do be. Discuss!”, mesa redonda sobre a história da integração económica e monetária europeia. Organizado pelo EMU Lab, do Instituto Universitário Europeu, a 9 de janeiro de 2024
Buti, M. (2023),«When will the European Union finally get the budget it needs?», Bruegel Analysis, 7 December
O Euro Digital
BIOS
INÊS CASTEL-BRANCO
Estudou técnicas de televisão e cinema na escola Arte 6. Trabalha na área há 23 anos, em telenovelas e programas de entretenimento . Fez teatro e em cinema protagonizou «Snu» que lhe valeu várias nomeações de melhor atriz.
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
Doutorando em Economia no Instituto Universitário Europeu, em Florença. Trabalhou no Banco Central Europeu, com foco na investigação em modelos de política monetária e macroprudencial. É licenciado em Economia pela Nova SBE, e mestre em Economia pela LSE, onde deu aulas e foi assistente de investigação.Fri, 09 Feb 2024 - 150 - EP 148 | POLÍTICA: Ideologias de A a Z
Se lhe perguntassem quantas ideologias políticas existem no mundo, quantas diria?
É liberal ou conservador? Sabe distinguir um socialista de um anarquista?
Bem-vindo à nova dupla de Política da quarta temporada do [IN] Pertinente, com o humorista Manuel Cardoso e o politólogo João Pereira Coutinho.Em 2024 falaremos de teoria política, mas não se assuste, porque o Manuel e o João vão fazê-la descer à terra. E começam já neste episódio desmistificando as quatro ideologias que serviram de berço a todas as outras.
A dupla explica os sucedâneos e «metastizações» destas ideologias - como diz João Pereira Coutinho -, referindo os principais conceitos e autores mais relevantes de cada uma.E, se alguma vez se perguntou... qual é a diferença entre ideologia e religião? Como estamos de ideologias em Portugal? Fique descansado, porque neste primeiro episódio de Política [IN] Pertinente, vamos explicar tudo de A a Z ou, sendo mais corretos, de A a S.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
LIBERALISMO
Thomas Hobbes, Leviatã (INCM)
John Locke, Dois Tratados do Governo Civil (Edições 70)
John Stuart Mill, Sobre a Liberdade (Edições 70)
Isaiah Berlin, Esperança e Medo – Dois Conceitos de Liberdade (Guerra & Paz)
John Rawls, Uma Teoria da Justiça (Presença)
CONSERVADORISMO
Edmund Burke, Reflexões sobre a Revolução em França (Gulbenkian)
Joseph de Maistre, Considerações sobre França (Almedina)
Alexis de Tocqueville, Da Democracia na América (Principia)
Roger Scruton, Como Ser um Conservador (Guerra & Paz) ANARQUISMO
ANARQUISMO
Pierre-Joseph Proudhon, Qu'est-ce que la propriété? (Le Livre de Poche)
Emma Goldman, Viver a Minha Vida (Antígona)
Max Stirner, O Único e a sua Propriedade (Antígona)
Henry David Thoreau, Walden, ou A Vida nos Bosques (Antígona)
SOCIALISMO
Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista (Relógio d’Água)
Eduard Bernstein, The Preconditions of Socialism (Cambridge University Press) Herbert Marcuse, One-Dimensional Man : Studies in the Ideology of Advanced Industrial Society (Routledge)
G.A. Cohen, Socialismo, Porque não? (Gradiva)
CLUBE DE LEITURA
Miguel de Cervantes, Dom Quixote de la Mancha (Dom Quixote)
Giuseppe Tomasi di Lampedusa, O Leopardo (Dom Quixote)
As Vinhas da Ira, filme de John Ford, baseado no romance homónimo de John Steinbeck
Jason Brennan, Contra a Democracia (Gradiva)
Episódios relacionados: Onde param a esquerda e a direita?BIO
MANUEL CARDOSO
Humorista. É um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021. Contribui regularmente com a imprensa: após sete anos a assinar crónicas no SAPO 24, tornou-se colunista do Expresso em 2023.
JOÃO PEREIRA COUTINHO
É professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros Conservadorismo (de 2014) e Edmund Burke – A Virtude da Consistência (de 2017), simultaneamente publicados em Portugal e no Brasil.
Paralelamente à sua atividade académica tem desenvolvido uma intensa e já longa carreira de 25 anos na imprensa e na televisão (em veículos como O Independente, Expresso, Correio da Manhã, Sábado, TVI24). É também colunista do diário brasileiro Folha de S. Paulo, o maior jornal da América Latina. Uma parte desse trabalho jornalístico pode ser lida nos volumes de crónicas Vida Independente (2004), Avenida Paulista (2007), Vamos ao que Interessa (2015) e Diário da República (2022).Fri, 02 Feb 2024 - 149 - EP 147 | SOCIEDADE: best of 2023
Em 2023, o [IN] Pertinente Sociedade, conduzido por Ana Markl, foi particularmente rico em convidados de diferentes áreas.
Por aqui passou Pedro Góis para falar de migrações, Anália Torres para dar voz às mulheres, Gonçalo Antunes para desconstruir cidades e Vítor Sérgio Ferreira para debater a juventude.Como se recebem os imigrantes ou refugiados no mundo; O que falta para a igualdade de género; Cidades: presente, passado e futuro; Jovens: o que os move, as diferentes culturas, os sonhos ou a falta deles.
Estes foram alguns dos temas relevantes dentro de cada uma das áreas, mas há muito mais para explorar nesta terceira temporada.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Como recebemos os imigrantes em Portugal?
Mulheres: o que falta para a igualdade de género?
Cidades: por que vivemos nelas?
Jovens: culturas juvenis
Os restantes episódios estão disponíveis nas plataformas habituais de podcast e no site da Fundação.
BIO
ANA MARKL
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.Fri, 26 Jan 2024 - 148 - EP 146 | ECONOMIA: best of 2023
No arranque do novo ano, fazemos uma «revisão da matéria dada» em 2023 e destacamos os episódios mais surpreendentes da temporada anterior, apresentada por Hugo van der Ding e Hugo Figueiredo.
A dupla de Hugos baralhou e deu de novo, trazendo temas inesperados para o mundo da Economia. Questionaram para que servem as empresas e desmistificaram a produtividade. Falaram sobre como diferentes estados podem originar diferentes empresas explicaram a tão falada economia digital.
O locutor e o economista também investigaram o estado do ensino superior, a validade das propinas e encontraram o lado bom da Inteligência Artificial. Olharam ainda para a classe média, para o valor de uma vida e para o de um casamento. E, imagine, até descobriram que há economia na arte.
Foi um ano espetacular para a Economia [IN] Pertinente. A seleção que se segue, serve apenas de exemplo para o que poderá encontrar na terceira temporada.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
O lado bom da Inteligência Artificial
Quanto vale uma vida?
A arte também é Economia?
Quanto vale um casamento?
Os restantes episódios estão disponíveis nas plataformas habituais de podcast e no site da Fundação.
BIOS
HUGO VAN DER DING
É muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também auto de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.Fri, 19 Jan 2024 - 147 - EP 145 | CIÊNCIA: best of 2023
Chegou 2024 e, com ele, a seleção dos episódios do [IN] Pertinente Ciência que mais se destacaram no ano que passou.
A batuta da terceira temporada esteve a cargo da Inês Lopes Gonçalves e do Nuno Maulide, que trouxeram para os nossos ouvidos todas as maravilhas do mundo da química.Inês e Nuno não se pouparam a esforços para demonstrarem como a química está em toda a parte e mesmo no meio de nós. Falaram da química das emoções, da química forense, da que se encontra naquilo que comemos e em tudo o que pomos na pele ou nos cabelos. Viajaram pelo mundo das drogas, entraram lar adentro e chegaram à cozinha, explicaram a química do clima e encontraram-na até no Natal.
Não foi fácil escolher entre tantos e tão bons episódios; mas acredite que os excertos dos quatro que lhe trazemos são um ótimo aperitivo para todos os restantes.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Há química entre nós?
A química dos filmes é mesmo a sério?
A química na cozinha (I)
A química na cozinha (II)
A química do Natal
Os restantes episódios estão disponíveis nas plataformas habituais de podcast e no site da Fundação.
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
É uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistasTime Out, Sábadoe semanário Expresso.NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller «Como se Transforma Ar em Pão» e de «Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?», livros em que procura desmistificar a Química e explicar como é omnipresente nas nossas vidas.Fri, 12 Jan 2024 - 146 - EP 144 | POLÍTICA: best of 2023
Em 2023, Ana Sofia Martins e José Santana Pereira fizeram as honras da casa deste tema que toca tantos aspetos das nossas vidas e imprimiram uma toada mais prática na Política [IN] Pertinente.
Há Política no Entretenimento? A democracia trouxe mais igualdade?A beleza importa na Política? Que peso têm as emoções na Política?
Com eles foi possível espreitar outros ângulos, como o do entretenimento, o das sondagens, o que se pode encontrar nos bastidores do governo, como funciona o sistema eleitoral e a igualdade que a democracia trouxe. A dupla debateu também o populismo e os portugueses, a corrupção, como se formam as preferências políticas, as teorias da conspiração e ainda como a beleza e as emoções estão presentes e influenciam a política.
Neste episódio, deixamos-lhe uma seleção dos momentos mais marcantes - subjetiva por certo -, mas poderá sempre partir à descoberta de outros episódios deste ano pródigo em novidades.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISOs restantes episódios estão disponíveis nas plataformas habituais de podcast e no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente. A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento Casa Nova.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.Fri, 05 Jan 2024 - 145 - EP 143 | SOCIEDADE - As culturas juvenis
As gerações anteriores queriam mudar o mundo; as de agora desejam mudar o seu modo de vida.
As gerações anteriores preconizavam a resistência; as de hoje celebram a existência .
As gerações anteriores lutavam pela igualdade de género; as de agora lutam pela fluidez de género.
As gerações anteriores usavam o seu quarto como território de autonomia e individualidade; as de hoje usam o espaço virtual para o mesmo efeito.Ana Markl e Vítor Sérgio Ferreira guardaram para o último episódio do ano um tema fascinante: as culturas juvenis. As diferenças entre gerações são notórias e não se resumem aos exemplos citados acima. É que a forma como encaram o corpo, a maneira como comunicam entre si, as referências que procuram em culturas mais distantes, a forma como se exprimem e são capazes de se associar, viver e respeitar na diferença, não têm nada a ver com o que eram as práticas de outros tempos.
Regidos por valores como os da autenticidade, diferença e simplicidade, os jovens de hoje estão a fazer revoluções silenciosas, mas nem por isso menos eficazes. Talvez seja mais interessante compreender e acompanhar: afinal, eles sim, são o futuro.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Ferreira, V. S.(2017)Revigoramento, rejuvenescimento e aperfeiçoamento do corpo: culturas somáticas na sociedade portuguesa contemporânea, Política e Trabalho, Revista de Ciências Sociais, 47, pp.75-96
Ferreira, V. S.(2016) Aesthetics of youth scenes: from arts of resistance to arts of existence, Young Vol. 24, 1, pp.66-81
Ferreira, V. S.(2009) Youth scenes, body marks and bio-sociabilities, Young Vol. 17, 3, pp.285-306
Ferreira, V. S.(2008) Ondas, Cenas e Microculturas Juvenis, Plural - Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologiada USP, 15, pp.99-128
Ferreira, V. S.(2008) Marcas que Demarcam: Tatuagem, Body Piercing e Culturas Juvenis, Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais
BIOSANA MARKL
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.VÍTOR SÉRGIO FERREIRA
É doutorado em Sociologia, com especialidade de Sociologia da Educação, Cultura e Comunicação, pelo ISCTE-IUL, Portugal (2006).
Atualmente, é investigador principal no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É coordenador do grupo de pesquisa LIFE – Percursos de Vida, Desigualdades e Solidariedades, e vice-coordenador do Observatório Permanente da Juventude.Fri, 29 Dec 2023 - 144 - EP 142 | ECONOMIA: Quanto vale um casamento?
Será que as relações são motivadas pela racionalidade económica? O casamento e a parentalidade potenciam desigualdades? Quais as consequências de crescer numa família monoparental?
Na altura em que se celebra o Natal e como forma de marcar o último episódio desta temporada e da dupla de Hugos, vamos falar de famílias na perspetiva mais fria e objetiva: a da Economia.
Hugo Figueiredo traz à colação dois autores americanos de renome nesta área, Melissa Kearney e Gary Becker, para referir dados que não são animadores: a tendência para a monoparentalidade é um reflexo de como a instituição do casamento favorece os mais qualificados e com maior rendimento, potenciando as desigualdades sociais.
É legítimo, no entanto, colocar a pergunta: sendo a realidade social dos EUA tão diferente da nossa, será que em Portugal o mesmo se está a verificar? Faça play e despeça o ano do [IN] Pertinente Economia com um dos mais brilhantes episódios de 2023.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Gary S. Becker, "The Economic Way of Looking at Life" (Coase-Sandor Institute for Law & Economics Working Paper No. 12, 1993).
Becker, G. S. (1991). A treatise on the family: Enlarged edition. Harvard University Press.
Adshade, M. (2013). Dollars and sex: How economics influences sex and love. Chronicle Books.
Goldin, C., & Katz, L. F. (2002). The power of the pill: Oral contraceptives and women’s career and marriage decisions. Journal of political Economy, 110(4), 730-770.
Kearney, M. S. (2023). The Two-Parent Privilege: How Americans Stopped Getting Married and Started Falling Behind. University of Chicago Press.
Kearney, M. S., & Levine, P. B. (2017). The economics of nonmarital childbearing and the marriage premium for children. Annual Review of Economics, 9, 327-352. 15
Autor, D., Dorn, D., & Hanson, G. (2019). When work disappears: Manufacturing decline and the falling marriage market value of young men. American Economic Review: Insights, 1(2), 161-178.
Anelli, M., Giuntella, O., & Stella, L. (2021). Robots, marriageable men, family, and fertility. Journal of Human Resources, 1020-11223R1.
Buss, D. M. (1989). Sex differences in human mate preferences: Evolutionary hypotheses tested in 37 cultures. Behavioral and brain sciences, 12(1), 1-14.
Chiappori, Pierre-André, Bernard Salanié, and Yoram Weiss. 2017. "Partner Choice, Investment in Children, and the Marital College Premium." American Economic Review, 107 (8): 2109-67.
Chiappori, P. A., Dias, M. C., & Meghir, C. (2018). The marriage market, labor supply, and education choice. Journal of Political Economy, 126(S1), S26-S72.
Bruze, G. (2015), Male and Female Marriage Returns to Schooling. International Economic Review, 56: 207-234.
Chiappori, P. A. (2020). The theory and empirics of the marriage market. Annual Review of Economics, 12, 547- 578.
BIOS
HUGO VAN DER DING
É muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também auto de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.Fri, 22 Dec 2023 - 143 - EP 141 | CIÊNCIA: A química do Natal
Natal é cheiro a pinheiro e canela, é o prazer dos chocolates ou do bolo-rei e quem sabe, um charuto depois da ceia. É neve e o pai natal a voar no céu com as suas renas (na nossa imaginação, claro), muitos, muitos embrulhos e emoções boas.
Neste momento, deve estar a perguntar-se: mas como é que há química no Natal? Acredite ou não, há! O tema deste episódio saiu da cabeça do Nuno Maulide e claro que a Inês Lopes Gonçalves adorou a ideia de o desafiar com perguntas sobre esta época festiva, que parecem não ter química em lado nenhum.
Os cheiros que nos consolam, o açúcar que nos alegra, as emoções que partilhamos e até o Pai Natal estão cheios de componentes que, ‘magicamente’, constroem o tão famoso espírito natalício.
É com ele que dizemos adeus a esta dupla. Um episódio que vale a pena saborear.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
The chemistry of chocolateCinnamaldehyde, fenilpropanoide
Molécula da semana - cinamaldeido
What happens in your brain when you give a gift?
A chemistry overview of the beautiful miniature forest known as mosses
Mauve: the history of the colour that revolutionised the world
INÊS LOPES GONÇALVES
É uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistasTime Out, Sábadoe semanário Expresso.NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller «Como se Transforma Ar em Pão» e de «Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?», livros em que procura desmistificar a Química e explicar como é omnipresente nas nossas vidas.Fri, 15 Dec 2023 - 142 - EP 140 | POLÍTICA: Que peso têm as emoções na política?
De que forma as emoções impactam o modo como vemos a política? Votamos em melhores argumentos ou em melhores sentimentos? Pessoas de esquerda e de direita têm as mesmas predisposições emocionais? As emoções expressas pelos políticos são espontâneas ou parte de uma estratégia?
Ana Sofia Martins e José Santana Pereira despedem-se de 2023 com um tema poderoso. Neste último episódio irão falar de exemplos nacionais e internacionais, referir resultados de estudos e analisar um pouco mais em detalhe slogans de campanha emblemáticos como ‘Yes, we can’ ou ‘Razão e coração’. Não faltará a menção à política no feminino e ao escrutínio das mulheres no que toca às emoções. E, para fechar da melhor maneira, Ana Sofia fará a pergunta mais difícil de todas: haverá lugar para o amor, na política?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Amaral Dias, Joana (2014), O cérebro da política: como a personalidade, emoção e cognição influenciam as escolhas políticas. Lisboa: Edições 70Mints, Alex, Valentino, Nicholas A. e Wayne Carly (2022). Beyond rationality: behavioural political science in the 21st century. Cambridge: Cambridge University Press
Pimentel, José Maria, e Amaral Dias, Joana (2019), Psicologia política: personalidade, emoção, moral e cognição. Episódio 55 do Podcast ’45 graus’.
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento Casa Nova.JOSÉ SANTANA PEREIRA
É professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.Fri, 08 Dec 2023 - 141 - EP 139 | SOCIEDADE - Jovens: é possível sonhar com o trabalho ideal?
Na geração dos avós dos jovens de hoje, tirar um curso era só para alguns; um curso superior era uma garantia de trabalho; o trabalho era (o mesmo) para toda a vida.
Os tempos mudaram, fazendo com que muitas destas coisas sejam hoje vividas de outra forma. É verdade que tirar um curso superior se democratizou e que os jovens têm mais liberdade para escolher aquilo em que querem trabalhar, mas… será isso sinómino de estabilidade ou segurança, e que podem sonhar com o trabalho ideal? Ou será que, como tanta gente apregoa, fazem parte de «uma geração de descontentes, mimados, que não sabem o que querem»?
O investigador Vítor Sérgio Ferreira vai contar todos os desafios que se colocam aos jovens de hoje ao entrar no mercado de trabalho: a volatilidade, os estágios eternos, a necessidade de atualização permanente, a precariedade cujo termo foi «suavizado» com a palavra «flexibilidade» , assim como tantos outros. Ser jovem é um desafio, mas ainda há espaço para se poder sonhar.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Jovens e gerações em tempos de crise
Observatório da Emigração
Imagens e políticas de juventude na viragem neoliberal
A pedagogização de novas profissões de sonho
Ser Dj não é só soltar o play
Das Belas Artes às artes de tatuar
Os Jovens em Portugal, hoje
Margarida Gaspar de Matos, Saúde Psicológica e Bem-estar
Renato Miguel do Carmo, Ana Rita Matias, Retratos da Precariedade
BIOS
ANA MARKL
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.VÍTOR SÉRGIO FERREIRA
É doutorado em Sociologia, com especialidade de Sociologia da Educação, Cultura e Comunicação, pelo ISCTE-IUL, Portugal (2006).
Atualmente, é investigador principal no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É coordenador do grupo de pesquisa LIFE – Percursos de Vida, Desigualdades e Solidariedades, e vice-coordenador do Observatório Permanente da Juventude.Fri, 01 Dec 2023 - 140 - EP 138 | ECONOMIA: A arte também é economia?
Como se contabiliza o talento?
Que valor tem a criatividade?
Os mercados da arte regem-se pelas mesmas regras dos outros?
Neste episódio vamos falar de artes visuais, de pintura, escultura, mas também de rock and roll e outras formas de arte. Tudo porque a arte é um mercado importante e peculiar. Peculiar na forma como se rege, como modifica as perceções de valor, como eleva determinados artistas ao ‘Olimpo’ e deixa outros pelo caminho, aos quais não falta talento.
É verdade: a arte também é economia e a nossa dupla de Hugos vai explicar as nuances que tornam este ‘setor’ das nossas vidas algo tão importante e, vamos dizê-lo, original até na forma como aborda a própria… Economia. Abramos alas à arte.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
A Arte como Bem Económico:Heffetz, O., & Frank, R. H. (2011). Preferences for Status: evidence and economic implications. in Handbook of Social Economics (vol. 1, pp. 69-91). North-Holland.
Michael Schneider (2007) The Nature, History and Significance of the Concept of
Positional Goods, History of Economics Review, 45:1, 60-81, doi: 10.1080/18386318.2007.11681237W.J. Baumol and W.G. Bowen (1966). Performing Arts - The Economic Dilemma. A study of problems common to Theater, Opera, Music and Dance. New York, The Twentieth Century Fund.
Veblen, T. (1899). The Theory of the Leisure Class. Oxford University Press.
O Mercado da Arte:Fraiberger, S. P., Sinatra, R., Resch, M., Riedl, C., & Barabási, A. L. (2018).Quantifying Reputation and Success in Art. Science, 362(6416), 825-829.
Resch, M. (2021). How to Become a Successful Artist. Phaidon.
Abbing, H. (2008).Why are Artists Poor?: the exceptional economy of the arts(p. 368). Amsterdam University Press.
Uma Perspetiva Económica sobre a Música:Krueger, A. B. (2019). Rockonomics: a backstage tour of what the music industry can teach us about economics and life. Currency.
Talento, Sorte ou Influência?:Salganik, M. J., & Watts, D. J. (2008).Leading the herd astray: An experimental study of selffulfilling prophecies in an artificial cultural market. Social psychology quarterly, 71(4), 338- 55.
Goldin, C., & Rouse, C. (2000). Orchestrating impartiality: The impact of “blind” auditions on female musicians. American economic review, 90(4), 715-741.
Fri, 24 Nov 2023 - 139 - EP 137 | CIÊNCIA: A química do clima
Porque é que se fala tanto do ‘efeito de estufa’?
Porque é que já não se fala do buraco na camada de ozono?
Porque que quando se resolve uma questão climática aparece logo outra a seguir?Será que a química também explica tudo isto? O cientista Nuno Maulide acha que sim e Inês Lopes Gonçalves quis saber como. E por isso, neste episódio, vai ouvir falar muito de gases (os da atmosfera e muitos outros), de estrume e de vacas. Vai também perceber como o gelo guarda ‘cápsulas do tempo’, permitindo-nos conhecer a qualidade do ar noutras eras.
Global CO2 LevelsThe relentless rise of carbon dioxide New studyfinds grass fed beef reduces carbon footprintGrain-fed beef vs. Grass-fed beef - Greenhouse gas emissionsClimate change: the greenhouse gases causing global warmingHow does the greenhouse effect work? Greenhouse gases - factsheetEnergy and the environment explainedAre aerosol spray cans still bad for the ozone layer?10 top technologies to keep our cities coolCan this sun-reflecting fabric help fight climate change?The colours of hydrogen: expanding ways of decarbonisationHow do I get an electric shock?Our Planet (Documentário)Como desvendar o quebra-cabeças da origem da vida
Vai ouvir como o ser humano é capaz de criar soluções absolutamente inovadoras para as questões climáticas; e como seria relativamente simples resolver, por exemplo, o problema do excesso de dióxido de carbono na atmosfera.
Respire fundo: neste ‘A química do clima’, Inês Lopes Gonçalves e Nuno Maulide vão dar o seu melhor para trazer um pouco de luz sobre estes assuntos. Quimicamente falando, claro.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
NUNO MAULIDE
Professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.Fri, 17 Nov 2023 - 138 - EP 136 | POLÍTICA: Teorias da Conspiração na Política
Há quem acredite que o Homem não foi à Lua.
Há quem diga que os grandes líderes mundiais são…répteis alienígenas!
São milhares as efabulações acerca da morte de JFK, e outras tantas as que explicam a morte da Princesa Diana.
E são muitos os que pensam que o COVID foi inventado de modo a colocar um chip nos nossos organismos…São as tão famosas teorias da conspiração! Qualquer semelhança entre estas e as teorias científicas não é pura coincidência porque não existem mesmo quaisquer semelhanças. Assim explica José Santana Pereira, no início deste episódio gravado ao vivo no grande auditório do ISCTE.
Em conversa com a Ana Sofia Martins, ambos percorrerão as teorias mais conhecidas, explicando como se criam e disseminam de forma rápida. Sendo este um episódio de Política, não ficará de fora a maneira como as teorias da conspiração estão mais ligadas a certos quadrantes políticos, os efeitos que podem ter nas instituições democráticas e as características que nos tornam algumas pessoas mais permeáveis às mesmas.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Butter, Michael, e Peter Knight (eds.) (2020). Routledge Handbook of Conspiracy Theories. Londres: Routledge;Butter, Michael, e Peter Knight (2023). Covid Conspiracy Theories in Global Perspective. Nova Iorque: Taylor & Francis.
Merlan, Anna (2019) Republic of Lies: American Conspiracy Theorists and their Surprising Rise to Power. Nova Iorque : Random House;
Podcast Teorias da Conspiração, Antena 1.
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento Casa Nova.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
Fri, 10 Nov 2023 - 137 - EP 135 | SOCIEDADE Jovens: o que os move?
«Tu és jovem, não pensas.»
«Os jovens não sabem o que querem!»
«Esta geração é apática, não vibra com nada.»
«Estes miúdos são uns radicais.»Nesta nova trilogia de episódios a Ana Markl recebe Vítor Sérgio Ferreira para falar sobre os Jovens. Apesar de sempre terem existido, esta condição social é, no entanto, bastante recente e nasce apenas no início do século XX. Surpreendida/o? Prepare-se para mais.
O Vítor vai questionar as ideias feitas relativas aos jovens e evidenciar a ambiguidade de serem rotulados de pouco «interessados» em causas, enquanto são apontados pelo radicalismo com que se envolvem nessas mesmas causas. Quase como se disséssemos (nas palavras da Ana): Manifestem-se, mas sem incomodar as pessoas.
Numa era em que o culto da juventude nunca foi tão exacerbado, é caso para perguntar: «preso por ser jovem ou preso por não o ser», em que ficamos?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Estudo - «Os Jovens em Portugal, Hoje»
Estudos sobre Jovens e Participação Política, e sobre Justiça Intergeracional
Publicações:
Geração Milénio? Um retrato social e político
Leite, Miriam; Ferreira, Vitor Sérgio; Machado, Valéria (Orgs.) (2019) «Dossiê: Jovens e ativismos em (des)construção: socializações e (in)ações políticas», Práxis Educativa, 14 (3)
Vieira, Maria Manuel; Ferreira, Vitor Sérgio (Orgs), (2019) «Juventude(s) do local ao nacional - que intervenção?» Afrontamento
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
VÍTOR SÉRGIO FERREIRA
É doutorado em Sociologia, com especialidade de Sociologia da Educação, Cultura e Comunicação, pelo ISCTE-IUL, Portugal (2006). Atualmente, é investigador principal no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É coordenador do grupo de pesquisa LIFE – Percursos de Vida, Desigualdades e Solidariedades, e vice-coordenador do Observatório Permanente da Juventude.Fri, 03 Nov 2023 - 136 - EP 134 | ECONOMIA: Propinas - sim ou não?
Pagamos?
Não pagamos?
Recebemos de volta?
Deveríamos pagar de outra forma?É caso para se dizer que, no que toca ao tema das propinas (que tem estado bastante ‘quente’), nem sim, nem não; e que também não se vai aqui recomendar o tão famoso ‘nim’.
Provocado por Hugo van der Ding, o economista Hugo Figueiredo vai debruçar-se sobre o custo-benefício das políticas públicas. Vai olhar para a realidade do Ensino Superior português, explicar as implicações das diferentes políticas de propinas e dar exemplos mais ou menos bem-sucedidos de países como os Estados Unidos ou o Reino Unido. Pelo caminho, ficará a conhecer outros casos em que as políticas públicas se revelaram um sucesso, e compreenderá que, tal como em tudo na vida, também aqui, simplificar é uma das palavras de ordem.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Vale a pena investir recursos públicos no ensino superior?:
Deming, D. J. (2019). The economics of free college. Economics for Inclusive Prosperity Policy,Brief, 14.
Nathaniel Hendren, Ben Sprung-Keyser,A Unified Welfare Analysis of Government Policies, The Quarterly Journal of Economics, Volume 135, Issue 3, August 2020, Pages 1209–1318,
Os efeitos de eliminar propinas:
Denny, K. (2014). The effect of abolishing university tuition costs: Evidence from Ireland. Labour Economics, 26, 26-33.
Nguyen, H. (2019). Free tuition and college enrollment: Evidence from New York’s Excelsior program. Education Economics, 27(6), 573-587.
Nguyen, H. (2020). Free college? Assessing enrollment responses to the Tennessee Promise program. Labour Economics, 66, 101882.
Uma alternativa melhor?:
Sarrico, C. (2023). Propinas no Ensino Superior: estude agora, pague depois. Observador.
Peralta, S. (2020). Menos 200 euros de propina não ajuda os pobres. Público.
Peralta, S. (2019). Empréstimos para estudantes: Help me, Obi-Wan Kenobi. És a minha única esperança! Público.
A experiência de outros países:
Murphy, R., Scott-Clayton, J., & Wyness, G. (2019). The end of free college in England:Implications for enrolments, equity, and quality. Economics of Education Review, 71, 7-22.
Solis, A. (2017). Credit access and college enrollment. Journal of Political Economy, 125(2), 562-622.
Barreiras de Acesso ao Ensino Superior e Desenho de Políticas
Burland, E., Dynarski, S., Michelmore, K., Owen, S., & Raghuraman, S. (2023). The power of certainty: Experimental evidence on the effective design of free tuition programs. American Economic Review: Insights, 5(3), 293-310.
Dynarski, S., Libassi, C. J., Michelmore, K., & Owen, S. (2018). Closing the gap: The effect of a targeted, tuition-free promise on college choices of high-achieving, low-income students (No. w25349). National Bureau of Economic Research.
Fri, 27 Oct 2023 - 135 - EP 133 | CIÊNCIA: A química na cozinha (Parte II)
Se adorou o episódio anterior da dupla da Ciência, saiba que esta parte II não vai ficar atrás.
Sabia que…
… os peixes e os mariscos também podem ser desnaturados?
… a água de cozedura do grão-de-bico tem (quase) nome de fada?
… o papel de alumínio não tem um lado bom?
… os ovos também podem sofrer de gases?
Pois é: a Inês Lopes Gonçalves e o Nuno Maulide gostam mesmo de cozinhar e de perceber tudo o que se passa na cozinha. Este é mais um episódio em que se desmistificam mitos e se explicam aqueles fenómenos da culinária que quase parecem magia: é que um simples ovo guarda muitos mais segredos na casca (suja) do que parece; já para não falar da clara que, sendo líquida, de repente se agiganta e forma um castelo firme.
A dupla vai falar do poder transformista de muitos alimentos, mas ainda vai mais longe, trazendo à colação o poder do micro-ondas, da película aderente, do papel de alumínio e tantos outros. Vão ainda deixar-lhe uma receita para que faça um brilharete culinário com quem muito bem lhe apetecer. Diga lá se não lhe abrimos o apetite?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Agar or alginate spherification: what’s the difference?
Do you always have to rinse rice?
Real reason for aluminium foil shiny dull side
Myth Debunked: Aluminium Foil, shiny side IN or OUT?
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
Fri, 20 Oct 2023 - 134 - EP 132 | POLÍTICA: Como se formam as preferências políticas?
Que diferenças existem entre a esquerda e a direita?
Que importância têm a família, o contexto social e escolar, na formação de uma preferência política?
É verdade que somos mais de esquerda quanto mais novos somos, e aproximamo-nos da direita à medida que ficamos mais velhos?Vai ouvir falar de caviar e de mortadela, de vestidos pretos e de muitos tons de cinzento; acredite ou não, tudo isto está relacionado com o tema deste episódio: como crescemos dentro de uma preferência política e nos mantemos por lá, ou a abandonamos, nem que seja ‘por momentos’.
José Santana Pereira e Ana Sofia Martins vão conversar sobre ‘esquerda’ e ‘direita’, trazer dados surpreendentes sobre diferenças geracionais, falar do desgaste daquelas etiquetas, e inclusivamente deixar conselhos aos pais que desejam dar ferramentas aos seus filhos para que desenvolvam espírito crítico e, quem sabe, se mantenham na preferência da família. Esteja a sua num dos lados, no outro, ou no espectro entre os dois, venha ouvir os factos que constroem melhores argumentos sobre este assunto.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Araújo, António (2016). Da direita à esquerda: Cultura e sociedade em Portugal, dos anos 80 à atualidade. Lisboa: Saída de Emergência.
Freire, André (2006). Esquerda e direita na política europeia. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais
Tavares, Rui (2015).Esquerda e direita: Guia histórico para o século XXI. Lisboa: Tinta da China.
Onde param a esquerda e a direita?
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ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
Fri, 13 Oct 2023 - 133 - EP 131 | SOCIEDADE Cidades: como serão no futuro?
O cinema já retratou as cidades do futuro de muitas maneiras:
Frias e asséticas.
Escuras, poluídas, sem espaços verdes.
Dominadas pela tecnologia, desumanas.
Serão um dia assim, as cidades do futuro?O geoógrafo Gonçalo Antunes acha difícil de prever, sobretudo pensando num horizonte temporal superior a 50 anos. Contudo, as tendências que se desenham são bem mais positivas do que as retratadas pelo cinema.
A Ana Markl quis então saber como é que o design atual das nossas cidades, tão dominado pelo uso do automóvel, se pode vir a transformar. Tudo parece orientar-se para uma urbe mais inteligente, mais descarbonizada, favorecendo o ambiente e uma mobilidade mais suave.
Será que um dia viveremos nessas cidades? Será esse o legado urbano que deixaremos aos nossos filhos?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Leituras:
Triumph of the City: How Our Greatest Invention Makes Us Richer, Smarter, Greener, Healthier, and Happier, de Edward Glaeser.
The City in History: Its Origins, Its Transformations, and Its Prospects, Lewis Mumford.
Cities of Tomorrow, de Peter Hall
Metrópoles: a história da cidade, a maior criação da civilização, de Ben Wilson.
The Death and Life of Great American Cities, Jane Jacobs.
The Just City, Susan S. Fainstein.
Cities for People, Jan Gehl.
Outros:
Baraka, Ron Fricke, 1992
Home, Yann Arthus-Bertrand, 2009
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
GONÇALO ANTUNES
Geógrafo, doutorado em Geografia e Planeamento Territorial pela Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas (NOVA FCSH) da Universidade Nova de Lisboa.
Professor universitário na NOVA FCSH, actual coordenador da Licenciatura em Geografia e Planeamento Regional e investigador integrado no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA).
É especialista em políticas de habitação, dinâmicas do mercado imobiliário, políticas públicas urbanas, Geografia urbana, planeamento e ordenamento do território e de forma lata em estudos
urbanos. Dentro destas temáticas tem várias publicações científicas, é coordenador de projetos
científicos e organizou exposições na qualidade de curador, entre outras actividades de
disseminação do conhecimento.
Fri, 06 Oct 2023 - 132 - EP 130 | ECONOMIA: quanto vale uma vida?
Que valor tem a sua vida? E a vida animal? Quanto vale um parque natural ou uma praia?
É comum dizer-se que certas coisas ‘não têm preço’. Geralmente, a expressão pressupõe que o seu valor é incalculável; mas, economistas como Hugo Figueiredo, discordam, dizendo que a não atribuição de um valor provoca precisamente o efeito contrário: faz com que o mesmo passe a ser zero.
Esta desvalorização tem efeitos profundos e acaba por se traduzir na maneira como respeitamos (ou não) a natureza, a vida humana e tantos outros.
Em conversa com Hugo van der Ding, Hugo Figueiredo dá inúmeros exemplos e ajuda-nos a compreender como é possível fazer análises de custo/benefício e calcular o ‘preço’ de tudo aquilo que nos parece impossível quantificar, mesmo quando os benefícios são imateriais.
Parece-lhe demasiado duro e objetivo? Prepare-se: a sua vida vale muito mais do que provavelmente imagina.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Quanto vale uma vida?
Viscusi, W. (2018). Pricing lives: Guideposts for a safer society. Princeton University Press.
Kniesner, T. J., & Viscusi, W. K. (2019). The Value of a Statistical Life. In Oxford Research Encyclopedia of Economics and Finance.
Friedman, H. S. (2021). Ultimate price: The value we place on life. University of California Press.
Thaler, R., & Rosen, S. (1976). The value of saving a life: evidence from the labor market.
In Household production and consumption (pp. 265-302). NBER.
Athey, S., Kremer, M., Snyder, C., & Tabarrok, A. (2020). In the race for a coronavirus vaccine, we must go big. really, really big. New York Times, 4.
Avaliação de bens ambientais:
Banzhaf, H. (2023). Pricing the Priceless: A History of Environmental Economics (Historical Perspectives on Modern Economics). Cambridge: Cambridge University Press.
Riera, P., McConnell, K. E., Giergiczny, M., & Mahieu, P. A. (2011). Applying the travel cost method to Minorca beaches: some policy results. The international handbook on non-market environmental valuation, 60-73.
Haefele, M., Loomis, J. B., & Bilmes, L. (2016). Total economic valuation of the National Park Service lands and programs: Results of a survey of the American public. Harvard Kennedy School Working Papers Number of, 48.
Economistas:
BIOS
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
Fri, 29 Sep 2023 - 131 - EP 129 | CIÊNCIA: A química na cozinha (Parte I)
Neste episódio vamos falar de…
… bolos que crescem e subitamente desabam;
… fermentações químicas e biológicas;
… emulsionar, reduzir e clarificar;
… e também de alimentos que precisam de muito ‘amor’, outros que picam na língua, e ainda alguns que ganham ranço.Não, a Inês Lopes Gonçalves e o Nuno Maulide não decidiram largar tudo e dedicar-se à culinária; em vez disso, trazem uma nano-série de dois episódios dedicados à química que acontece nas nossas cozinhas de cada vez que decidimos preparar um prato, nos esquecemos de guardar a manteiga no frigorífico ou nos dispomos a fazer a tão famosa massa-mãe.
Vai ouvir falar de ‘ingredientes’ que não se encontram no supermercado ou na mercearia mas que ‘andam aí’. São substâncias com nomes complexos e efeitos poderosos como a capsaicina ou o ácido butírico. Acredite que pelo menos um destes dois é capaz de lhe dar a volta ao estômago. Se quer saber qual, carregue no play.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
How to salt pasta water the right way
Guia completo sobre a química do pão e seus diferentes tipos
Diferença entre fermento biológico e fermento químico
Changes in quality properties of kimchi based on the nitrogen content of fermented anchovy sauce
Pavlova: why do egg whites foam?
BIOSINÊS LOPES GONÇALVES
É uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é actualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (AleFri, 22 Sep 2023 - 130 - EP 128 | POLÍTICA: corrupção, com todas as letras
Indignamo-nos com ela.
Criticamos políticos e partidos à sua conta.
Desprezamos os media que não a referem ou que dela se aproveitam.
Mas … será que sabemos o que é a corrupção, como se manifesta, previne e combate?
Ana Sofia Martins arranca este episódio com uma provocação; José Santana Pereira usa-a para definir o que é corrupção, traz à luz as diferenças entre ética e legalidade, põe o dedo na ferida referindo o que é aceitável e o que não é.
A dupla leva-nos ao índice de corrupção (sim, existe um) e à surpresa de que, afinal, Portugal não está assim tão mal na classificação. Depois vêm os factos: clientelismo, o ‘fator C’, o populismo e… as zonas cinzentas. Sim, porque, como se diz no país vizinho, ‘que las hay, las hay’, e coisas que nos parecem tão simples como a pequena cunha para evitar uma multa também são corrupção. Está preparado/a para ouvir?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Coroado, Susana (2017). O Grande Lóbi: Como se influenciam as decisões em Portugal. Lisboa: Objectiva;
De Sousa, Luís (2011). Corrupção. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos;
De Sousa, Luís, e Coroado, Susana (2022). Ética e Integridade na Política. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos;
Silva, Patrícia (2020). Jobs for the Boys? Nomeações para a Administração Política. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, actriz e modelo portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
Fri, 15 Sep 2023 - 129 - EP 127 | SOCIEDADE Cidades: sítio para morar, precisa-se
Assistimos com preocupação à falta de casas, a preços e condições acessíveis para viver nas grandes cidades do nosso país. A tão famosa crise da habitação é tema recorrente nas notícias. Contudo, será que este é um problema inteiramente novo? Ou será que apenas mudam as causas para um problema que não é novo?
O Gonçalo Antunes diz-nos que sim. E não fica por aí: em conversa com a Ana Markl, identifica os factos que estão na base deste problema (que realmente não é novo) do acesso à habitação. Explica como viviam as famílias em tempos não assim tão distantes e explica que ‘a história das cidades também se faz destas dificuldades do acesso à habitação’.
Porém, a Ana Markl vai querer conhecer as razões actuais, as conhecidas e as menos faladas; vai questionar sobre se poderemos ter esperança num acesso mais fácil a ter casa, e fará ainda uma pergunta sacramental: que lições deveremos retirar para o futuro?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Leituras:
Antunes, G. (2018). Políticas de habitação - 200 anos. Lisboa: Editora Caleidoscópio. Antunes, G. (2021a). Direitos humanos e habitação - evolução do direito à habitação em Portugal. Lisboa: Editora Caleidoscópio.
Antunes, G. & Seixas, J. (2022). Impactos da pandemia na evolução do acesso à habitação na Área Metropolitana de Lisboa. CIDADES, Comunidades e Territórios, 45, pp. 55-79.
Antunes, G. & Ferreira, J. (2021). Short-term rentals: how much is too much - spatial patterns in Portugal and Lisbon. Tourism and Hospitality Management, 27, 3, 581‒603.
Aalbers, M.B. (2016). The Financialisation of Housing: a Political Economy Approach. Londres: Routledge.
Becker, E. (2013). Overbooked: The Exploding Business of Travel and Tourism. Nova Iorque: Simon & Schuster.
Brenner, N., Marcuse, P. & Mayer, M (eds.). (2012). Cities for People, Not for Profit. Critical Urban Theory and the Right to the City. Londres: Routledge.
Lees, L. & Phillips, M. (2018). Handbook of Gentrification Studies. Cheltenham: Edward Elgar Publishing.
Seixas, J. (2021). Lisboa em metamorfose. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Davis, M. (2005). Planet of slums. Nova Iorque: Verso Books.Documentário:
Do Bairro, Diogo Varela Silva, 2021BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
GONÇALO ANTUNES
Geógrafo, doutorado em Geografia e Planeamento Territorial pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH) da Universidade Nova de Lisboa.
Professor universitário na NOVA FCSH, coordenador do Departamento de Geografia e Planeamento Regional e investigador integrado no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA). É especialista em políticas de habitação, dinâmicas do mercado imobiliário, políticas públicas urbanas, Geografia urbana, planeamento e ordenamento do território e de forma lata em estudos urbanos. Dentro destas temáticas tem várias publicações científicas, é coordenador de projetos científicos e exposições na qualidade de curador, entre outras atividades de disseminação do conhecimento.Fri, 08 Sep 2023 - 128 - EP 126 | ECONOMIA: Classe média, a quanto obrigas?
Como se define, hoje, esta classe que não é nem alta nem baixa? Como se chega à classe média? Por que razão a maioria das pessoas acha que está abaixo ou acima dela? Que importância tem a classe média para a Economia?
Sobram comentários, artigos e opiniões acerca de como as crises recentes têm abalado a classe média: perda do poder de compra, perdas significativas na qualidade de vida. Quem se pode incluir na classe média?
O Hugo van der Ding quis saber e o Hugo Figueiredo traz, neste episódio, uma definição mais rica desta classe, baseada na dimensão dos rendimentos, mas olhando também para muitas outras, como a das escolhas culturais, ou o lugar onde se vive.
A nossa dupla de Hugos vai explicar como o ‘aperto’ da classe média tem consequências políticas importantes e, partindo daí, como outras se podem desenhar. É que uma classe média saudável é sinónimo de uma Economia saudável. Estará Portugal consciente disso?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Simulador Eurostat;
Simulador OCDE;
Simulador PEW Research Center;
Reeves, Richard V., Katherine Guyot, and Eleanor Krause. "Defining the middle class: Cash, credentials, or culture." Brookings: Washington, DC, USA (2018): 24.O “Aperto” da Classe Média:
OECD (2019), Under Pressure: The Squeezed Middle Class, OECD Publishing, Paris.
Derndorfer, J., & Kranzinger, S. (2021). The Decline of the Middle Class: New Evidence for Europe. Journal of Economic Issues, 55(4), 914-938.Desigualdade de Rendimentos e Classe Média em Portugal:
Ferreira, P., Lopes, M. C., & Tavares, L. P. (2021), O Salário Médio em Portugal. Fundação Calouste Gulbenkian.
Peralta, S., Carvalho, B. P., & Esteves, M. (2023). Portugal, Balanço Social 2022. Nova School of Business and Economics.
Rodrigues, Carlos Farinha (20 de Março de 2023). Portugal Desigual. Um Retrato da Desigualdade de Rendimentos e da Pobreza no PaísDesigualdade, Desenvolvimento e Desempenho Económico:
Stiglitz, J. E. (2012). The price of inequality: How today's divided society endangers our future. WW Norton & Company.
Easterly, W. The Middle Class Consensus and Economic Development. Journal of Economic Growth 6, 317–335 (2001).
Banerjee, Abhijit, V., and Esther Duflo. 2008. "What Is Middle Class about the Middle Classes around the World?" Journal of Economic Perspectives, 22 (2): 3-28.Como Leões Marinhos: Corridas Posicionais e Efeitos de Desigualdade em Cascata:
Frank, R. H. (2012). The Darwin economy: Liberty, competition, and the common good, Princeton University Press.
Frank, R., A. Levine and O. Dijk (2014), “Expenditure Cascades”, Review of Behavioral Economics, Vol. 1/1-2, pp. 55-73,
Bertrand, M. and A. Morse (2016), “Trickle-Down Consumption”, Review of Economics and Statistics, Vol. 98/5, pp. 863-879
BIOSANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. NaFri, 01 Sep 2023 - 127 - EP 125 | CIÊNCIA: A química do lar
Diga lá se são mitos ou verdades:
Uma nódoa de vinho tinto sai com vinho branco.
Camisas com manchas amarelas só têm um destino: o caixote do lixo.
Mas pôr a roupa ao sol resolve-lhe o problema. Ou não?Se não quer arriscar ou se tem todas as certezas, venha tirar a prova dos nove com a Inês Lopes Gonçalves e o cientista Nuno Maulide.
Desta vez, eles vão abrir armários, despensas, gavetas, as deste século e as de séculos anteriores, para explicarem o que anda dentro da multidão de frascos, bisnagas, sprays e quejandos que temos em casa para limpar, desinfetar, tirar nódoas ou lavar.
O Nuno vai falar-nos da química de todos estes produtos, mas, não contente com isso, a Inês ainda lhe irá perguntar sobre o efeito real das mezinhas do tempo das nossas bisavós. Nesta viagem, a dupla ainda nos levará a um passado distante, no qual o produto preferido para a lavagem das roupas era, nada mais, nada menos do que… a urina.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
The chemistry of stain removal
Cleaning your clothes with chemistry
From Gunpowder to Teeth Whitener: The Science Behind Historic Uses of Urine
20 simple ways to keep mosquitoes away
Tudo o que sempre quis saber sobre o sabão azul
Sabão azul: o poderoso desinfetante
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e
apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.
Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
Fri, 25 Aug 2023 - 126 - EP 124 | POLÍTICA: Sondemos as sondagens
Existem dicas para reconhecer uma sondagem fidedigna?
Como são exploradas as sondagens pelos media?
De que modo são lidas pelos políticos?
Que influência têm sobre a estratégia dos partidos?
Acredite, depois deste episódio vai achar as sondagens muito mais interessantes. Gostaria de ter dicas para reconhecer uma sondagem credível? O José Santana Pereira e a Ana Sofia Martins vão dar a receita. Não sabe o que querem dizer intervalo de confiança ou margem de erro? A dupla também vai explicar. E os partidos e seus políticos: como as utilizam para dar de novo ou baralhar? Pois é, este episódio vai demonstrar o quanto a velha frase proferida pelos políticos é verdadeira: é que ‘as sondagens valem (mesmo) o que valem’ e valem ainda mais quando sabemos como as interpretar.Ouça o 1º episódio sobre este tema: Política: Como se fazem as sondagens?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMagalhães, Pedro (2011) Sondagens, Eleições e Opinião Pública. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos;
Bethlehem, Jelke (2018) Understanding Public Opinion Polls. Boca Raton, Florida: CRC Press;
Asher, Herb (2017). Polling and the Public: What Every Citizen Should Know. (9th edition). Washington, DC: CQ Press.
Pereira, Miguel (2019) Do Parties Respond Strategically to Opinion Polls? Evidence from Campaign Statements. Electoral Studies 59: 78-86.
Pereira, Miguel M. (2020). Responsive Campaigning: Evidence from European Parties. The Journal of Politics 82(4): 1183-1195.
Podcast [IN] Pertinente ‘Como se fazem as sondagens?’
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.Fri, 18 Aug 2023 - 125 - EP 123 | SOCIEDADE Cidades: por que vivemos nelas?
Temos a sensação de que vivemos um momento contrário ao que a história descreveu tantas vezes: o “êxodo” urbano. Será mesmo assim?
Estará a população a diminuir nas cidades e a aumentar fora delas?
E, saem todos, ou apenas os que podem?
Numa nova ‘trilogia de episódios’, Ana Markl recebe Gonçalo Antunes para conversar sobre o tema das Cidades. Este primeiro episódio promete reflexões interessantes: desde as razões históricas que levaram ao nascimento das cidades, à sua expansão no território ou à constatação de que, afinal, este “abandono” das cidades não é assim tão marcado, nem inédito.
A dupla que nos perdoe o ‘spoiler’, mas não há como resistir em revelar uma parte: 55% da população mundial vive nas cidades, mas esta é uma realidade muito recente. Talvez faça parte dos 45% que vive fora das cidades, mas, quem sabe, o seu futuro passará por elas?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISLivros:
“Triumph of the City: How Our Greatest Invention Makes Us Richer, Smarter, Greener, Healthier,and Happier”, de Edward Glaeser.“The City in History: Its Origins, Its Transformations, and Its Prospects”, Lewis Mumford.“Cities of Tomorrow”, de Peter Hall“Metrópoles: a história da cidade, a maior criação da civilização”, de Ben Wilson.“As cidades invisíveis”, de Italo Calvino.Documentários:
“Baraka”, Ron Fricke, 1992.“Home”, Yann Arthus-Bertrand, 2009.
BIOSANA MARKL
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
GONÇALO ANTUNESGeógrafo, doutorado em Geografia e Planeamento Territorial pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH) da Universidade Nova de Lisboa. É professor universitário na NOVA FCSH, coordenador da Licenciatura em Geografia e Planeamento Regional e investigador integrado no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA).
É especialista em políticas de habitação, dinâmicas do mercado imobiliário, políticas públicas urbanas, geografia urbana, planeamento e ordenamento do território e em estudos urbanos. Dentro destas temáticas tem várias publicações, é coordenador de projetos científicos e organizou exposições enquanto curador, entre outras atividades de disseminação do conhecimento.Fri, 11 Aug 2023 - 124 - EP 122 | ECONOMIA: O lado bom da Inteligência Artificial
Está a revolucionar positivamente o ensino.
Vai trazer mais espaço para a criatividade.
Evita erros em algumas profissões.
Abre caminhos para uma maior especialização.Surpreendida/o? Sim, estamos a falar da Inteligência Artificial, aquilo que agora anda nas bocas do mundo e não pelas melhores razões. Vista e comunicada pelo lado mais ‘papão’, na realidade também tem trazido muita evolução para a nossa sociedade e, o nosso especialista Hugo Figueiredo, apoiado pelo [IN] Pertinente Hugo van der Ding, vai explicar.
Desde as mudanças de paradigma no ensino (que já boa falta faziam) às alterações positivas no mundo do trabalho, a Inteligência Artificial afinal não é de temer mas antes a perspetivar como algo que permitirá uma maior capacitação de todos nós, a começar pela educação dos nossos filhos.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISEducação à Prova de Bots e Robots:
Manyika, J., Lund, S., Chui, M., Bughin, J., Woetzel, J., Batra, P., Ko, Ryan & Sanghvi, S. (2017).Jobs lost, jobs gained: Workforce transitions in a time of automation. McKinsey Global Institute, 150(1), 1-148. Aoun, J. E. (2017). Robot-proof: higher education in the age of artificial intelligence. MIT press.A Inteligência Artificial Pode Salvar a Educação:
Khan, Sal (2013). How AI could save (not destroy) Education [Video]. TED Conferences. Bloom, B. S. (1984). The 2 sigma problem: The search for methods of group instruction as effective as one-to-one tutoring. Educational researcher, 13(6), 4-16.A Eficácia das Estratégias de Aprendizagem Activa:
Freeman, S., Eddy, S. L., McDonough, M., Smith, M. K., Okoroafor, N., Jordt, H., & Wenderoth, M. P. (2014). Active learning increases student performance in science, engineering, and mathematics. Proceedings of the national academy of sciences, 111(23), 8410-8415. Deslauriers, L., McCarty, L. S., Miller, K., Callaghan, K., & Kestin, G. (2019). Measuring actual learning versus feeling of learning in response to being actively engaged in the classroom. Proceedings of the National Academy of Sciences, 116(39), 19251-19257.Ensino Profissional e Adaptabilidade:
Hanushek, E. A., Schwerdt, G., Woessmann, L., & Zhang, L. (2017). General education,vocational education, and labor-market outcomes over the lifecycle. Journal of humanresources, 52(1), 48-87. Chuan, A., & Ibsen, C. L. (2022). Skills for the future? A life cycle perspective on systems of vocational education and training. ILR Review, 75(3), 638-664.
BIOSHugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
Hugo Figueiredo é professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
Fri, 04 Aug 2023 - 123 - EP 121 | CIÊNCIA: Viagem ao mundo da(s) droga(s)
«Droga (segundo o Dicionário Priberam online):
- Nome genérico de todos os ingredientes que têm aplicação em várias indústrias, bem como na farmácia. Substância que age sobre o sistema nervoso central, que pode modificar o estado de consciência e que geralmente causa habituação e danos físicos ou psíquicos.»
O dicionário bem o diz e Inês Lopes Gonçalves, acompanhada pelo cientista Nuno Maulide, vai fazer jus a estas definições.
Damos-lhe a oportunidade de fazer uma verdadeira viagem ao mundo das drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, conhecidas ou desconhecidas, passando também pelo universo da batota, ou seja, por aquelas que facilmente consideramos como ‘não-drogas’, mas que, à luz das alterações que nos provocam, se enquadram na mesma categoria.
Nuno Maulide fala de estruturas moleculares, substâncias químicas e compostos, devidamente conduzido por Inês Lopes Gonçalves, que vai querer saber como todas elas modificam o nosso comportamento e a nossa saúde.
Acha que vamos falar só das pesadas? Nada disso: a partir deste episódio vai olhar para a sua bebida energética de forma bastante diferente.
Historical and cultural aspects of man's relationship with addictive drugsDoctoring the body and exciting the soulDrugs in Victorian BritainLemon juice as a solvent for heroin in SpainThe Chemistry of Breaking BadDrugs Unlimited: how I created my own legal highBreaking Bad
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
BIOSINÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
NUNO MAULIDENascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.
Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.Fri, 28 Jul 2023 - 122 - EP 120 | POLÍTICA: Como se fazem as sondagens?
Para que serve uma sondagem?
É simples de fazer?
De que forma se escolhem os inquiridos?
E o formato das perguntas, é pensado?
Como se fazem sondagens em Portugal?
Reparamos mais nelas em tempo de eleições, mas as sondagens andam por todo o lado, e nem sempre são alvo de consensos. Há quem ache que não representam nada, há quem ache que dizem tudo, e muitos outros acham que são feitas de maneira pouco criteriosa.
Será verdade? O politólogo José Santana Pereira, com a ajuda da Ana Sofia Martins, vai explicar para que serve e como é feita uma sondagem rigorosa.
É que há muito trabalho anterior e posterior a um estudo destes; e são esses cuidados, feitos de ‘passos’ bem estudados, que constroem a credibilidade de uma sondagem. Venha conhecê-los: verá como a partir deste episódio a sua leitura das próximas sondagens será muito diferente… e sobretudo mais impermeável a ‘achismos’.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Magalhães, Pedro (2011) Sondagens, Eleições e Opinião Pública. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos;
Bethlehem, Jelke (2018) Understanding Public Opinion Polls. Boca Raton, Florida: CRC Press;
Asher, Herb (2017). Polling and the Public: What Every Citizen Should Know. (9th edition). Washington, DC: CQ Press.
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Modelo, apresentadora e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
Fri, 21 Jul 2023 - 121 - EP 119 | SOCIEDADE Mulheres: estarão elas menos vulneráveis?
Ainda não se podem remeter ao passado os temas relacionados com a vulnerabilidade da mulher: a violência doméstica persiste, os abusos continuam a ser frequentes, as mulheres ainda não perderam o receio de andar sozinhas numa rua escura, de trancar o carro ou de pedir a amigas que lhes digam que chegaram a casa em segurança.
Se é verdade que a consciência sobre estes temas já sofreu uma evolução, a realidade é que ainda continua muito por fazer. Ana Markl vai questionar a socióloga Anália Torres sobre toda esta narrativa ancestral do ‘sexo fraco’, naquele que é o último episódio desta dupla.
Anália Torres exemplificará com clareza, e muitas vezes recorrendo a dados e estudos, a relação entre o cultural e o biológico, a falência de muitas soluções que acabam por proteger mais os agressores do que as vítimas, a ineficiência das cidades para a segurança das mulheres, e muitas outras dimensões que fazem pensar no longo caminho ainda a percorrer.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Violências de género, Sofia Neves e Dália Costa (Coords.), Edições ISCSP: Coleção Estudos de Género
Género na rush hour of life: Trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa, Anália Torres (Coord.), Francisco Manuel dos Santos
Os usos do tempo de homens e de mulheres em Portugal, Heloísa Perista et al., CESIS e CITE
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
ANÁLIA TORRES
Doutorada em Sociologia, professora catedrática e coordenadora da Unidade de Sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa. Fundou e dirige o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do ISCSP. Integra a equipa responsável pela aplicação do European Social Survey em Portugal, desde 2002.
É perita nos temas do género, família, casamento, divórcio, relação trabalho/família, proteção de crianças e jovens, assédio moral e sexual, entre outros, criou vários cursos de mestrado e de pós-graduação nestes domínios. As investigações que tem dirigido têm servido de base a mudanças legislativas de que são exemplo a alteração da lei do divórcio ou as mudanças relativas ao assédio moral e sexual.
Integrou várias redes internacionais de pesquisa dos Framework Programs 6, 7 e do Horizon 2020 da Comissão Europeia. Foi Presidente da Associação Portuguesa de Sociologia (2002-2006) e da European Sociological Association (2009-2011). Integrou o painel de avaliação Institutions, values, beliefs and behaviour do European Research
Council (ERC)e ocupou vários cargos na International Sociological Associa5on. Faz parte do Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) desde 2020.
Ver mais em www.analiatorres.com
Fri, 14 Jul 2023 - 120 - EP 118 | ECONOMIA: Ensino superior - para todos?
O ensino superior massificou-se.
A massificação alterou o destino das pessoas que o frequentam.
Modificou a forma e o conteúdo dos cursos.
Ampliou a oferta de diplomados.
De que maneira isso se reflecte na economia?
Antigamente, os cursos superiores eram para as elites. Com a democracia veio também a democratização do ensino superior. Ajustes tiveram de ser feitos na qualidade e regulação; mas os números e os estudos demonstram que, hoje em dia, mais pessoas têm acesso a um futuro profissional melhor. Assim o dizem o economista Hugo Figueiredo e Hugo van der Ding, sem contudo deixar de pôr o dedo nas feridas que se abriram com a massificação.
E entre esses desafios estão a maior oferta de diplomados que não é acompanhada pela procura por parte das empresas, a necessidade de uma boa formação de base, ou as expectativas dos diferentes tipos de públicos que muitas vezes são goradas ao chegar ao mercado de trabalho. Então, valerá mesmo a pena investir anos num curso superior nos tempos que correm? Ouça até ao fim e saberá a resposta.
Deming, D. J. (2019). The economics of free college. Economics for Inclusive Prosperity Policy Brief, 14. Figueiredo, H., Portela, M., Sá, C., Cerejeira, J., Almeida, A., & Lourenço, D.(2017). Benefícios do ensino superior. Fundação Francisco Manuel dos Santos.Deming, D. J. (2023). Why Do Wages Grow Faster for Educated Workers?WorkingPaper No. w31373. National Bureau of Economic Research.Deming, D. J. (2022). Four facts about human capital. Journal of Economic Perspectives, 36(3), 75-102.Marques, P, Suleman, F & Costa, J. M. (2022). Moving beyond supply-side argumentsto explain over-qualification: The ability to absorb graduates in different models ofcapitalism. European Journal of Education, 57, 342– 360.Hugo Figueiredo, Ricardo Biscaia, Vera Rocha & Pedro Teixeira (2017) Should we start worrying? Mass higher education, skill demand and the increasingly complex landscape of young graduates’ employment, Studies in Higher Education, 42:8, 1401-1420.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBIOS
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
Fri, 07 Jul 2023 - 119 - EP 117 | CIÊNCIA Prepare-se: este é um episódio explosivo!
Estrôncio não tem nada a ver com estronço e tem tudo a ver com explosões.
Apesar de poder parecer, Césio não é nome próprio, mas um ingrediente que também as pode provocar.
O Iodo não é tão inocente quanto parece, pois também participa nas explosões.
Tudo o que tem Nitro pode ter perigo.
Há escalas que não são musicais e que medem o grau do verbo explodir.
O triângulo do fogo, neste episódio, não tem nada de místico.Este é um episódio verdadeiramente explosivo, porque ajuda a compreender a química presente nas explosões, sejam elas químicas, nucleares ou mecânicas.
A Inês Lopes Gonçalves e o cientista Nuno Maulide vão começar pelas explosões mais simples e chegar a momentos dramáticos como os de Chernobyl ou Beirute.
Mas, como em qualquer bom episódio, neste não há apenas violência e drama; haverá também alegria, humor e nostalgia: quem não gosta de um bom fogo de artifício, quem nunca experimentou juntar Coca-Cola com Mentos, ou não se lembra das famosas ‘Petazetas’ que ‘estalavam na boca e não nas mãos’?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISWhat are the different types of explosion?
What minerals produce colours in fireworks?
Exploding the mystery of blue fireworks
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é actualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
Fri, 30 Jun 2023 - 118 - EP 116 | POLÍTICA: A beleza importa na política?
É uma realidade: todos somos sensíveis à beleza. Mas, seremos inteiramente conscientes disso? Até que ponto isso pode afetar dimensões importantes da nossa vida? E, de que modo pode a beleza influenciar as nossas escolhas ou perceções na política?
Ana Sofia Martins arranca o episódio com um estudo de Yale que já dá que pensar. E, o politólogo José Santana Pereira inicia as suas respostas falando sobre as normas de beleza e estética que foram dominando e variando consoante as épocas, e as diferentes culturas.
Bartlett, Djurdja (2019) Fashion and politics. Yale: Yale University Press; Hamermesh, Daniel S. (2011) Beauty pays: Why Attractive People Are More Successful. Princeton: Princeton University Press; Todorov, Alexander (2017) Face Value: The Irresistible Influence of First Impressions. Princeton: Princeton University Press.
Contudo, este preâmbulo suave é um ótimo aperitivo para o que ambos vão revelar a seguir, com exemplos concretos e estudos bem demonstrativos. É que os critérios que nos fazem julgar um político de acordo com a sua beleza ou as suas preferências de estilo, beneficiam ou penalizam homens e mulheres de forma diferente. Não são iguais para a esquerda e a direita, dependem da maior ou menor quantidade de informação disponível e são influenciados por um consumo elevado da televisão.
Venha surpreender-se.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo, e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente. A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.JOSÉ SANTANA PEREIRA
É professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas. É casado e tem dois gatos.Fri, 23 Jun 2023 - 117 - EP 115 | SOCIEDADE Mulheres: uma vida de muitos trabalhos
As mulheres distinguem-se dos homens em vários aspetos. Porém, serão as mulheres iguais entre si?
Quando reivindicamos para as mulheres a igualdade no mercado de trabalho importa ter presente que os seus contextos podem ser muito distintos. Há uma enorme diversidade social de trabalhos, com desafios distintos: mulheres de diferentes idades, de setores menos qualificados e mulheres racializadas.
E aos homens, importa também trazê-los para esta equação: quando começarão a ser conscientes dos ganhos evidentes em fazerem parte da solução?
A socióloga Anália Torres e Ana Markl vão colocar o dedo em todas estas feridas, referindo estudos e exemplos, tornando-nos assim conscientes da necessidade de pensarmos sobre todas as mulheres, sem exceção, quando pensamos em direitos. Uma consciência que implica o reconhecimento de diversos tipos de preconceitos, a identificação das formas subtis em que a masculinidade tóxica ainda se revela, mas que também implica a abertura e união dos homens a esta causa, união essa que trará vantagens evidentes para todos os géneros.
Se também se interroga sobre como criar um futuro mais igual para todos, não perca esta conversa.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Vida conjugal e trabalho: uma perspectiva sociológica, Torres, Anália et al , Celta Editora (2004)
Homens e mulheres entre a família e o trabalho, Torres, Anália et al , CITE, (2004)
Masculino e Feminino: A construção social da diferença, Amancio, Lígia Barros, Edições Afrontamento, (1994)
Artigo Jornal ‘Público’:
Desigualdade salarial entre homens e mulheres ajuda a afundar a natalidade em Portugal
Série:
Maid, Netflix, 2021
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expressoou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
ANÁLIA TORRES
Doutorada em Sociologia, professora catedrática e coordenadora da Unidade de Sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa. Fundou e dirige o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do ISCSP. Integra a equipa responsável pela aplicação do European Social Survey em Portugal, desde 2002.
É perita nos temas do género, família, casamento, divórcio, relação trabalho/família, proteção de crianças e jovens, assédio moral e sexual, entre outros, criou vários cursos de mestrado e de pós-graduação nestes domínios. As investigações que tem dirigido têm servido de base a mudanças legislativas de que são exemplo a alteração da lei do divórcio ou as mudanças relativas ao assédio moral e sexual.
Integrou várias redes internacionais de pesquisa dos Framework Programs 6, 7 e do Horizon 2020 da Comissão Europeia. Foi Presidente da Associação Portuguesa de Sociologia (2002-2006) e da European SoFri, 16 Jun 2023 - 116 - EP 114 | ECONOMIA: O que é a Economia Digital?
De que maneira a Economia Digital difere das outras Economias?
É o tal ‘papão’ que nos vai engolir, ou tem trazido vantagens importantes?
E, ao nível da inovação, que mudanças implementou a nível global?
Será que o mundo ficou mais ‘pequeno’: será que, através dela, negócios e pessoas podem agora estar mais próximos?O economista Hugo Figueiredo tem uma perspetiva otimista acerca da Economia Digital e vai explicá-la com clareza ao Hugo van der Ding. Neste episódio, vai-se falar de como a Economia Digital permitiu reduzir custos de mobilidade e favoreceu negócios de aglomeração (o famoso ‘Bundling’). De como se abriu a possibilidade de se poder trabalhar de qualquer parte do mundo para todas as partes dele. Das empresas ‘superestrela’ e da criação de novos mercados. Bem-vindo ao futuro do nosso presente.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Economia Digital:
Goldfarb, Avi, and Catherine Tucker. 2019. "Digital Economics." Journal of Economic Literature, 57 (1): 3-43.
Economia da Inteligência Artificial
Agrawal, A., Gans, J., & Goldfarb, A. (2016). The simple economics of machine intelligence. Harvard Business Review, 17(1), 2-5.
Agrawal, A., Gans, J., & Goldfarb, A. (2019). Economic policy for artificial intelligence. Innovation policy and the economy, 19(1), 139-159.
Agrawal, A., Gans, J., & Goldfarb, A. (2018). Prediction machines: the simple economics of artificial intelligence. Harvard Business Press.
Plataformas:
Spulber, D. F. (2019). The economics of markets and platforms. Journal of Economics & Management Strategy, 28(1), 159-172.
Belleflamme, P., & Peitz, M. (2021). The Economics of Platforms. Cambridge University Press.
Tecnologias Digitais e o Paradoxo da Produtividade:
Brynjolfsson, E., Rock, D., & Syverson, C. (2018). Artificial intelligence and the modern productivity paradox: A clash of expectations and statistics. In The economics of artificial intelligence: An agenda (pp. 23-57). University of Chicago Press.
Gordon, R. (2013). The death of innovation, the end of growth [Video]. TED Conferences.
Brynjolfson, E. (2013). The key to growth? Race with the machines[Video]. TED Conferences.
BIOS
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
Fri, 09 Jun 2023 - 115 - EP 113 | CIÊNCIA: Estamos pelos cabelos?
Queratina. Enxofre. Soda cáustica. Tintas. Botox. Permanentes. Alisamentos. Champô. Amaciador.
Como diz a Inês Lopes Gonçalves, neste episódio vai-se falar sobre aquilo que temos na cabeça, mais precisamente sobre a pele que a cobre. Sim, minhas senhoras e meus senhores, vamos falar de cabelos porque, surpreendentemente (ou não), também ali há muito de química.
O cientista Nuno Maulide vai falar da ‘química interna’, ou seja, vai explicar como a composição do cabelo, a genética e os hábitos de cada um, condicionam a sua saúde. E, através das perguntas da Inês, chegará aos cuidados de beleza, desvendando que compostos químicos estão naquilo que fazemos aos nossos fios capilares para os manter, alisar, encaracolar, hidratar, disfarçar ou colorir.
Deixamos um aviso que é também uma espécie de charada: a soda cáustica não está na lista inicial por acaso. Venha descobrir por onde anda ela, disfarçada com o seu nome de código - hidróxido de sódio.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Hair relaxing /Chemical Strengthening
Protein loss in human hair from combination straightening and coloring treatments
Journal of cosmetic dermatology, 2015
Robbins, Clarence R. (2000), Chemical and Physical Behavior of Human Hair, 4th ed, pp. 106–108
Como desvendar o quebra-cabeças da origem da vida
Como se transforma o ar em pão
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INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é actualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.
Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.Fri, 02 Jun 2023 - 114 - EP 112 | POLÍTICA: Os portugueses são populistas?
Por toda a Europa, o populismo soma vitórias. Portugal já não é, se é que algum dia foi, uma exceção. Estarão os portugueses a tornar-se populistas?
Ana Sofia Martins arranca este episódio com uma tirada do ‘género populista’; e usa este arranque para que José Santana Pereira ajude a deslindar as questões que talvez preocupem muitos de nós.
Em Portugal, quem adere ao populismo e porquê? Que diferenças existem entre o populismo de direita e de esquerda? O populismo é sempre mau para as democracias? Este fenómeno veio para ficar? Se quer saber as respostas a estas e outras perguntas, já sabe, é só carregar no play.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Eatwell, Roger, e Goodwin, Matthew (2019). Populismo: A Revolta Contra a Democracia Liberal. Porto Salvo: Desassossego. Judis, John B. (2017). A Explosão do Populismo. Lisboa: Editorial Presença. Mudde, Cas, e Cristóbal Rovira-Kaltwasser (2017). Populismo: Uma Brevíssima Introdução. Lisboa: Gradiva.Müller, Jan-Werner (2017). O Que é O Populismo? Lisboa: Texto Editores. Zúquete, José Pedro (2022). Populismo: Lá Fora e Cá Dentro. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos. [IN] PERTINENTE - O que é o Populismo?BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente. A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
Fri, 26 May 2023 - 113 - EP 111 | SOCIEDADE: Mulheres: O que falta para a igualdade de género?
Género é diferente de sexo: é importante conhecer as diferenças, a biologia não define tudo.
A cultura, sim, cria e fomenta diferenças de género. Bem como as emoções.
É por estas e muito mais razões que ainda há muito caminho por trilhar na igualdade de género.
Ana Markl dá as boas vindas à socióloga Anália Torres, numa nova trilogia de episódios dedicados ao tema da mulher. Ainda se pensa e se ouve que os avanços na igualdade de género já são ‘suficientes’. Mas a realidade é que, se muito já foi conquistado, muito falta por fazer. Ana e Anália vão reforçar aspetos para os quais as atenções já estão viradas (o que não significa que estejam resolvidas) e vão também abordar os mecanismos inconscientes, os viés de raciocínio e tantos ‘pormenores’ invisíveis que necessitam de consciência para que mais mudanças se façam sentir na vida das mulheres. É que as diferenças subtis entre sexo e género ainda fazem muita diferença.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Anália Torres (coord.) (2018) Igualdade de género ao longo da vida: Portugal no contexto europeu. Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Género e idades da vida: educação, trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Género na rush hour of life: trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Género na fase tardia da vida ativa: trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa
Anália Torres, Sexo e Género: problematização conceptual e hierarquização das relações de género
Caroline Criado Perez (2019) Mulheres Invisíveis. Como os dados configuram o
mundo feito para os homens. Lisboa, Relógio d’ Água,
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
ANÁLIA TORRES
Doutorada em Sociologia, professora catedrática e coordenadora da Unidade de Sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa. Fundou e dirige o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do ISCSP. Integra a equipa responsável pela aplicação do European Social Survey em Portugal, desde 2002.
É perita nos temas do género, família, casamento, divórcio, relação trabalho/família, proteção de crianças e jovens, assédio moral e sexual, entre outros, criou vários cursos de mestrado e de pós-graduação nestes domínios. As investigações que tem dirigido têm servido de base a mudanças legislativas de que são exemplo a alteração d
Fri, 19 May 2023 - 112 - EP 110 | ECONOMIA: Diferentes Estados, diferentes Empresas?
Em certos países, as empresas podem ser poderosas ao ponto de exercer fortes pressões sobre os governos.
Outros existem em que aquelas chegam a condicionar as próprias eleições.
Mas também existem nações nas quais é o Estado quem limita a atuação das empresas.
Em Portugal, essa é uma das grandes queixas dos empresários.
Poderá existir um equilíbrio?O economista Hugo Figueiredo pensa que sim. Ajudado pela vontade de saber do Hugo van der Ding, vai facilitar a compreensão de uma série de conceitos e exemplos que ilustram a forma de actuar de diversos Estados, incluindo o nosso, sobre as Empresas, e a maneira como isso facilita ou condiciona a relação entre ambos.
Mas os dois Hugos vão mais longe neste episódio, desbravando hipóteses de como a ligação estado-empresa poderia ser mais ágil e, acima de tudo, mais funcional. Uma boa dose de esperança, portanto, em cerca de 40 minutos.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Reequilibrar a sociedade: privado, público e plural:
Henry Mintzberg (2017, 7 de Dezembro). Please Welcome CSR 2.0.
Luigi Zingales (2019, 21 de Junho). Dear Graduates, Here’s What You Can Do To Change Capitalism for the Better.
Zingales, L. (2014). A capitalism for the people: Recapturing the lost genius of American prosperity. Basic books.
Flexibilidade e Trabalho Digno:
Ane Aranguiz (2022, 6 de Janeiro). Spain’s Labour Reform: less transience, more balance.
Centeno, M. (2016). O trabalho, uma visão de mercado. Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Centeno, M., & Novo, A. (2012). Excess worker turnover and fixed-term contracts: Causal evidence in a two-tier system. Labour Economics, 19(3), 320–328.
Blanchard, O. J., Jaumotte, F., & Loungani, P. (2014). Labor market policies and IMF advice in advanced economies during the Great Recession. IZA Journal of Labor Policy, 3, 1-23.
Manning, Alan. 2021, The Elusive Employment Effect of the Minimum Wage. Journal of Economic Perspectives, 35 (1): 3-26.
BIOS
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
Fri, 12 May 2023 - 111 - EP 109 | CIÊNCIA: O que é que andamos a pôr na pele?
Os cremes com vitaminas fazem mesmo bem à pele? O colagénio rejuvenesce? O botox não faz mal? Os protetores solares, protegem mesmo? E o solário: faz bem?
Pois é, se no episódio anterior lhe trouxemos a composição química de muito daquilo que ingerimos, desta vez vamos fazer uma viagem às profundezas da pele para perceber a química daquilo que colocamos neste que é o maior órgão do nosso corpo e o nosso primeiro (e enorme) escudo protetor.
Inês Lopes Gonçalves entusiasmou-se com o tema e literalmente encheu Nuno Maulide com todas aquelas questões que todos nós (sim, mulheres e homens) gostaríamos de saber para ter uma pele mais bonita e, acima de tudo, mais saudável e com aspeto mais jovem. Até parece um anúncio de publicidade, mas não, não é... é Ciência.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
A Collagen Supplement Improves Skin Hydration, Elasticity, Roughness, and Density: Results of a Randomized, Placebo-Controlled, Blind Study
Collagen Products: Healthy or Hype?
Why Science Says Hyaluronic Acid Is the Holy Grail to Wrinkle-Free, Youthful Hydration
Sunscreens and Photoprotection
The history of Botulinum toxin: from poison to beauty
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INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória. Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018. Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.Fri, 05 May 2023 - 110 - EP 108 | POLÍTICA: A democracia trouxe mais igualdade?
Antes do 25 de abril, grande parte da população adulta estava impedida de votar
Antes do 25 de abril, as mulheres tinham direitos bastante restritos.
Antes do 25 de abril, a palavra inclusão apenas constava do dicionário.Cinco décadas depois, o que mudou? É certo que o ato de votar é, desde essa altura, livre e um direito de todos os cidadãos com 18 ou mais anos. Mas, como estamos relativamente à participação das mulheres na vida política? E porque é que quem tem menos recursos participa menos? Como podemos tornar a democracia mais inclusiva?
No mês em que a Fundação Francisco Manuel dos Santos dedica a sua programação à democracia, Ana Sofia Martins e o politólogo José Santana Pereira discutem neste episódio a questão central que lhe dá o título: será que a democracia em Portugal trouxe mais igualdade?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBaum, Michael, and Ana Espírito-Santo (2007). As desigualdades de género na participação política em Portugal: uma perspectiva longitudinal. In André Freire,
Marina Costa Lobo e Pedro Magalhães (orgs.), Eleições e Cultura Política. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.Eichhorn, Jan, e Johannes Bergh (orgs. (2019). Lowering the Voting Age to 16: Learning from Real Experiences Worldwide. Cham: Springer Nature.
Jalali, Carlos, e Nuno Monteiro (2022).Um novo normal? Impactos e lições de dois anos de pandemia em Portugal. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Lajas, Rui Alves, and José Santana Pereira (2018). Aplicações de ajuda ao voto: que efeitos nos utilizadores portugueses? Comunicação Pública, 13 (24).
Rodrigues, Frederica, et al. (2013). Participação Eleitoral dos Emigrantes e Imigrantes de Portugal. Relatório
Sawyer, Robert J. (2002). Hominids(Volume 1 of the Neanderthal Parallax). New York: Tor Science Fiction.
Exemplos de voting advice applications em Portugal:
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Modelo, apresentadora e atriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projetos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projetos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da atriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
É casado e tem dois gatos.
Fri, 28 Apr 2023 - 109 - EP 107 | SOCIEDADE: Retornados - por que não refugiados?
Após a revolução de 1974, chegaram a Portugal milhares de portugueses. Vinham das antigas colónias de África. Alguns tinham nascido em Portugal, outros tantos apenas conheciam a ‘metrópole’ como o lugar de férias ou da família.
Ficaram para sempre com o rótulo de ‘retornados’; e a carga negativa do nome espelhou a forma pouco humana como foram recebidos em Portugal.
O episódio final desta ‘trilogia’, que teve o sociólogo Pedro Góis como ‘dupla’ de Ana Markl, é um retrato deste acolhimento e do pouco que ainda se fala, escreve e documenta sobre o assunto.
É uma memória, um trauma coletivo que deixou marcas nas muitas pessoas que passaram a ser cidadãos de lugar nenhum, mas que tanto de bom trouxeram ao nosso país. Para ouvir com atenção e ficar a refletir na pergunta: como teria sido se, em vez de retornados, os tivéssemos considerado refugiados?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Retornados:
Portugal e o regresso dos colonos de Angola e Moçambique
“RETORNADOS ou OS RESTOS DO IMPÉRIO”
Integração de imigrantes em Portugal:
Daré, G. O. (2022). Direitos de cidadania dos imigrantes em Portugal. REMHU: Revista
Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 29, 179-192.
https://doi.org/10.1590/1980-85852503880006311
https://www.scielo.br/j/remhu/a/qhrzr93pmy7QtfPDDDqkkGd/
Oliveira, Catarina Reis. Indicadores de Integração de Imigrantes 2022: Relatório Estatístico Anual. Observatório das Migrações, ACM, IP, 2022.
Alto Comissariado para as Migrações
Livros:
O retorno, Dulce Maria Cardoso
A gorda, Isabela Figueiredo
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
PEDRO GÓIS
Pedro Góis, doutorado, mestre e licenciado em Sociologia pela Universidade de Coimbra. È actualmente Professor Associado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador Sénior do Centro de Estudos Soci
Fri, 21 Apr 2023 - 108 - EP 106 | ECONOMIA: Os mitos da produtividade
Será que a produtividade depende em exclusivo dos trabalhadores?
Será que temos de trabalhar muitas horas para sermos produtivos?
Será que o lucro é diretamente proporcional à produtividade?
Ou será que a produtividade depende de muitos mais fatores e atores?O economista Hugo Figueiredo acha que sim e, em conjunto com o Hugo van der Ding, vai desmistificar estes e muitos outros mitos relacionados com o assunto. Eles vão falar, entre outros, da influência da gestão na produtividade, dos benefícios da criação de comunidades dentro das empresas (isso mesmo, comunidades e não pessoas de costas viradas), da importância da comunicação dentro das empresas e do papel do Estado. É verdade: a produtividade tem muito mais que se lhe diga e os mitos que tanto a têm definido não são argumentos para a falta dela.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Lucros e Capitalismo:
Friedman, M. (1970). A Friedman doctrine - The Social Responsibility of Business Is to Increase Its Profits. New York Times Magazine, 6. Business Roundtable Henry Mintzberg (2019, 16 de Novembro). Round and Round Goes the Business Roundtable.Wolf, M. (2020). There Is a Direct Line from Milton Friedman to Donald Trump’s Assault on Democracy. Promarket. October, 4.Zingales, L. (2020). Friedman’s legacy: From doctrine to theorem. Milton Friedman, 50, 128-35.Produtividade e Comunidades:
Henry Mintzberg (2015, 26 de Março). Productive and Destructive Productivity.Henry Mintzberg (2018, 18 de Novembro).Communityship Beyond Leadership.Henry Mintzberg (2014, 19 de Setembro). Five Easy Steps to Destroying your Organisation.Mintzberg, H. (2009). Rebuilding companies as communities. In Harvard Business Review (Vol. 87, Issue 7).Mintzberg, H. (2019). Bedtime stories for managers: Farewell to lofty leadership... Welcome engaging management. Berrett-Koehler Publishers.
BIOSHUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.
HUGO FIGUEIREDOÉ professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior
Fri, 14 Apr 2023 - 107 - EP 105 | CIÊNCIA: O que é que andamos a comer?
Açúcar não é o mesmo que adoçante, mas este último até é mais doce. Os ‘E’ que aparecem nos rótulos afinal não são todos maus. O sal é um bom conservante porque adora a água. Há alimentos que nunca se estragam, e um deles é o mel.
Seja bem-vindo ao Masterchef dos alimentos ou ao mundo dos alimentos ‘Transformers’. Seja qual fôr o seu gosto, a Inês Lopes Gonçalves e o Nuno Maulide vão fazer questão de lhe explicar exata e profundamente o que anda a comer.
Os dois, vão decompor os alimentos nos seus elementos químicos mais estruturais para que perceba o bem que fazem (ou não), quando deve pensar seriamente em deita-los fora, e até como se influenciam ou se entreajudam. Um episódio delicioso, a não perder.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Antarctica fruitcake: 106 year-old dessert
Sobre o mel:https://www.amazon.com/Healing-Honey-Natural-Remedy-Wellness/dp/1599424851
https://www.smithsonianmag.com/science-nature/the-science-behind-honeys-eternal-shelf-life-1218690/
Sobre o Arroz:
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/09637486.2013.866638
Sobre as comidas que não se estragam:https://theconversation.com/eight-foods-that-nearly-last-forever-82538
Sobre o rum:
https://home.binwise.com/blog/rum-origin-and-history
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
É uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e
apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.
Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
Fri, 07 Apr 2023 - 106 - EP 104 | POLÍTICA: Como funciona o sistema eleitoral?
Como foi criado o sistema eleitoral português?
Mantém-se o mesmo desde o 25 de Abril?
Que vantagens e desvantagens tem?
É semelhante aos existentes nos restantes países da Europa?Com o 25 de Abril ganhámos o direito ao voto e, acima de tudo, a possibilidade real de escolha. Mas, que escolha é essa? A Ana Sofia Martins gosta especialmente deste tema e por isso não perdeu a oportunidade de confrontar o especialista José Santana Pereira com estas e muito mais perguntas.
Vai ficar a conhecer melhor o nosso sistema de eleições e compreender como se assemelha muito, mas mesmo muito, a um sortido de bolachas no qual nunca sabemos quais são as outras que nos calham.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
LIVROS
Braga da Cruz, Manuel (2017). O Sistema Político Português (capítulo 1). Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Fernandes, Jorge (2015). O Parlamento Português (capítulo 1). Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Freire, André, e Meirinho, Manuel (2009). Sistema Eleitoral e Qualidade da Democracia. Número Especial da Revista Eleições. Disponível aqui: http://www.rcc.gov.pt/SiteCollectionDocuments/revista_eleicoes_12.pdf
Raimundo, Filipa, e Cancela, João (coordenadores) (2021). As Eleições de 1975: Eleições Fundadoras da Democracia Portuguesa (capítulos 2 e 3). Lisboa: Assembleia da República.
ARTIGO:
História, Explicação e Simulador do Método de Hondt
TELEVISÃO:
Debate sobre Reforma do Sistema Eleitoral no Prós e Contras (RTP)
BIOS
ANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, modelo e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais.
Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.
A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE.
Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas.
Fri, 31 Mar 2023 - 105 - EP 103 | SOCIEDADE: Como recebemos os imigrantes em Portugal?
Seremos bons anfitriões para quem se muda para o nosso país?
Facilitamos a sua chegada e integração?
Damos aos imigrantes boas condições de trabalho?
Acolhemo-los como algo que pode trazer muito de bom a Portugal, ou ainda nos deixamos levar pelo preconceito?
«Temos de fazer um esforço maior de aproximação. Mas temos de nos habituar a quem chega e quem chega tem de se habituar a nós.» Quem o diz é o sociólogo Pedro Góis neste segundo episódio do trio sobre as migrações.
A sua perspetiva é positiva mas também refere o quanto há ainda por fazer; e o Pedro, interpelado pela Ana Markl sobre muitas das questões que envolvem a receção daqueles que vêm de outros países à procura de uma vida melhor, desvenda o que seria possível fazer para os acolher de verdade, em vez de perpetuar a eterna sensação de ser um «estranho numa terra estranha».REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Plano Estratégico para as Migrações (PEM)
Plano Nacional de Implementação do Pacto Global das Migrações
Políticas Locais para Acolhimento e Integração de Migrantes
MIGRANT INTEGRATION POLICY INDEX(MIPEX)
O papel dos media na promoção da integração
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
PEDRO GÓIS
Pedro Góis, doutorado, mestre e licenciado em Sociologia pela Universidade de Coimbra. È actualmente Professor Associado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador Sénior do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra - Laboratório Associado, onde se tem dedicado à investigação na área da Demografia das Migrações Internacionais. Colabora com várias agências e instituições nacionais e internacionais, como a Organização Internacional de Migrações, o Centro Internacional para o Desenvolvimento de Políticas de Migração, a Comissão Europeia, o Conselho da Europa ou a Rede Europeia de Migrações.
Fri, 24 Mar 2023 - 104 - EP 102 | ECONOMIA: O que é a produtividade?
Toda a gente tem uma opinião sobre a produtividade. Muito se fala sobre quem é ou não produtivo. E mais ainda se opina, se critica e se discute acerca da produtividade no nosso país. Mas o que é realmente a produtividade? Quais são as dimensões que a caracterizam e das quais ela depende? Talvez seja melhor começar pela definição (ampla, avisamos já) do termo em termos económicos para que possamos dispor dos factos que nos permitam formar melhores argumentos. Hugo van der Ding (com a sua ‘impertinência habitual) quis saber, e o economista Hugo Figueiredo explicou. Está preparado para ser mais produtivo naquilo que pensa sobre a produtividade?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Produtividade: Medição, Interpretação e Comparações Internacionais:Estatísticas OCDE Conselho para a ProdutividadeWorld Bank Doing Business, 2004 – 2020Produtividade e Gestão: Bloom, N., & Van Reenen, J. (2011). Human resource management and productivity.In Handbook of labor economics (Vol. 4, pp. 1697-1767). Elsevier. Bloom, Nicholas, Erik Brynjolfsson, Lucia Foster, Ron Jarmin, Megha Patnaik, Itay Saporta-Eksten, and John Van Reenen. 2019. "What Drives Differences in Management Practices?" American Economic Review, 109 (5): 1648-83. As Décadas Perdidas da Economia Portuguesa: REIS, R. (2013). The Portuguese Slump and Crash and the Euro Crisis. Brookings Papers on Economic Activity.Schivardi, F., & Schmitz, T. (2020). The IT revolution and southern Europe’s two lost decades. Journal of the European Economic Association, 18(5), 2441-2486.Queiró, F. (2022). Entrepreneurial human capital and firm dynamics. The Review of Economic Studies, 89(4), 2061-2100.Brinca, P. (2022, 23 de Dezembro). À frente ... para já. Expresso. Produtividade e Bem-Estar: Keynes, J. M. (2010). Economic possibilities for our grandchildren. In L. Pecchi & G. Piga(Eds.), Revisiting Keynes: economic possibilities for our grandchildren (pp. 17–26). MIT Press.DeLong, J. B. (2022). Slouching Towards Utopia: An Economic History of the Twentieth Century. Basic Books.Gordon, R. (2013). The death of innovation, the end of growth [Video]. TED Conferences.Brynjolfson, E. (2013). The key to growth? Race with the machines[Video]. TED Conferences.BIOS
HUGO VAN DER DING
É muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.HUGO FIGUEIREDO
É professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.Fri, 17 Mar 2023 - 103 - EP 101 | CIÊNCIA: A química dos filmes é mesmo a sério?
Aviso: este episódio contém descrições que podem dar a volta ao estômago dos mais sensíveis: vamos falar de cadáveres, insetos que adoram decomposição, cheiros nauseabundos. Mas tudo em prol da química forense.
Se adora aqueles filmes ou séries em que há sempre uma equipa maravilha que, por mais arrevesado que seja o caso, consegue sempre descobrir o assassino através de espetaculares luzes azuis, fumos extraordinários ou microscópios que parecem ter vida própria, este episódio é para si.
Nuno Maulide e Inês Lopes Gonçalves resolveram demonstrar que aquilo que aparece nos filmes de crimes é verdade: a química ajuda mesmo a resolver casos complicados. Prepare-se para perceber como a marca dos lábios, os dentes ou até a sola dos sapatos podem denunciar muita coisa.
Prometemos-lhe que, a partir daqui, verá este género cinematográfico ainda com mais prazer (e talvez com maior grau de nojo).
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISLuminol
Impressoes digitais
Sobre Química Forense
Relação entre química forense e comunicação de CiênciaBIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
É uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.NUNO MAULIDE
Nascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018. Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha). Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller Como se Transforma Ar em Pão e deComo Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
Fri, 10 Mar 2023 - 102 - EP 100 | POLÍTICA: Vamos espreitar os bastidores do governo?
Para que serve o governo?
Como se constitui, como funciona?
Como se ‘entra’ no governo?
Que funções desempenham os ministros, os secretários de estado e os sub-secretários de estado?
Quantas horas trabalham?
Tanto se diz sobre ’o governo’! Uns acham que de pouco serve, outros acham que não podemos viver sem ele. No [IN] Pertinente preferimos começar pela base, ir aos bastidores e compreender o que é isto do governo, quem são e em que trabalham os que dele fazem parte. Para isso, contámos com a ajuda das perguntas certeiras da Ana Sofia Martins e das respostas sábias do José Santana Pereira.
Bem-vindo/a à antecâmara do governo.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Costa Lobo, Marina (2005), Governar em Democracia. Imprensa de Ciências Sociais.
Martins, Carla (2015). Mulheres, Liderança Política e Média. Aletheia.
Silva, Patricia (2020). Jobs for the Boys? Nomeações para a Administração Pública. Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Silveira, Pedro (2021). Os Secretários de Estado: Conflito e Liderança no Ministério. Imprensa de Ciências Sociais.
Silveira, Pedro (2022). Governo de Portugal. Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Sousa, Fernando de, e Meireles Pereira, Conceição (2021).Os Primeiros Ministros de Portugal 1820-2020 (Vol. 3). Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Tavares de Almeida, Pedro, Costa Pinto, António e Bermeo, Nancy (2006). Quem Governa a Europa do Sul? Imprensa de Ciências Sociais.
BIOSANA SOFIA MARTINS
Apresentadora, atriz e modelo portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projetos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projetos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente. A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da atriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRA
É professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas
Fri, 03 Mar 2023 - 101 - EP 99 | SOCIEDADE: Um ano depois, que diferença faz?
24 de fevereiro de 2023: cumpre-se, hoje, um ano exato de guerra na Ucrânia.
Milhares de pessoas saíram do seu país em fuga, muitas delas para Portugal.
12 meses depois, como olhamos o ‘outro’? De que forma vemos os migrantes, os refugiados? Como os recebemos no nosso país? Estaremos a ser mais capazes de vislumbrar o que de bom isso nos traz?
O Pedro Góis acha que sim. Juntando-se à Ana Markl nos três primeiros episódios da nova temporada do [IN]Pertinente Sociedade, este especialista na área das migrações, traz uma visão verdadeiramente positiva sobre as oportunidades que os movimentos migratórios proporcionam ao mundo e a Portugal.
Uma lufada de ar fresco que traz alguma luz e esperança sobre um tema deveras complexo que mexe profundamente com a nossa sociedade.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISRelatório Estatístico Anual Indicadores de Integração de Imigrantes 2022
Estrangeiros em Portugal: Quantos São e Como Vivem?
Sobre a migração de refúgio com origem na Ucrânia
FILMES
Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa
BIOS
ANA MARKL
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
PEDRO GÓIS
Doutorado, mestre e licenciado em Sociologia pela Universidade de Coimbra. È actualmente professor associado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador Sénior do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra - Laboratório Associado, onde se tem dedicado à investigação na área da Demografia das Migrações Internacionais. Colabora com várias agências e instituições nacionais e internacionais, como a Organização Internacional de Migrações, o Centro Internacional para o Desenvolvimento de Políticas de Migração, a Comissão Europeia, o Conselho da Europa ou a Rede Europeia de Migrações.
Fri, 24 Feb 2023 - 100 - EP 98 | ECONOMIA: Para que servem as empresas?
Muitas vezes são demonizadas, vistas como símbolos de poder abusivo ou trituradoras de pessoas. Mas, será que as empresas são mesmo isso?
A terceira temporada do [IN] Pertinente arranca com um novo especialista na área da Economia. Hugo Figueiredo vai fazer dupla com Hugo van der Ding e, neste primeiro episódio da nova temporada, vai ajudar-nos a compreender que, apesar de tudo, as empresas existem por razões bem melhores do que a fama que muitas vezes as precede; que, entre muitas outras coisas, são extremamente necessárias para que exista e funcione aquilo que nos faz avançar: a inovação.
Coase, R.H. (1937), The Nature of the Firm. Economica, 4: 386-405. Coase, R., & Wang, N. (2012). Saving economics from the economists. Harvard Business Review, 90(12), 36.Gibbons, Robert and Henderson, Rebecca. "What Do Managers Do?: Exploring Persistent Performance Differences among Seemingly Similar Enterprises". The Handbook of Organizational Economics, edited by Robert Gibbons and John Roberts, Princeton: Princeton University Press, 2013, pp. 680-731.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Porque existem Empresas?O Valor dos Gestores
dilbert.commintzberg.orgHenry Mintzberg. 2004. Managers Not MBAs: A Hard Look at the Soft Practice of Managing and Management Development. Berrett-Koehler Publishers, San Francisco.Henry Mintzberg. Species of Organisations Henry Mintzberg. Here Are Five Easy Steps to Kill Your Company (any one will do)Garvin, D. A. (2013). How Google sold its engineers on management. Harvard business review, 91(12), 74-82.Lazear, E. P., Shaw, K. L., & Stanton, C. T. (2015). The value of bosses. Journal of Labor Economics, 33(4), 823-861.Gestão e Produtividade
World Management SurveyBloom, N., Genakos, C., Sadun, R., & Van Reenen, J. (2012). Management practices across firms and countries. Academy of management perspectives, 26(1), 12-33.Daniela Scur, Raffaella Sadun, John Van Reenen, Renata Lemos, Nicholas Bloom, The World Management Survey at 18: lessons and the way forward, Oxford Review of Economic Policy, Volume 37, Issue 2, Summer 2021, Pages 231–258.BIOS:
Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.Hugo Figueiredo é professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
Fri, 17 Feb 2023 - 99 - EP 97 | CIÊNCIA: Há química entre nós?
O corpo humano é uma fábrica de compostos químicos.
Tudo o que fazemos resulta de milhares de milhões de interações químicas que acontecem dentro de nós. E a química dos outros também provoca reações em nós. Quem o diz é Nuno Maulide, o novo especialista em ciência.A terceira temporada do [IN] Pertinente vai estar recheada de pequenas partículas que, em conjunto ou isoladamente, determinam ou provocam grandes efeitos. É isso mesmo, vamos falar de química e de como ela está, permanentemente, no meio de nós.
Prepare-se para a dupla Inês Lopes Gonçalves e Nuno Maulide.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISLIVROS:
Como desvendar o quebra-cabeças da vida?Primeiro pergunte porquêARTIGOS
Oxytocin, the hormone of bondingOxytocin modulates maternal behaviour Oxytocin also related to fear and anxiety Oxytocin related to envy and gloatingOxytocin used to treat pathologic jealousy Dopamine plays a role in learning, thanks to neuron-mediated reward signalsDopamine confers motivational salience or desire, rather than pleasurehttps://pubs.acs.org/doi/10.1021/cn500255p
https://doi.org/10.3389%2Ffnbeh.2012.00031
BIOSInês Lopes Gonçalvesé uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória. Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
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Nuno Maulide nasceu em Lisboa em 1979 e é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.
Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).
Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
Fri, 10 Feb 2023 - 98 - EP 96 | POLÍTICA: Há Política no entretenimento?
Primeiros-ministros que fazem cataplanas em programas de manhã. Futuros candidatos que são comentadores em telejornais. Antigos comentadores desportivos que se tornam líderes partidários. Comunicadores de programas de grandes audiências que até são vistos como possíveis candidatos.
Afinal de contas, está tudo baralhado ou o entretenimento até serve a política? É disso que trata o primeiro episódio da terceira temporada do [IN]Pertinente, nas palavras da nova dupla que vai trocar a política por miúdos em 2023: A comunicadora Ana Sofia Martins e o cientista político José Santana Pereira. Prepare-se, porque este arranque já promete.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISSÉRIES E PROGRAMAS DE TELEVISÃO:
Yes, Minister (1980-1984)Yes, Prime Minister (1986-1988)The Oprah Winfrey Show (1986-2011)The Daily Show (1966-)Contra Informação (1996-2010)The West Wing (1999-2006)House of Cards: versão inglesa (1990) e norte-americana (2013-2018)Borgen (2010-2022)Scandal (2012-2018)Isto é gozar com quem trabalha (2022)LIVROS:
«Política e Entretenimento», José Santana Pereira (FFMS, 2016)«O Efeito Marcelo» , Rita Figueiras (FFMS, 2019)«Infoentretenimento - Possíveis Abordagens Regulatórias», João Pedro Figueiredo e Vanda Calado (Almedina, 2021)«O Presidente Celebridade», Sandra Sá Couto (Primeira Edição, 2022)«Entertaining the Citizen: When Politics and Popular Culture Converge», Liesbet van Zoonen (Rowman & Littlefield, 2005)«Politicotainment: Television’s Take on the Real», Kristina Riegert (Peter Lang, 2007)
ANA SOFIA MARTINSApresentadora, actriz e modelo. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente. A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”.
JOSÉ SANTANA PEREIRAProfessor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas. É casado e tem dois gatos. Nasceu em Nisa, em 1982.
Fri, 03 Feb 2023 - 97 - EP 95 | BEST OF 2022 - As escolhas de Ana Markl
O fim do ano de 2022 ditou também o final da segunda temporada deste podcast [IN] Pertinente. E, com tantos e tão interessantes episódios, desafiámos os nossos comunicadores a serem magnânimos e fazerem as suas escolhas dos episódios que mais os tocaram no ano que já passou.
Escolheram eles os episódios do seu tema? Não. Se reparou no adjetivo que usámos no parágrafo anterior, serem magnânimos implicou que fizessem também a sua seleção dos temas de todos os outros comunicadores e especialistas.
Obest ofda Ana Markl arranca com a sua inquietação relativa à memória, seguida das transações que no mundo são consideradas como repugnantes. A suas escolhas prosseguem com a explicação de como a política também se faz com arte e terminam com o seu tema favorito no qual se explica (e tão bem) o peso que os outros têm sobre nós.
Agora que o primeiro mês do Ano Novo está prestes a terminar, fique com a seleção bem-disposta de Ana Markl e prepare-se para a nova temporada que começa já em fevereiro. Se há algo que podemos prometer é que será, certamente, [IN]Pertinente.
CIÊNCIA-O que guarda a nossa memória? ECONOMIA-Falemos de transações repugnantesPOLÍTICA-A Política também se faz com ArteSOCIEDADE - Laços Sociais: o peso dos outros
LINKS ÚTEIS:
Biografia de Ana Markl:
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.Fri, 27 Jan 2023 - 96 - EP 94 | BEST OF 2022 - As escolha de Hugo van der Ding
O fim do ano de 2022 ditou também o final da segunda temporada do [IN] Pertinente. E, com tantos e tão interessantes episódios, desafiámos os nossos comunicadores a serem magnânimos e fazerem as suas escolhas dos episódios que mais os tocaram no ano que já passou.
Escolheram eles os episódios do seu tema? Não! Se reparou no adjetivo que usámos no parágrafo anterior, serem magnânimos implicou que fizessem também a sua seleção dos temas de todos os outros comunicadores e especialistas.
O Hugo van der Ding começou a sua com um episódio que explica o tempo e a sua relevância na política, saltou para a importância de encarar de frente a solidão, desfrutou logo de seguida com a ideia biologicamente bem explicada da nossa imperfeição, e rematou com o seu preferido do seu próprio tema que aborda a felicidade na perspetiva da Economia.
Fique com ele e com o seu Best of de 2022.
Links úteis deste podcast [IN] Pertinente:
POLÍTICA-A Política do tempo
SOCIEDADE - Laços Sociais: Vamos falar de solidão
CIÊNCIA-Somos MESMO imperfeitos
ECONOMIA-Felicidade liga com Economia?
Bio de Hugo van der Ding:
Nasceu nos finais dos anos 70 ao largo do Golfo da Biscaia, durante uma viagem entre Amesterdão e Lisboa, e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Estudou História das Artes Decorativas Orientais, especializando-se em gansos de origami. Em 2012, desistiu da carreira académica para fazer desenhos nas redes sociais. Depois do sucesso de A Criada Malcriada deixou de precisar de trabalhar. Ainda assim, escreve regularmente em revistas e jornais, é autor de alguns livros e podcasts, faz ocasionalmente teatro e televisão, e continua a fazer desenhos nas redes sociais.Fri, 20 Jan 2023 - 95 - EP 93 | BEST OF 2022 - As escolhas de Inês Lopes Gonçalves
O fim do ano de 2022 ditou também o final da segunda temporada do [IN] Pertinente. E, com tantos e tão interessantes episódios, desafiámos os nossos comunicadores a serem magnânimos e fazerem as suas escolhas dos episódios que mais os tocaram no ano que já passou.
Escolheram eles os episódios do seu tema? Não! Serem magnânimos implicou que fizessem também a sua seleção dos temas de todos os outros comunicadores e especialistas.
Inês Lopes Gonçalves chamou à sua, o seu ‘sortido rico’, como nas caixas de bolachas. Mas, como em todas as caixas, temos sempre as nossas favoritas e as In Pertinentes da Inês começaram com um empurrãozinho, passaram pelas relações no mundo digital, entraram pela Ucrânia adentro e terminaram com a ideia surpreendente de que afinal os nossos lados de Anjo e Demónio até se explicam através de uma equação.
Venha saborear este segundo aperitivo do ano de 2023.
Economia-Vai um empurrãozinho?Sociedade - Laços Sociais: o mundo digital afetou as relações pessoais? Política-Quem é esta Ucrânia que incomoda tanto Putin?Ciência-Anjos e Demónios Parte I Ciência-Anjos e Demónios Parte II
Links úteis do [IN] Pertinente:Biografia de Inês Lopes Gonçalves:
É uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é actualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória. Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.Fri, 13 Jan 2023 - 94 - EP 92 | BEST OF 2022 - As escolhas de Pedro Vieira
O fim do ano de 2022 ditou também o final da segunda temporada do [IN]Pertinente. E, com tantos e tão interessantes episódios, desafiámos os nossos comunicadores a serem magnânimos e fazerem as suas escolhas dos episódios que mais os tocaram no ano que já passou.
CIÊNCIA-Serão os animais capazes de pensar?SOCIEDADE - Estado Social: Como chegámos até aqui?ECONOMIA-Será a educação um elevador social?POLÍTICA-Grandes da Grécia e de Roma
Escolheram eles os episódios do seu tema? Não! Se reparou no adjetivo que usámos na frase anterior, serem magnânimos implicou que fizessem também a sua seleção dos temas de todos os outros comunicadores e especialistas.
O Pedro Vieira fez a sua, fazendo jus à sua predileção pelo lado esquerdo, confessando uma traição aos gatos em favor dos cães, manifestando-se em favor da educação, e acabando com sangue, suor e vitória no seu tema favorito: a Política.
Bem-vindo ao nosso primeiro aperitivo de Ano Novo.
Referências e links úteis deste[IN] PERTINENTE:[IN] PERTINENTE - Temporadas 1 e 2
Biografia de Pedro Vieira:
Nasceu em Lisboa, em 1975. Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3. É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors. Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 06 Jan 2023 - 93 - EP 91 | LAÇOS SOCIAIS: Somos a versão 2.0 dos nossos pais?
Porque é que nos sentimos responsáveis pelo sucesso ou insucesso dos nossos filhos?Porque é que nos sentimos culpados quando não sabemos tratar um filho ‘como deve de ser’ (e, já agora, o que é isso)?
Porque é que andamos nesta cruzada da sobre estimulação das crianças?
Porque é que a palavra parentalidade vem geralmente agarrada à palavra culpabilidade?
Queridos pais: este episódio vai ajudar-vos muito. A Ana Markl vai confessar-se mãe ansiosa e por isso irá fazer inúmeras questões à Luísa Lima sobre o tema que assola muitos daqueles que temos filhos: como podemos ser a versão melhorada dos nossos pais, conseguiremos ser uma versão 2.0? Vai ver que a parentalidade pode ser descomplicada e que, um dos ‘segredos’ é perceber que, na verdade … não somos assim tão determinantes da vida das nossas crianças.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Baumaister, R. (2005). Rethinking self-esteem: why nonprofits should stop promoting self-esteem and start endorsing self-control.Stanford Social Innovation Review,3(4), 34-41.
https://doi.org/10.48558/eby0-as84
Baumeister, R. F., Campbell, J. D., Krueger, J. I., & Vohs, K. D. (2003). Does High Self-Esteem Cause Better Performance, Interpersonal Success, Happiness, or Healthier Lifestyles?Psychological Science in the Public Interest, 4(1), 1–44.
https://doi.org/10.1111/1529-1006.01431
Castro, P., & Monteiro, M. B. (1996).Imagens da infância: Crenças e valores das mães com filhos na escola primária.Sociologia – Problemas e Práticas, 21, 93-119.
Marujo, H., Neto, L., & Perloiro, M. (2004)Educar para o optimismo: Guia para professores e pais.Lisboa: Editorial presença.
Monteiro, M. B., & Castro, P. (1997).Cada cabeça sua sentença: Ideias dos adultos sobre crianças.Oeiras, PT: Celta.
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
LUÍSA PEDROSO DE LIMA
Licenciou-se em Psicologia na Universidade de Lisboa.
É Professora Catedrática de Psicologia Social, Diretora do ISCTE_Saúde e Presidente do Conselho Científico no ISCTE, onde desenvolve desde 1982 uma ampla atividade no ensino e na orientação científica.
A sua investigação incide sobre a aplicação da Psicologia Social a questões da saúde e do ambiente, e encontra-se refletida em numerosas publicações científicas. É autora do livro “Nós e os outros: O poder dos laços sociais” publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Foi presidente da Associação Portuguesa de Psicologia.
É Honorary Professor na Universidade de Bath.
Fri, 30 Dec 2022 - 92 - EP 90 | ECONOMIA: Impostos de trás para a frente
Para que servem os impostos? Quando surgiu a ideia de criar os Impostos? Existirão sistemas tributários perfeitos?
‘A segunda profissão mais antiga do mundo deve ser a de cobrador de impostos’, diz Hugo van der Ding. E a economista Joana Pais vai aproveitar para falar da História dos Impostos ao longos dos tempos. Acredite ou não, essa viagem passa por lareiras, janelas e problemas de saúde à conta disso; e depois, a Joana faz uma viragem em direção àqueles que ‘até’ gostam de pagar impostos por causa da confiança que têm em quem os rodeia (não apenas nos governantes), às diferentes complexidades dos sistemas tributários chegando, imagine só, aos impostos mais ‘bonzinhos’ como os que taxam o vício. Um episódio divertido sobre Impostos? É possível. Para o comprovar, venha ouvir.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:Dados sobre carga fiscal e outras medidas:
Taxing Wages 2022 Impact of COVID-19 on the Tax Wage in OECD Countries (2022). OCDE.
Taxing High Incomes. A comparison of 41 countries (2019). European Policy Information Center (Epicenter).
Efeitos dos impostos:
Oates, Wallace E., and Robert M. Schwab (2015). The Window Tax: A Case Study in Excess Burden. Journal of Economic Perspectives, 29 (1): 163-80.
Diamond P e E Saez (2011). The Case for a Progressive Tax: From Basic Research to Policy Recommendations. Journal of Economic Perspectives 25(4): 165-90.
Mankiw, N. Gregory, Matthew Charles Weinzierl, and Danny Ferris Yagan (2009). Optimal taxation in theory and practice. Journal of Economic Perspectives 23(4): 147-174.
Impostos na Escandinávia:
Kleven, Henrik Jacobsen. 2014. How Can Scandinavians Tax So Much? Journal of Economic Perspectives,28 (4): 77-98.
Europa vs. EUA:
A Alesina , E Glaeser e B Sacerdote (2001). Why Doesn't the United States Have a European-Style Welfare State? Brookings Papers on Economic Activity, 2001, No. 2.
Benabou, Roland and Tirole, Jean (2005).Belief in a Just World and Redistributive Politics, National Bureau of Economic Research, Working Paper 11208.
Complexidade:
People systematically overlook subtractive changes (2021). Adams, G. S., Converse, B. A., Hales, A. H. & Klotz, L. E. Nature 592, 258–261 (2021).
Impostos sobre o açúcar:
Christopher Conlon Nirupama L. Rao Yinan Wang (2021). WHO PAYS SIN TAXES? UNDERSTANDING THE OVERLAPPING BURDENS OF CORRECTIVE TAXES. NBER
Gonçalves, J., & Pereira dos Santos, J. (2020). Brown sugar, how come you taste so good? The impact of a soda tax on prices and consumption. Social Science & Medicine, 264, [113332]. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2020.113332
Questões comportamentais:
Cait Lamberton, Jan-Emmanuel De Neve, and Michael I. Norton (2014). Eliciting Taxpayer Preferences Increases Tax Compliance. Harvard Business School. Working Paper 14-106.
BIOS
JOANA PAIS
Joana Pais é professora de Economia no ISEG da Universidade de Lisboa. Obteve o seu Ph.D. em Economia na Universitat Autònoma de Barcelona em 2005. Atualmente é coordenadora do programa de Mestrado em Economia e do programa de Doutoramento em Economia, ambos do ISEG, e membro da direção da unidade de investigação REM - Research in Economics and Mathematics. É ainda coordenadora do
Fri, 23 Dec 2022 - 91 - EP 89 | CIÊNCIA: O que guarda a nossa memória?
A memória não se aloja num lugar só.
Existem vários tipos de memória, quer no género, quer no tempo.
Há fatores internos e externos que a condicionam, e inúmeros ‘gatilhos’ que a espoletam, nas suas múltiplas variantes.
Muitas coisas dependem da memória, como a capacidade para antecipar ou a possibilidade de envelhecer ‘bem’, reconhecendo os que nos são mais queridos.
Parece que sabemos muito mas a realidade é que ainda conhecemos muito pouco acerca da memória. Quem o afirma é o Paulo Gama Mota que, em conjunto com a Inês Lopes Gonçalves, fecha com chave de ouro a sua participação no In Pertinente com este episódio que não merece outro adjetivo que não o de ‘memorável.’
Que importância tem a memória? Seremos nós, afinal, a nossa memória?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:Eric Kandel. 2006. In search of memory. W. W. Norton, N.Y.
https://www.amazon.com/Search-Memory-Emergence-Science-Mind/dp/0393329372
Larry Squire & Eric Kandel Memória. 2002. Da mente às moléculas. Porto Editora.
https://www.wook.pt/livro/memoria-da-mente-as-moleculas-larry-r-squire/3195850
Rita Carter 1998. Mapping the mind. Phoenix.
https://books.google.pt/books/about/Mapping_the_Mind.html?id=U6fKfl7TNKAC&redir_esc=y
Oliver Sacks. O homem que confundiu a mulher com um chapéu. Capítulo ‘O marinheiro perdido’.
Oliver Sacks. 2017. O rio da consciência. Relógio de Água. Capítulo: a falibilidade da memória.
Sobre o ‘Dejá vu’:
https://www.youtube.com/watch?v=CSf8i8bHIns
Uma engraçada viagem no tempo e nas ilusões do tempo:
https://www.youtube.com/watch?v=zHL9GP_B30E
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é atualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a comunicação animal e seleção sexual. É docente em áreas relacionadas com a evolução e a evolução do comportamento. Mantém um grande interesse pela comunicação de ciência, tendo sido Diretor de vários museus e responsáveFri, 16 Dec 2022 - 90 - EP 88 | POLÍTICA: O que é que os oceanos têm a ver com Política?
O que aconteceria se de repente não pudéssemos comer mais sardinhas? Ou bacalhau? Que efeitos provocaria na vida de muitos o corte de um cabo elétrico submarino (sim, andam muitos por lá)? De que modo as águas ‘de uns e de outros’ nos limitam? E se um dia os Polos - Norte e Sul - deixassem de existir? Também nos oceanos se faz (e muito) a política. Conduzindo a nossa navegação pela importância geoestratégica dos mares, Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira abordam questões tão relevantes como a da pertença ou não à NATO, as quotas de pesca, a forma como o mar se transformou de ‘limitado’ a ‘livre’, a importância da Marinha no assegurar das rotas comerciais, a economia azul, ou como a pretensa reivindicação de alguns territórios (ilhas, ilhéus, ilhotas) pode levar a conflitos que saiam apenas do foro diplomático… É este o tema que serve de mote à despedida de Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira do [IN] Pertinente. E, como sempre, de forma apaixonante.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:Portugal e o Mar,Tiago Pitta e Cunha
https://www.ffms.pt/pt-pt/livraria/portugal-e-o-marEconomia Azul,Duarte Bué Alves
https://www.ffms.pt/pt-pt/livraria/economia-azulRAQUEL VAZ-PINTO
Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde leciona a disciplina de Estudos Asiáticos. Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia. É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Científica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Nasceu em Lisboa, em 1975. Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3. É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors. Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 09 Dec 2022 - 89 - EP 87 | LAÇOS SOCIAIS: O peso dos outros
De que modo os outros nos condicionam? Que poder têm as expectativas? Os diferentes papéis que assumimos afetam a nossa essência? Fazer o que se espera de nós tem consequências? É um facto: viver em sociedade, pesa, os outros têm realmente um ‘peso’ na nossa vida. Mas será isso forçosamente mau? Neste episódio que arranca com um testemunho sincero da Ana Markl sobre um dos temas que mais afeta a vida das mulheres, a psicóloga social Luísa Lima vai responder a muitas das questões sobre este tema, e muitas das vezes da forma menos esperada. Será que o peso dos outros também pode ser bom?
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
The banality of heroism
França, D.X. & Monteiro, M. B. (2002). Identidade racial e preferência em crianças brasileiras de cinco a dez anos. Psicologia, 16(2), 293- 323.
Franco, Z,, & Zimbardo, P (2006). The banality of heroism.Greater Good, 3, 30–35. Lima, M.L. (2018). Os laços com os outros na construção da nossa forma de estar no mundo. In Nós e os outros – o poder dos laços sociais. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Marques, S., Lima, M.L., Abrams, D., & Swift, H. (2014). Will to live in older people's medical decisions: immediate and delayed effects of aging stereotypes. Journal of Applied Social Psychology, 44(6), 399-408.
Pereira, S., & Lima, M.L. (2016). «O meu e o dos outros». Avaliação de normas de consumo de álcool em estudantes universitários. In M.L. Lima, S. Marques, S. Bernardes & S. Pereira (Eds.), Psicologia Social da Saúde: Investigação e Intervenção em Portugal – Volume 2 (pp.29-49). Lisboa: Sílabo.
Rosenthal, R., & Jacobson, L. (1968). Pygmalion in the classroom. Urban Review, 3, 16–20. https://doi.org/10.1007/BF02322211
Ruiz-Palomino, E., Ballester-Arnal, R., Giménez-García, C., & Gil-Llario, M. D. (2021). Influence of beliefs about romantic love on the justification of abusive behaviors among early adolescents. Journal of adolescence, 92, 126–136. https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2021.09.001
Ted talk: TEDxMidwest -Phil Zimbardo – Heroes
Filme: Kurosawa, A. (Director). (1980). Kagemusha – A sombra do guerreiro [Film). Akira Kurosawa, Audie Bock & Tomoyuki Tanaka Productors. Toho e Twentieth Century Fox ProductionsANA MARKL
Nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q, onde foi guionista e apresentadora. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.LUÍSA PEDROSO DE LIMA
Licenciou-se em Psicologia na Universidade de Lisboa. É Professora Catedrática de Psicologia Social, Diretora do ISCTE_Saúde e Presidente do Conselho Científico no ISCTE, onde desenvolve desde 1982 uma ampla atividade no ensino e na orientação científica. A sua investigação incide sobre a aplicação da Psicologia Social a questões da saúde e do ambiente, e encontra-se refletida em numerosas publicações científicas. É autora do livro “Nós e os outros: O poder dos laços sociais”. Foi presidente da Associação Portuguesa de Psicologia. É Honorary Professor na Universidade de Bath.Fri, 02 Dec 2022 - 88 - EP 86 | ECONOMIA: Felicidade liga com Economia?
É possível falar de Felicidade na Economia? Existem formas de a medir? Ter mais rendimento é sinónimo de Felicidade? As pessoas mais ricas de hoje são mais felizes que as pessoas ricas de há 100 anos? Este episódio arranca com a pergunta do Hugo van der Ding: ‘Joana, és feliz?’
A Felicidade tem muito que se lhe diga e, na Economia, também: a Joana Pais que o diga. Em conjunto com o Hugo, irá desmistificar a ideia de que o rendimento é a única medida do bem-estar, explicando diferenças que parecem subtis como a de ser feliz na vida ou com a vida, ou a felicidade que se experimenta e a que se recorda. É verdade: por incrível que possa parecer, a Economia tem uma vasta área dedicada ao estudo da Felicidade. Venha conhecê-la em pouco mais de 45 minutos.
Medidas de felicidade:
Daniel Kahneman and Alan B. Krueger (2006). Developments in the Measurement of Subjective Well-Being. Journal of Economic Perspectives, 20 (1): 3-24.Dados e relatórios:
Sustainable Development Solutions Network, Nações Unidas. World Happiness ReportOCDE. Better Life Initiative.
https://www.oecd.org/wise/better-life-initiative.htm
European Values Study
https://europeanvaluesstudy.eu
Relação entre rendimento e felicidade:
Easterlin R. A. (1974). Does Economic Growth Improve the Human Lot? Some Empirical Evidence. Nations and Households in Economic Growth, Academic Press: 89-125Brickman P, Coates D e Janoff-Bulman R. (1978). Lottery winners and accident victims: is happiness relative? J Pers Soc Psychol. 36(8): 917-27
Lindqvist E, Östling R e Cesarini D (2020). Long-Run Effects of Lottery Wealth on Psychological Well-Being. The Review of Economic Studies 87(6): 2703–2726.
Gardner J e Oswald A. (2001). Does money buy happiness? A longitudinal study using data on windfalls. Royal Economic Society.
Felicidade recordada e felicidade vivenciada:
Kahneman D, Fredrickson B. L., Schreiber C. A. e Redelmeier D. A. (1993). When More Pain Is Preferred to Less: Adding a Better End. Psychological Science, 4(6): 401–405.Confiança:
Helliwell J e Wang S (2011). Trust and Wellbeing. NBER. Working Paper 15911.Consequências da felicidade:
Oswald A, Proto E e Sgroi D (2015). Happiness and Productivity. Journal of Labour Economics, 33 (4). pp. 789-822.Danner DD, Snowdon DA e Friesen WV (2001). Positive emotions in early life and longevity: findings from the nun study. J Pers Soc Psychol. 80(5):804-13. PMID: 11374751.
Fri, 25 Nov 2022 - 87 - EP 85 | CIÊNCIA: Por que razão precisamos de dormir?
Este episódio contém informações que podem ser chocantes para muitos ouvidos:
1. Dormir é fundamental.
2. Há um número de horas abaixo do qual prejudicamos seriamente o funcionamento do nosso corpo.
3. O que perdemos numa noite ‘em claro’ é irrecuperável.
Está preparado/a para isto? É que a Inês Lopes Gonçalves não se vai cansar de fazer perguntas para perceber a razão pela qual abandona o que fôr para ir dormir; e o biólogo Paulo Gama Mota explicará como funciona o sono nas profundezas do nosso organismo, indo mais longe, até: falará dos animais que dormem com apenas metade do cérebro, contará o porquê de alguns (como nós) não hibernarem, e referirá muitas doenças a que nos podemos seriamente habilitar se não dormirmos como deve ser.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:Walker, Mathew (2019). Porque dormimos. Ed. Desassossego.
(Ungurean et al., 2020) :
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2468867319301993
Manger & Siegel (2020) Do all mammals dream? J. Comparative Neurology. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cne.24860
Ungurean, G., Van Der Meio, J., Rattenborg, N. C. & Lesku, J. A. 2020. Evolution and plasticity of sleep. Current Opinion in Physiology, 15, 111-119.
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é actualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a comunicação animal e selecção sexual. É docente em áreas relacionadas com a evolução e a evolução do comportamento. Mantém um grande interesse pela comunicação de ciência, tendo sido Director de vários museus e responsável pelo projecto e Director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (2006-2015). Comissariou várias exposições de ciência e coordenou vários projectos de ciência cidadã, sempre com a preocupação de aproximar os cidadãos da ciência.
Fri, 18 Nov 2022 - 86 - Ep 84 | POLÍTICA: Estaremos a regressar ao tempo dos Sultões?
Suleimão: Magnífico. Atatürk: Republicano. Erdogan?
Lawrence da Arábia também lá esteve mas a importância política da Turquia escreve-se muitos anos antes deste personagem. Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira, num raid de 45 minutos, levam-nos aos séculos das contendas históricas que levaram à queda de Constantinopla, aos vários cercos de Viena, ao legado republicano de Atatürk e, mais recentemente a… Erdogan. Estaremos a regressar ao tempo dos sultões?
A menos de um ano das próximas eleições turcas, vale a pena compreender o contexto e refletir sobre a importância de um país vizinho da Europa que conta ‘apenas’ com mais de 80 milhões de habitantes.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:Atatürk,Andrew Mango
The Ottomans,Marc David Baer
Istambul,Orhan Pamuk
A Bastarda de Istambul,Elif Shafak
BIOS
RAQUEL VAZ-PINTO
É Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde lecciona a disciplina de Estudos Asiáticos.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia.
É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Científica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975.
Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3.
É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors.
Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 11 Nov 2022 - 85 - EP 83| LAÇOS SOCIAIS: vamos falar de solidão
De que falamos quando falamos de solidão? Em que circunstâncias é nociva? E, até que ponto prejudica o ser humano? Será a solidão um problema de saúde pública?
A psicóloga social Luísa Lima acha que sim. Em conjunto com Ana Markl, irá desbravar, neste episódio, todos os ângulos da solidão, desde o momento em que se torna sofrimento à forma como interfere na sociabilização, quais os custos que tem para o indivíduo, e as formas certas como ‘o outro’, o que não se sente miseravelmente só, pode ajudar.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:Berkman, L. F., & Syme, S. L. (1979). Social networks, host resistance, and mortality: A nine-year follow-up study of Alameda County residents. American Journal of Epidemiology, 109, 186–204.
Cacioppo J. T., Cacioppo S. (2014). Social relationships and health: The toxic effects of perceived social isolation. Social & Personality Psychology Compass, 8, 58–72.
Cacioppo, J.T., & Patrick, W. (2009). Loneliness: Human Nature and the Need for Social Connection. W. W. Norton & Company
Cohen, S. (2004). Social relationships and health. American Psychologist, 59 (8), 676-684.
Holt-Lunstad, J., Smith, T. B., Baker, M., Harris, T., & Stephenson, D. (2015). Loneliness and social isolation as risk factors for mortality: a meta-analytic review. Perspectives on Psychological Science, 10(2), 227-237.
Lima, M.L. (2018). Os laços sociais e a saúde. Nós e os outros – o poder dos laços sociais. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Lima, M.L. (2019). Associem-se! Pela vossa saúde!. Revista Análise Associativa, 6, 14-27. Disponível em https://www.cpccrd.pt/wp-content/uploads/2020/01/An%C3%A1lise-Associativa-n.%C2%BA-6-Fev-2019.pdf
Lima, M.L., Camilo, C., Quintal, F., Palacin-Lois, M. (2021) It is not enough to be a member: Conditions for health benefits in associative participation (Ser membro no es suficiente: condiciones em las que la participación associativa reporta benefícios para la salud). International Journal of Social Psychology, 36(3), 458-486. DOI: 10.1080/02134748.2021.1942682
Lima, M.L. (2021, Julho). Combater a solidão: uma luta coletiva. Palestra TedEx Aveiro disponível em: https://www.ted.com/talks/luisa_pedroso_de_lima_fighting_loneliness_a_collective_struggle?language=pt
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
LUÍSA PEDROSO DE LIMA
Licenciou-se em Psicologia na Universidade de Lisboa. É Professora Catedrática de Psicologia Social, Diretora do ISCTE_Saúde e Presidente do Conselho Científico no ISCTE, onde desenvolve desde 1982 uma ampla atividade no ensino e na orientação científica. A sua investigação incide sobre a aplicação da Psicologia Social a questões da saúde e do ambiente, e encontra-se refletida em numerosas publicações científicas. É autora do livro “Nós e os outros: O poder dos laços sociais” publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Foi presidente da Associação Portuguesa de Psicologia. 
Fri, 04 Nov 2022 - 84 - EP 82 | ECONOMIA: Inflação - o que é e que efeitos tem?
O que é a inflação? Como se mede? Os índices de que nos falam afetam igualmente todas as famílias?
Num episódio absolutamente pedagógico que faz ainda mais jus à missão da Fundação Francisco Manuel dos Santos - contribuir para uma sociedade mais informada - Joana Pais e Hugo van der Ding ‘atiram-se’ literalmente ao tema que tem estado na ordem do dia. O Hugo faz todas as perguntas que sempre quisemos fazer e a Joana responde, com o seu habitual talento para colocar em palavras simples o que parece fazer parte do mais complexo ‘economês’. Venha ouvir o que afinal quer dizer, em termos práticos, a palavra inflação.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:. BCE, o BdP e Política Monetária:
https://www.ecb.europa.eu/ecb/educational/explainers/html/index.pt.html
https://www.bportugal.pt/page/o-que-e-e-para-que-serve-politica-monetaria?mlid=878
. Mars Bar Standard:
Colchester, Nico (2006). The Mars Bar Standard. Financial Times, 3 de março de 2006. Disponível em: https://www.ft.com/content/34859346-b023-11e7-8076-0a4bdda92ca2 (Acesso a 11 de setembro de 2022)
. Efeitos assimétricos da inflação:
B. Carvalho, M. Esteves e S. Peralta (2022). Despesas Essenciais e Rendimento das Famílias: Efeitos Assimétricos da Inflação. Portugal, Balanço Social 2022 – Nota intercalar.
A. Ari, N. Arregui, S. Black, O. Celasun, D. Iakova, A. Mineshima, V, Mylonas, I. Parry, I. Teodoru, K. Zhunussova (2022). Surging Energy Prices in Europe in the Aftermath of the War: How to Support the Vulnerable and Speed up the Transition Away from Fossil Fuels. Fundo Monetário Internacional. Working Paper No. 2022/152.
BIOS
JOANA PAIS
Joana Pais é professora de Economia no ISEG da Universidade de Lisboa. Obteve o seu Ph.D. em Economia na Universitat Autónoma de Barcelona em 2005. Atualmente é coordenadora do programa de Mestrado em Economia e do programa de Doutoramento em Economia, ambos do ISEG, e membro da direção da unidade de investigação REM - Research in Economics and Mathematics. É ainda coordenadora do XLAB – Behavioural Research Lab, um laboratório que explora a tomada de decisão e o comportamento económico, político e social, suportado pelo consórcio PASSDA (Production and Archive of Social Science Data). Os seus interesses de investigação incluem áreas como a teoria de jogos, em particular, a teoria da afetação (matching theory), o desenho de mercados, a economia comportamental e a economia experimental.
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding nasceu nos finais dos anos 70 ao largo do Golfo da Biscaia, durante uma viagem entre Amesterdão e Lisboa, e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Estudou História das Artes Decorativas Orientais, especializando-se em gansos de origami. Em 2012, desistiu da carreira académica para fazer desenhos nas redes sociais. Depois do sucesso de A Criada Malcriada deixou de precisar de trabalhar. Ainda assim, escreve regularmente em revistas e jornais, é autor de alguns livros e podcasts, faz ocasionalmente teatro e televisão, e continua a fazer desenhos nas redes sociais
Fri, 28 Oct 2022 - 83 - EP 81 | CIÊNCIA | Vemos realmente a cores?
Sabia que a cor não existe na realidade? Que tudo se trata de luz e da forma como ela incide nos objetos? Que a visão da cor depende do número de cones (células do olho) de que dispomos? E que é pela associação das cores percebidas por esses cones que o nosso cérebro constrói uma gama maior ou menor?
Assim é. Paulo Gama Mota e Inês Lopes Gonçalves partem da experiência do ‘The Dress’ (se, na altura, não viu este ‘fenómeno’ nas redes sociais, experimente agora nas referências deste episódio) até ao mundo da explicação da cor. Saiba por que razão os pássaros conseguem ver ultravioletas e nós não, desmistifique a ideia de que o seu cão vê a preto e branco, e conheça o recordista da visão a cores: um camarão, também ele colorido, que dispõe de 12 cones podendo, por isso, associar nada mais, nada menos do que 12 cores em simultâneo. Venha ouvir, ‘ao vivo e a cores’.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
The Dress:
https://en.wikipedia.org/wiki/The_dress
Mota, P. G. – (2021) As cores, cá fora e lá dentro. Sigila. 47: 47-56.
Lotto, Beau – Deviate. The science of seeing differently.
Uma descrição simples:
https://ed.ted.com/lessons/how-we-see-color-colm-kelleher
Nos animais:
https://askabiologist.asu.edu/colors-animals-see
Peter Godfrey-Smith. Em ‘Outras mentes’, o autor discute (capítulo 5), o facto de os polvos não terem qualquer visão de cores e conseguirem ao mesmo tempo desenvolver mimetismo cromático com mudanças de cor da sua pele. Um mistério por resolver.
https://www.wook.pt/autor/peter-godfrey-smith/131091
Para uma leitura aprofundada sobre visão animal:
Land & Nilsson. 2012. Animal eyes. Oxford U.P. 2nd Ed.
Constância da cor – Uma excelente TED talk de Beau Lotto.
https://www.ted.com/talks/beau_lotto_optical_illusions_show_how_we_see
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é atualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a comunicação animal e seleção sexual. É docente em áreas relacionadas com a evolução e a evolução do comportamento. Mantém um grande interesse pela comunicação de ciência, tendo sido Diretor de vários museus e responsável pelo projeto e Diretor do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (2006-2015). Comissariou v
Fri, 21 Oct 2022 - 82 - EP 80 | POLÍTICA | O Tal Canal: de Veneza ao Panamá
Há canais que mudaram o mundo e que também nos ajudaram a mudar o mundo.
Três deles tiveram uma influência decisiva na política: estamos obviamente a referir-nos aos canais que nasceram em Veneza, no Egipto e no Panamá.
Neste episódio, Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira prestam homenagem ao ‘O Tal Canal’, um programa que fez história na televisão portuguesa, e usam-no como ponto de partida.
A viagem começa em Veneza, cidade onde nasceu a ‘primeira economia virtual’ e de onde um homem, chamado Enrico Dandolo, tornou Itália dona de outros mundos atravessando o mar (e criando um mar de sangue pelo caminho). O Egipto é o destino que se segue, com Napoleão a mapear o país e a ópera Aida a ser encomendada para inaugurar o Canal do Suez. A última paragem, mais conturbada, é no Panamá, país tornado independente pela ‘influência’ dos americanos e onde se construiu o tão famoso Canal, graças à habilidade de um presidente chamado Theodore Roosevelt.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Parting the Desert, the creation of the Suez Canal,Zachary Karabell
The Path between the Seas,David McCullough
City of Fortune,Roger Crowley
BIOS
RAQUEL VAZ-PINTO
É Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde lecciona a disciplina de Estudos Asiáticos.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia.
É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Cientifica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975.
Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3.
É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors.
Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 14 Oct 2022 - 81 - EP 79 | LAÇOS SOCIAIS | O mundo digital afetou as relações pessoais?
Há quem o demonize, dizendo que veio arruinar o modo como nos relacionamos.
Há quem o use com imensa sabedoria e inclusivamente o defenda como forma de criar novas formas de relacionamento. Seja como for, o mundo digital, veio para ficar: pensar que voltaremos atrás, é uma perfeita ilusão.Ana Markl recebe Luísa Lima para uma nova ‘mini-série’ de episódios, desta vez dedicada aos Laços Sociais. O arranque não poderia ser melhor, com a exploração desta dualidade mundo físico-mundo digital, dos efeitos que provoca em nós e na maneira como interagimos com o outro. Esteja aberto à surpresa de saber que, afinal, também existem vantagens nas relações estabelecidas online; e fique mais desperto para a importância do Sincronismo. Quer saber o que é? Venha ouvir.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Nós e os Outros, o poder dos laços sociais, Maria Luísa Pedroso de Lima
https://www.ffms.pt/pt-pt/livraria/nos-e-os-outros-o-poder-dos-lacos-sociais
Barak, A. & Suler, J. (2008). Reflections on the psychology and social science of cyberspace. In A.
Barak (Ed.), Psychological aspects of cyberspace: theory, research, applications (pp. 1-12).
Cambridge University Press.
Jetten, J., Reicher, S., Haslam, A., & Cruwys, T. (2020). Together Apart: the Psychology of
COVID-19. SAGE Publications.
Lima, M.L., Marques, S., Muiños, G., & Camilo, C. (2017). All you need is Facebook friends
Associations between online and face to face friendships and health. Frontiers in Psychology,
8:68. doi: 10.3389/fpsyg.2017.00068
Turkle, S. (2005). The Second Self, Twentieth Anniversary Edition: Computers and the Human
Spirit. The MIT Press.
Turkle, S. (2015). Reclaiming Conversation: The Power of Talk in a Digital Age. Penguin Press
Valdesolo, P., & Desteno, D. (2011). Synchrony and the social tuning of compassion. Emotion (Washington, D.C.), 11(2), 262–266. https://doi.org/10.1037/a0021302
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
LUÍSA PEDROSO DE LIMA
Licenciou-se em Psicologia na Universidade de Lisboa. É Professora Catedrática de Psicologia Social, Diretora do ISCTE_Saúde e Presidente do Conselho Científico no ISCTE, onde desenvolve desde 1982 uma ampla atividade no ensino e na orientação científica. A sua investigação incide sobre a aplicação da Psicologia Social a questões da saúde e do ambiente, e encontra-se refletida em numerosas publicações científicas. É autora do livro “Nós e os outros: O poder dos laços sociais” publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Foi presidente da Associação Portuguesa de Psicologia. É Honorary Professor na Universidade de Bath.
Fri, 07 Oct 2022 - 80 - EP 78 | ECONOMIA | A economia não é só para pessoas inteligentes
Num episódio que relembra as escolhas de alguém muito ilustre, Hugo van der Ding fala com a Joana Pais sobre os seus livros de Economia preferidos.
Na lista estão alguns prémios Nobel mas, o grande objetivo destas recomendações, é precisamente o de tornar a Economia mais do interesse comum e demonstrar como não é uma ‘ilha’ só para os génios da Matemática ou os fanáticos por números.
Gravado ao vivo na Feira do Livro de Lisboa, este é um episódio a não perder e que lhe vai abrir o apetite para temas da Economia que, afinal, estão verdadeiramente próximos de todos nós.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Insights into Game Theory. E. Gura e M. Maschler (Eps. 1 e 9)
Discovering prices. Paul Milgrom (Ep. 2)
Thinking, Fast and Slow. D. Kahneman (Ep. 3)
Nudge. R. Thaler e C. Sunstein (Ep. 4)
Who gets what and why. A. E. Roth. (Eps. 2 e 5)
Poor Economics. A. Banerjee e E. Duflo. (Ep. 6…)
Doughnut Economics: Seven Ways to Think like a 21st century Economist. K. Raworth. (Ep. 8)
Economics for the Common Good. J. Tirole. (Todos os Eps.)
BIOS
JOANA PAIS
Joana Pais é professora de Economia no ISEG da Universidade de Lisboa. Obteve o seu Ph.D. em Economia na Universitat Autònoma de Barcelona em 2005. Atualmente é coordenadora do programa de Mestrado em Economia e do programa de Doutoramento em Economia, ambos do ISEG, e membro da direção da unidade de investigação REM - Research in Economics and Mathematics. É ainda coordenadora do XLAB – Behavioural Research Lab, um laboratório que explora a tomada de decisão e o comportamento económico, político e social, suportado pelo consórcio PASSDA (Production and Archive of Social Science Data). Os seus interesses de investigação incluem áreas como a teoria de jogos, em particular, a teoria da afetação (matching theory), o desenho de mercados, a economia comportamental e a economia experimental.HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding nasceu nos finais dos anos 70 ao largo do Golfo da Biscaia, durante uma viagem entre Amesterdão e Lisboa, e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Estudou História das Artes Decorativas Orientais, especializando-se em gansos de origami. Em 2012, desistiu da carreira académica para fazer desenhos nas redes sociais. Depois do sucesso de A Criada Malcriada deixou de precisar de trabalhar. Ainda assim, escreve regularmente em revistas e jornais, é autor de alguns livros e podcasts, faz ocasionalmente teatro e televisão, e continua a fazer desenhos nas redes sociais. Desde 2019 é um dos apresentadores do programa Manhãs da 3, na Antena 3.Fri, 30 Sep 2022 - 79 - EP 77 | CIÊNCIA | ‘Anjos e Demónios’ - Parte II
Mas, afinal, por que razão coopera o ser humano?
Que razões fomentam a cooperação?
Existem diferenças entre culturas?
Que se altera quando a cooperação é consciente?
O que leva o ser humano a ser altruísta, ou seja, a ajudar alguém que nem conhece, sem qualquer benefício?
Será que a reputação afecta a nossa forma de ser cooperantes ou altruístas?
Se no episódio anterior ficou à espera ‘das cenas dos próximos capítulos’, acredite que, com esta Parte II, vai ficar a querer saber ainda mais. Já o dissemos antes: este é um dos temas que mais fascina o Paulo Gama Mota e, com a ajuda da Inês Lopes Gonçalves, vai compreender ainda melhor como, o facto de sermos simultaneamente Anjos e Demónios, se estuda não apenas observando outras espécies animais mas também usando teorias como a Teoria dos Jogos ou viajando pelo cérebro de seres humanos com níveis diferentes de empatia.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS:
Sobre a cultura e a cooperação e a evolução humana:
Robert Boyd (2018) – A different kind of animal.
O sublinhar da extraordinária cooperação na nossa espécie e a proposta de que ela resulta de um processo de selecção de grupo:
Edward Wilson (2012) –A conquista da Terra.
https://www.wook.pt/livro/a-conquista-da-terra-e-o-wilson/15222111
Uma fascinante tese, muitíssimo bem apoiada e articulada, sobre a evolução humana, com base num processo de auto-domesticação:
Richard Wrangham (2019) – The goodness paradox.
https://www.amazon.com/Goodness-Paradox-Relationship-Violence-Evolution/dp/1101870907
Ao contrário do que é a impressão que as pessoas têm, baseada na forma como as notícia são produzidas – só há notícia do que corre mal -, Pinker mostra com muitos dados recolhidos que a violência tem diminuído historicamente:
Steven Pinker (2011) – Os anjos bons da nossa Natureza.
VÍDEOS:Uma excelente entrevista com Richard Wrangham
https://www.youtube.com/watch?v=YJF01_ztxwY
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é actualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, inclu
Fri, 23 Sep 2022 - 78 - EP 76 | POLÍTICA | Brasil - 200 anos de Ordem e Progresso?
É, supostamente, o nosso ‘país irmão’. Aparentemente, falamos a mesma língua. O sistema político tem, tal como o nosso, o nome de democracia. Mas, será que somos assim tão semelhantes? Até que ponto conhecemos realmente este país que é quase um continente, chamado Brasil?
Neste ano em que se comemoram os 200 anos do Brasil e em que o país enfrenta uma profunda clivagem com o aproximar das eleições presidenciais, Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira falam-nos dos diversos ‘estados’ desta nação. Cruzando os tempos da escravatura com as diferentes dimensões do soft power brasileiro, passando por Machado de Assis e chegando ao Grito do Ipiranga, este é um episódio onde não faltam factos e surpresas acerca deste Brasil-Brasileiro onde a Ordem e o Progresso se vestiram de verde e amarelo.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Brasil: uma biografia,Heloísa Starling e Lília Schwarcz
Sobre o autoritarismo brasileiro,Lília Schwarcz
Portugal, Brasil, Encontros e Desencontros,Carmen Fonseca e Letícia Pinheiro
BIOS
RAQUEL VAZ-PINTO
É Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde leciona a disciplina de Estudos asiáticos.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia.
É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Científica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Nasceu em Lisboa, em 1975.
Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3.
É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors.
Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 16 Sep 2022 - 77 - EP 75| ESTADO SOCIAL: O que é que o futuro lhe reserva?
Como vai evoluir o mundo do trabalho?
O avanço da tecnologia vai constituir uma ameaça ou uma enorme oportunidade?
Como é que a diminuição da natalidade nos vai afectar?
A emigração é uma solução ou um problema?
E como é que tudo isto se relaciona com a performance do Estado Social?Acredite ou não, o filme Top Gun Maverick tem muito mais a ver com o futuro do Estado Social do que alguma vez pensou. Quem o disse à Ana Markl foi o Amílcar Moreira; e esta ‘in pertinência’ não é apenas uma forma de criar mais interesse por este episódio, mas uma chamada de atenção a como o futuro vai influenciar tantos sectores da nossa vida e, por consequência, o Estado Social. Não perca o último episódio desta trilogia especial.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:LIVROS, CAPÍTULOS & ARTIGOS:
Moreira, A. (Coord), Azevedo, A., Manso, L., Nicola, A. (2019) Sustentabilidade do sistema de pensões português, Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
https://ffms.pt/pt-pt/estudos/sustentabilidade-do-sistema-de-pensoes-portugues
Pereira da Silva, J., Almeida Ribeiro, G. (2017) Justiça intergeracional e sustentabilidade, Lisboa: Justiça intergeracional e sustentabilidade
https://www.ffms.pt/pt-pt/estudos/justica-intergeracional-e-sustentabilidade
Ribeiro Mendes, F. (2011) Segurança Social: o Futuro Hipotecado, Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
https://www.ffms.pt/pt-pt/livraria/seguranca-social-o-futuro-hipotecado
Moura Ferreira et al (2018) Portugal e o 2018 Ageing Report. Policy-Brief 2018, Instituto do Envelhecimento
www.ics.ulisboa.pt/flipping/ie2018_2/
VÍDEOS & PODCASTS:
Estado Social - Todos por Todos (Documentário)
https://www.rtp.pt/play/p9602/estado-social
O que podemos fazer pelo futuro do Estado Social?
Da Capa À Contracapa: https://rr.sapo.pt/artigo/da-capa-a-contracapa/2021/12/14/o-que-podemos-fazer-pelo-futuro-do-estado-social/264526/
Fronteiras XXI: Que apoios sociais teremos?
https://www.ffms.pt/pt-pt/ffms-play/fronteiras-xxi/que-apoios-sociais-teremos
Trinta Por Uma Linha: Estado Social devia ser repensado?
https://pod.link/1536727944/episode/23672f40fc8a81aa5054cf8b8ea29934
OUTROS:
O Sistema Complementar de Pensões: Ainda é possível recuperar o tempo perdido?
O Sistema Complementar de Pensões: Ainda é possível recuperar o tempo perdido? – CCP
BIOSANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015&
Fri, 09 Sep 2022 - 76 - EP 74| ECONOMIA| Blockchain - o que é?
Criptomoedas. NFT’s. Blockchain. O mundo digital também está a revolucionar a nossa vida ao nível das transações. E a melhor chave para abrir e compreender esta porta é a tão falada Blockchain.
O Hugo van der Ding quis saber e por isso fez as perguntas à Joana Pais que lhe vão permitir perceber por que razão se criou a Blockchain, quais as transações que facilita, a sua ligação íntima com as criptomoedas.
Pelo caminho, conhecerá também como o mundo da arte se somou ao universo digital e saberá que, através dela, também os contratos se tornaram mais inteligentes.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Cowen, T. e Tabarrok, A. (2022). Cryptoeconomics.
Satoshi Nakamoto (2008). Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System:
https://bitcoin.org/bitcoin.pdf
[Two-sided markets] Jean Tirole (2017). Economics for the Common Good. Princeton University
Press. Capítulo 14.
BIOS
JOANA PAIS
Joana Pais é professora de Economia no ISEG da Universidade de Lisboa. Obteve o seu Ph.D. em Economia na Universitat Autònoma de Barcelona em 2005. Atualmente é coordenadora do programa de Mestrado em Economia e do programa de Doutoramento em Economia, ambos do ISEG, e membro da direção da unidade de investigação REM - Research in Economics and Mathematics. É ainda coordenadora do XLAB – Behavioural Research Lab, um laboratório que explora a tomada de decisão e o comportamento económico, político e social, suportado pelo consórcio PASSDA (Production and Archive of Social Science Data). Os seus interesses de investigação incluem áreas como a teoria de jogos, em particular, a teoria da afetação (matching theory), o desenho de mercados, a economia comportamental e a economia experimental.
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding nasceu nos finais dos anos 70 ao largo do Golfo da Biscaia, durante uma viagem entre Amesterdão e Lisboa, e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Estudou História das Artes Decorativas Orientais, especializando-se em gansos de origami. Em 2012, desistiu da carreira académica para fazer desenhos nas redes sociais. Depois do sucesso de A Criada Malcriada deixou de precisar de trabalhar. Ainda assim, escreve regularmente em revistas e jornais, é autor de alguns livros e podcasts, faz ocasionalmente teatro e televisão, e continua a fazer desenhos nas redes sociais. Desde 2019 é um dos apresentadores do programa Manhãs da 3, na Antena 3.
Fri, 02 Sep 2022 - 75 - EP 73 | CIÊNCIA | “Anjos e Demónios” - Parte I
O ser humano é capaz de actos de enorme bondade.
Mas também consegue cometer actos terríveis.
Porque somos assim?
Seremos a espécie mais violenta?
Quando é que a Ciência se começou a interessar por estes temas?O título deste episódio e o do seguinte (adiantamos já) parecem remeter para um bestseller; mas na verdade são uma boa representação de um dos temas preferidos do Paulo Gama Mota. Com a ajuda da curiosidade da Inês Lopes Gonçalves, irá perceber qual é a diferença entre altruísmo e cooperação, conhecer como diferentes espécies as praticam de diferentes formas, saber que a espécie humana afinal é a mais cooperativa de todas (sim!) e que até houve um cientista que conseguiu estudar o altruísmo ao ponto de o traduzir numa equação.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS:
O gene egoísta,Richard Dawkins
VÍDEOS:
Uma explicação muito simples de selecção de parentesco (kin selection)
https://www.youtube.com/watch?v=eyiUuuQ9dXE
Selfish gene nas palavras de Richard Dawkins
https://www.youtube.com/watch?v=j9p2F2oa0_k
Selfish gene and altruism – Richard Dawkins
https://www.youtube.com/watch?v=n8C-ntwUpzM
Paul Bloom numa perspectiva muito pessoal sobre inteligência social e universal morality
https://www.youtube.com/watch?v=Gy5hejk4vl4
Justiça no mundo animal - Franz de Waal TED talk
https://www.ted.com/talks/frans_de_waal_moral_behavior_in_animals?language=pt
BIOSINÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é actualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a comunicação animal e selecção sexual. É docente em áreas relacionadas com a evolução e a evolução do comportamento. Mantém um grande interesse pela comunicação de ciência, tendo sido Director de vários museus e responsável pelo projecto e Director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (2006-2015). Comissariou várias exposições de ciência e coordenou vários projectos de ciência cidadã, sempre com a preocupação de aproximar os cidadãos da ciência.
Fri, 26 Aug 2022 - 74 - EP 72 | POLÍTICA | A Política também se faz com Arte
SINOPSE
A arte nem sempre é, ou foi, apenas ‘pura e casta’.
A História bem o demonstra: ao longo dos tempos, a arte tem sido um veículo poderoso do poder, das mais diversas ideias políticas e também forma de contestação ou de chamada de atenção para desigualdades, injustiças e ‘sinais de alarme’.
Neste episódio, Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira tentam trocar de papéis, assumindo Raquel o pelouro de quem faz perguntas e Pedro, o de especialista. Claro está que rapidamente retomam o seu ritmo de conversa habitual, começando na antiguidade, passando pela Idade Média, cruzando o Renascimento, a Europa das duas Grandes Guerras e terminando com a menção justa ao quanto sobraria por dizer. O que lhe podemos garantir é que, depois de ouvir este episódio vai ver a Arte com outros olhos.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
História da Guerra do Peloponeso,Tucídides
Nineteen eighty-four,George Orwell
O caminho para Wigan Pier,George Orwell
Na penúria em Paris e Londres,George Orwell
Africa is not a country,Dipo Faloyin
O solilóquio do Rei Leopoldo, Mark Twain
As aventuras de Tom Sawyer, Mark Twain
As aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain
BIOS
RAQUEL VAZ-PINTO
É investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde lecciona a disciplina de Estudos Asiáticos.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia.
É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Cientifica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975.
Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3.
É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors.
Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 19 Aug 2022 - 73 - EP 71 | ESTADO SOCIAL I As crises são todas iguais?
SINOPSE
Estará o Estado Social a definhar?
Como reagiu o nosso Estado Social à crise financeira de 2010?
E à pandemia? Como responderam o nosso e o dos outros?
Qual das duas crises ‘infectou’ mais o Estado Social português?
Ana Markl deu o pontapé de saída com a possível necessidade de repensar o Estado Social. Amílcar Moreira respondeu com todas as letras, e depois ambos exploraram as duas crises que nos assolaram no espaço de 10 anos. Como corolário compreenderá que se duas crises nunca são exactamente iguais, elas são ainda menos iguais no que toca ao modo como podem afectar o Estado Social, ou seja, ‘infectar-nos’ a todos.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS, CAPÍTULOS & ARTIGOS:
R. Branco. (2022). Proteção Social no Portugal Democrático. Trajetórias de Reforma.
(Publicação FFMS. Sai durante a feira do livro)
Moreira, A., Hick, R., (2021) COVID-19, the Great Recession and social policy: Is this time different?
https://doi.org/10.1111/spol.12679
VÍDEOS & PODCASTS:
Estado Social - Todos por Todos (Documentário)
https://www.rtp.pt/play/p9602/estado-social
Da Capa À Contracapa: Colocar a luta contra a pobreza na Segurança Social?
Trinta Por Uma Linha: Estado Social devia ser repensado?
https://pod.link/1536727944/episode/23672f40fc8a81aa5054cf8b8ea29934
OUTROS:
Portugal Desigual: Um Portal Sobre as Desigualdades de Rendimento e a Pobreza no País
https://portugaldesigual.ffms.pt/
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
AMÍLCAR MOREIRA
Doutorado em Política Social pela Universidade de Bath (Reino Unido), é atualmente Professor Auxiliar Convidado no ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, e Investigador do SOCIUS, Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações.
Anteriormente, exerceu funções enquanto investigador no Trinity College Dublin e na Oslo Metropolitan University.
Tendo-se especializado no estudo de políticas sociais, nomeadamente sistemas de pensões e programas de rendimento mínimo, tem obra publicada em editoras internacionais, como Oxford University Press ou Policy Press; ou em revistas internacionais da especialidade - como Social Policy & Administration, European Journal of Social Security, Journal of Population Ageing e European Journal of Ageing.
Coordenou o estudo sobre a ‘Sustentabilidade do Sistema de Pensões Português’ da Fundação Francisco Manuel dos Santos
Fri, 12 Aug 2022 - 72 - EP 70 | ECONOMIA | Economia de mercado: à beira da reforma?
SINOPSE
O que é a economia de mercado?
Que vantagens e desvantagens tem?
Como, quando e porque foi criada?
Será que no estado actual da humanidade e do planeta, este sistema ainda faz sentido?
Se estas são questões que já lhe passaram pela cabeça, venha conhecer os factos com a Joana Pais e o Hugo van der Ding. Começando pela História e pelo famoso sistema de trocas, passando pelas razões de criação do sistema económico actual, e chegando à moderna Doughnut Economics (leu bem, Donut), a Joana e o Hugo viram a economia do avesso e fazem-nos pensar se a exclusiva orientação para o lucro já não estará à beira da reforma.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Referência geral:
Jean Tirole (2017). Economics for the Common Good. Princeton University Press.
Sobre desigualdade que acompanha a economia de mercado
Autor, David, David Dorn, Lawrence F. Katz, Christina Patterson, and John Van Reenen. 2017."Concentrating on the Fall of the Labor Share." American Economic Review, 107 (5): 180-85.
Sobre as consequências da automação:
Autor, David H. 2015. "Why Are There Still So Many Jobs? The History and Future of Workplace Automation." Journal of Economic Perspectives, 29 (3): 3-30.
Sobre formas alternativas de governança:
Ostrom, Elinor, et al. “Covenants With and Without a Sword: Self-Governance Is Possible.” The American Political Science Review, vol. 86, no. 2, 1992, pp. 404–17.
Sobre a Doughnut Economy:
Kate Raworth (2018). Doughnut Economics Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist. Random House.
BIOS
JOANA PAIS
Joana Pais é professora de Economia no ISEG da Universidade de Lisboa. Obteve o seu Ph.D. em Economia na Universitat Autònoma de Barcelona em 2005. Atualmente é coordenadora do programa de Mestrado em Economia e do programa de Doutoramento em Economia, ambos do ISEG, e membro da direção da unidade de investigação REM - Research in Economics and Mathematics. É ainda coordenadora do XLAB – Behavioural Research Lab, um laboratório que explora a tomada de decisão e o comportamento económico, político e social, suportado pelo consórcio PASSDA (Production and Archive of Social Science Data). Os seus interesses de investigação incluem áreas como a teoria de jogos, em particular, a teoria da afetação (matching theory), o desenho de mercados, a economia comportamental e a economia experimental.
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding nasceu nos finais dos anos 70 ao largo do Golfo da Biscaia, durante uma viagem entre Amesterdão e Lisboa, e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Estudou História das Artes Decorativas Orientais, especializando-se em gansos de origami. Em 2012, desistiu da carreira académica para fazer desenhos nas redes sociais. Depois do sucesso de A Criada Malcriada deixou de precisar de trabalhar. Ainda assim, escreve regularmente em revistas e jornais, é autor de alguns livros e podcasts, faz ocasionalmente teatro e televisão, e continua a fazer desenhos nas redes sociais. Desde 2019 é um dos apresentadores do programa Manhãs da 3, na Antena 3.
Fri, 05 Aug 2022 - 71 - EP 69 | CIÊNCIA I Porque é que a biodiversidade é tão importante?
SINOPSE:
Há Produtores.
Há Consumidores Primários.
Há Consumidores Secundários.
Há Decompositores.
Não, não estamos a falar de Economia, estamos a referir-nos a uma pequena parte do grande todo que é a Biodiversidade.
Mas o que é a Biodiversidade? Como é que nós, seres humanos, a temos afectado? E de que maneira isso nos pode afectar? A Inês Lopes Gonçalves fez as perguntas (e foram muitas), o Paulo Gama Mota respondeu a todas, e ainda acrescentou pelo menos 10 formas de fazermos a diferença. Prepare-se para se sentir mais responsável e, esperamos nós, mais parte deste enorme e maravilhoso ‘sistema’ que tem a enorme generosidade de… nos manter vivos.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS:
E. O. Wilson. (2016). Da Terra metade.
https://www.wook.pt/livro/da-terra-metade-edward-o-wilson/23334678
E. O. Wilson. Uma janela para a eternidade.
https://www.wook.pt/livro/uma-janela-para-a-eternidade-edward-o-wilson/16470670
E. O. Wilson. Biofilia.
https://www.fnac.pt/Biofilia-Edward-O-Wilson/a8721783
VÍDEOS:
The Serengeti rules
https://www.youtube.com/watch?v=rB72Hy5AGuA
David Attenborough - Uma vida no nosso planeta
https://www.wook.pt/livro/uma-vida-no-nosso-planeta-david-attenborough/24176621
OUTROS:
Aichi biodiversity targets:
https://www.cbd.int/sp/targets/
Áreas protegidas no mundo – Our World in Data
https://ourworldindata.org/protected-areas-and-conservation
Serviços de ecossistemas - FAO
https://www.fao.org/ecosystem-services-biodiversity/background/regulating-services/en/
Fundação Oceano Azul
https://www.oceanoazulfoundation.org/pt-pt/#m150page
Monterey Bay Aquarium
https://www.montereybayaquarium.org/
BIOS
INÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é actualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a comunicação animal e selecção sexual. É docente em áreas relacionadas com a evolução e a evolução do comportamento. Mantém um grande interesse pela comunicação de ciência, tendo sido Director de vários museus e responsável pelo projecto e Director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (2006-2015). Comissariou várias exposições de ciência e coordenou vários projectos de ciência cidadã, sempre com a preocupação de aproximar os cidadãos da ciência.
Fri, 29 Jul 2022 - 70 - EP 68 | POLÍTICA I ‘África não é um país.’
SINOPSE
O título que escolhemos para este episódio é também o título de um dos livros recomendados pela dupla Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira.Uma afirmação que espelha de forma magnífica a maneira como ainda vemos esta região do mundo que, é bom repetir, não é um país mas um vasto continente, pleno de diversidade e pujança, no seu crescimento a todos os níveis.
Neste [IN] PERTINENTE, Raquel e Pedro conduzem-nos a todas as cores de África: as cores da antiguidade, as cores dos países que a compõem, a cor triste da escravatura, a cor da violência, a cor do preconceito, e a cor tão especial de um dos líderes mais emblemáticos, não apenas deste continente, mas também do mundo: Nelson Mandela.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
Masters of Command,Barry Strauss
The Rise of the Roman Empire,Polibius
The War with Hannibal,Livy
A world beneath the sands ,Toby Wilkinson
Africa is not a country,Dipo Faloyin
Atlas do Antigo Egipto,Claire Somaglino
Mandela, Anthony Sampson
Carthage must be destroyed, Richard Miles
Magnífica e Miserável, Ricardo Soares de Oliveira
Uma breve história de todas as pessoas que já viveram, Adam Rutherford
O solilóquio do Rei Leopoldo, Mark Twain
Invictus, William Ernest Henley:
https://www.poetryfoundation.org/poems/51642/invictus
Invictus (Filme):
https://www.imdb.com/title/tt1057500/
Discurso do Embaixador do Quénia nas Nações Unidas:
BIOS
RAQUEL VAZ-PINTO
É Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde lecciona a disciplina de Estudos Asiáticos.
Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia.
É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Cientifica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975.
Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, atualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3.
É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors.
Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 22 Jul 2022 - 69 - EP 67 | ESTADO SOCIAL I Como chegámos aqui?
SINOPSE
Para que serve o estado social?
Por que razão foi criado?
Poderíamos viver sem ele?
Viveríamos melhor sem ele?
Como é o dos outros países?
Que desafios enfrenta o nosso?
Na sua estreia no [IN] Pertinente, Amílcar Moreira atreve-se a desvendar a Ana Markl a história e os meandros do estado social, um tema controverso que, à maioria das pessoas, traz muitas questões ou algum desconforto. Prepare-se para esta trilogia de episódios; prepare-se para correr o sério risco de afinal compreender o valor de um estado, que, afinal, não faz mais do que providenciar para todos nós.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS:
R. Branco. (2022). Proteção Social no Portugal Democrático. Trajetórias de Reforma.
R. Carmo e A. Barata (2014). Estado Social: De Todos para Todos.
https://www.bertrand.pt/livro/estado-social-renato-miguel-do-carmo/15700991
VÍDEOS & PODCASTS:
Estado Social - Todos por Todos (Documentário)
https://www.rtp.pt/play/p9602/estado-social
Fronteiras XXI: Que Apoios Sociais Teremos?
https://fronteirasxxi.pt/segurancasocial/
Trinta Por Uma Linha: Estado Social devia ser repensado?
https://pod.link/1536727944/episode/23672f40fc8a81aa5054cf8b8ea29934
Da Capa À Contracapa: https://rr.sapo.pt/artigo/da-capa-a-contracapa/2020/10/10/como-reduzir-a-desigualdade-em-portugal-sistemas-publicos-de-qualidade/210344/
OUTROS:
Portugal Desigual: Um Portal Sobre as Desigualdades de Rendimento e a Pobreza no País
https://portugaldesigual.ffms.pt/
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
AMÍLCAR MOREIRA
Doutorado em Política Social pela Universidade de Bath (Reino Unido), é atualmente Professor Auxiliar Convidado no ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, e Investigador do SOCIUS, Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações. Anteriormente, exerceu funções enquanto investigador no Trinity College Dublin e na Oslo Metropolitan University. Tendo-se especializado no estudo de políticas sociais, nomeadamente sistemas de pensões e programas de rendimento mínimo, tem obra publicada em editoras internacionais, como Oxford University Press ou Policy Press; ou em revistas internacionais da especialidade - como Social Policy & Administration, European Journal of Social Security, Journal of Population Ageing e European Journal of Ageing. Coordenou o estudo sobre a ‘Sustentabilidade do Sistema de Pensões Português’ da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Fri, 15 Jul 2022 - 68 - EP 66 | ECONOMIA | Que barreiras existem para as mulheres?
SINOPSE:
Poucas mulheres ganharam um Nobel.
Poucas mulheres singram na academia.
Poucas mulheres ainda frequentam os cursos das chamadas áreas STEM (Science, Technology, Engineering, Mathematics - Ciência, Tecnologia, Engenharia, Matemática)
Mais uma vez, a história repete-se; mas a Joana Pais e o Hugo van der Ding quiseram abordar o tema das diferenças de género de forma diferente. Trouxeram estudos e factos para cima da mesa, falando dos números que constatam o tão falado gender gape que explicam como as próprias características de um género condicionam e definem as suas possibilidades de crescer numa carreira.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS:
Claudia Goldin. Career & Family: Women's Century-Long Journey toward Equity. Princeton NJ: Princeton University Press. 2021.
Linda Babcock, Brenda Peyser, Lise Vesterlund e Laurie Weingart. The No Club: Putting a Stop to Women’s Dead-End Work. Simon & Schuster. 2022.
ARTIGOS:
Amartya Sen (1990). More Than 100 Million Women Are Missing. The New York Review of Books
Muriel Niederle e Lise Vesterlund (2007). Do Women Shy Away From Competition? Do Men Compete Too Much?, The Quarterly Journal of Economics 122(3): 1067–1101,
Scott Daewon Kim e Petra Moser (2021). WOMEN IN SCIENCE. LESSONS FROM THE BABY BOOM. NBER.
Antecol, Heather, Kelly Bedard e Jenna Stearns (2018). Equal but Inequitable: Who Benefits from Gender-Neutral Tenure Clock Stopping Policies?American Economic Review, 108 (9): 2420-41.
Heather Sarsons, Klarita Gërxhani, Ernesto Reuben, and Arthur Schram (2021). Gender differences in recognition for group work. Journal of Political Economy 129(1).
BIOS:
JOANA PAIS
Joana Pais é professora de Economia no ISEG da Universidade de Lisboa. Obteve o seu Ph.D. em Economia na Universitat Autònoma de Barcelona em 2005. Atualmente é coordenadora do programa de Mestrado em Economia e do programa de Doutoramento em Economia, ambos do ISEG, e membro da direção da unidade de investigação REM - Research in Economics and Mathematics. É ainda coordenadora do XLAB – Behavioural Research Lab, um laboratório que explora a tomada de decisão e o comportamento económico, político e social, suportado pelo consórcio PASSDA (Production and Archive of Social Science Data). Os seus interesses de investigação incluem áreas como a teoria de jogos, em particular, a teoria da afetação (matching theory), o desenho de mercados, a economia comportamental e a economia experimental.
HUGO VAN DER DING
Hugo van der Ding nasceu nos finais dos anos 70 ao largo do Golfo da Biscaia, durante uma viagem entre Amesterdão e Lisboa, e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Estudou História das Artes Decorativas Orientais, especializando-se em gansos de origami. Em 2012, desistiu da carreira académica para fazer desenhos nas redes sociais. Depois do sucesso de A Criada Malcriada deixou de precisar de trabalhar. Ainda assim, escreve regularmente em revistas e jornais, é autor de alguns livros e podcasts, faz ocasionalmente teatro e televisão, e continua a fazer desenhos nas redes sociais. Desde 2019 é um dos apresentadores do programa Manhãs da 3, na Antena 3.
Fri, 08 Jul 2022 - 67 - EP 65 | CIÊNCIA | Porque é que só nós temos linguagem?
SINOPSE
Todos os animais comunicam:
As abelhas fazem ‘danças’ em voo.
Os pássaros usam diferentes tipos de cantos.
Os gatos miam de diferentes formas.
Os cães arranham a porta.
Então, talvez daqui se depreenda que todos os animais têm linguagem.
Não. Apenas o ser humano tem e usa linguagem porque a linguagem é muito mais do que a ligação de letras ou diferentes sons. Os animais comunicam, os seres humanos usam a linguagem para comunicar.
De onde proveio a nossa linguagem? Quando começámos a falar? A linguagem é biológica? Há limites para a sua aprendizagem? Paulo Gama Mota vai responder a estas e muitas outras perguntas, ajudado pelo linguajar desembaraçado da Inês Lopes Gonçalves.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
LIVROS:
Steven Pinker – The language instinct.
Berwick & Chomsky – Why only us. Language and evolution.
https://mitpress.mit.edu/books/why-only-us
Maynard-Smith, J. e Szathmáry – As origens da vida. Gradiva.
https://www.gradiva.pt/catalogo/14543/as-origens-da-vida
Mark Pagel (2017) – Q&A: What is human language, when did it evolve and why should we care? BMC Biology.
https://bmcbiol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12915-017-0405-3
Mark Pagel (2012) – Wired for culture.
https://www.fnac.pt/Wired-for-Culture-Mark-Pagel/a1265941
Oliver Sacks – O olhar da mente.
https://relogiodagua.pt/produto/o-olhar-da-mente/
VÍDEOS:
Mark Pagel TED talk –
http://www.ted.com/talks/lang/pt/mark_pagel_how_language_transformed_humanity.html
BIOSINÊS LOPES GONÇALVES
Inês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio é actualmente uma d'As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é a anfitriã do talk show Traz Pr'á Frente, na RTP e RTP Memória.
Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP e desde 2017 que é uma das caras do Festival da Canção. O seu percurso começou na informação como jornalista na Rádio Renascença, passou pela Sport Tv, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso.
PAULO GAMA MOTA
Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado pela Universidade de Coimbra, Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e investigador do CIBIO. Investiga o comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a comunicação animal e selecção sexual. É docente em áreas relacionadas com a evolução e a evolução do comportamento. Mantém um grande interesse pela comunicação de ciência, tendo sido Director de vários museus e responsável pelo projecto e Director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (2006-2015). Comissariou várias exposições de ciência e coordenou vários projectos de ciência cidadã, sempre com a preocupação de aproximar os cidadãos da ciência.
Fri, 01 Jul 2022 - 66 - EP 64 | POLÍTICA I Grã-Bretanha: o todo tem mais partes que se lhe diga
De quantos povos se fez o ADN inglês? O que foi preciso para juntar outros tantos e unir um Reino? Será que a sua Rainha tomou uma ‘poção mágica’ para resistir a tantos momentos da História? Agora que o Brexit completa 6 anos, Raquel Vaz-Pinto e Pedro Vieira juntam-se ao microfone para explicar a variedade do ‘sangue inglês’ (uma verdadeira mélange), contar a forma como se formou este Reino e de como se manteve Unido ao longo dos tempos. Pelo caminho, a nossa dupla aproveita para falar dos seus britânicos favoritos e do seu odiozinho inglês, de estimação.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS
Asterix entre os Bretões,R.Goscinny, A.Uderzo
The Landmark,Julius Caesar
Agricola and Germany,Tacitus
Winners and how they succeeded,Alastair Campbell
Shakespeare, The World as Stage,Bill Bryson
The shortest history of England,James Hawes
A short history of England,Simon Jenkins
Black Adder
https://www.imdb.com/title/tt0084988/
BIOS
RAQUEL VAZ-PINTO
É investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde lecciona a disciplina de estudos asiáticos.
Foi presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo- Pacífico; a Europa e o Mundo; e Liderança e Estratégia.
É comentadora residente da rádio TSF. É membro da Comissão Científica do Fórum Futuro e consultora da Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.PEDRO VIEIRA
Pedro Vieira nasceu em Lisboa, em 1975. Licenciado pela Escola Superior de Comunicação Social, trabalhou no Canal Q das Produções Fictícias e é, actualmente, guionista e pivô do programa O Último Apaga a Luz da RTP3.
É responsável pela Comunicação do Cinema São Jorge e foi consultor de Comunicação na Booktailors.
Trabalha como ilustrador freelancer e escreve livros como se não houvesse amanhã.Fri, 24 Jun 2022 - 65 - EP 63 | SOCIEDADE I Em que estado andam as relações conjugais?
Como andamos em termos de casamentos?
Como evoluíram os divórcios?
Terão as uniões de facto crescido de forma gritante?
Como é que o individualismo interfere (ou não) nas relações?
E a intimidade, como tem sido afectada?
Num programa em dois actos ou em dois andamentos, Ana Markl e Miguel Chaves contam o que dizem os dados, bem como a análise de muitos especialistas que se dedicam a investigar o que, literalmente, acontece dentro da casa dos outros.
REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS:
International Social Survey Programme - Módulo "Family and Changing Gender Roles" (mais recente 2012)
PORDATA - INE/DGPJ/MJ, Tema: População – Casamentos e divórcios.
Giddens, Anthony (1996). Transformações da Intimidade. Celta Oeiras.
Bauman, Zygmunt (2006). Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos. Relógio D’Água: Lisboa.
Kaufmann, Jean-Claude (2003). A Mulher Só e o Príncipe Encantado. Público Comunicação Social: Porto.
Singly, François de (2016). Libres ensemble – 2.e éd. – L’índividualisme dans la vie commune. Paris: Armand Collin.
Aboim, Sofia (2006). Conjugalidades em Mudança. Percursos e Dinâmicas da Vida a Dois. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.
Amato, Paul R. (2010), “Research on divorce: Continuing trends and new developments”, Journal of Marriage and Family, 72(3), pp 650-666.
Kopp, Johannes e Richter, Nico (2016). “Social mechanisms and empirical research in the field of Sociology of the Family: the case of separation and divorce”. Analyse & Kritik. Journal of Philosophy and Social Theory, 38(1), pp.121-148.
BIOS
ANA MARKL
Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras: licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou até mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente, trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.
MIGUEL CHAVESMiguel Chaves é Professor Associado do Departamento de Sociologia da NOVA FCSH e investigador do CICS.NOVA. Desenvolveu estudos acerca de marginalidades, desvio e exclusão social, que deram origem a diversos textos dos quais se destacam os livros Casal Ventoso: da Gandaia ao Narcotráfico (Imprensa de Ciências Sociais, 1999) e, em coautoria, Casal Ventoso Revisitado. Memórias para Imaginar um Futuro (Húmus 2019). Realizou também investigações acerca de estilos de vida juvenis e transição para o trabalho, como, por exemplo, “Percursos de inserção dos licenciados: relações objetivas e subjetivas com o trabalho”. Sobre estes assuntos escreveu vários artigos científicos e textos jornalísticos, bem como a obra Confrontos com o Trabalho entre Jovens Advogados (Imprensa de Ciências Sociais, 2010). Entre outras funções universitárias, coordena atualmente o Observatório de Inserção Profissional da Universidade Nova de Lisboa (OBIPNOVA) e o curso de Licenciatura em Sociologia da NOVA FCSH.
Fri, 17 Jun 2022
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