Mundo sem muros

Israel e Irão estão agora frente a frente com o risco de uma enorme guerra no próximo Oriente a somar ao conflito e carnificina em curso na Faixa de Gaza.

Esta semana a proteção climática passou a ser um direito humano. A condenação da Suiça por ter falhado aos seus cidadãos, no que é a proteção contra as alterações climáticas diz respeito, tornou-se num marco jurídico internacional.

O novo executivo português de centro-direita tomou posse esta semana com apoio minoritário no Parlamento, as condições para a governabilidade são muito difíceis.

A proximidade das eleições europeias está a condicionar decisões de Bruxelas sobre ajuda à Ucrânia.

Estamos em plenas eleições presidenciais russas, elas decorrem este fim de semana embora haja quatro candidatos o resultado é indiscutível. A reeleição de Vladimir Putin não está em dúvida, há apenas uma ligeira incerteza quanto ao número de votos, mas serão certamente acima dos 75% para Putin evidentemente.

Hoje é o dia de reflexão, aquele onde não é possível haver em noticiário algum a mínima sombra de atividade política, algo que possa ser percecionado ainda que levemente como campanha eleitoral.

Estamos em então plena campanha eleitoral, eles são os tempos de antena, as arruadas, os comícios com a sua variante de almoço e jantar, os cartazes , as notícias, as sondagen.

Estamos então em plena campanha eleitoral, eles são os tempos de antena, as arruadas, os comícios com a sua variante de almoço e jantar, os cartazes , as notícias, as sondagens.

A morte de Alexei Navalny, o mais conhecido opositor russo expõe como nunca o regime de Vladimir Putin.

A pré campanha eleitoral portuguesa já aí está em todo o seu esplendor. Eles são as entrevistas, as sondagens, os debates mais esclarecedores uns do que outros, mais civilizados uns do que outros, mas também os comícios, as ações de rua, as palavras de ordem e essa tentativa permanente de imposição de narrativas.

A raiva dos agricultores espalhou-se por toda a Europa nem Portugal escapou, está a tornar-se uma enorme dor de cabeça para os dirigentes da UE. Houve estradas bloqueadas, marchas sobre as cidades. A crispação tem motivações diversas mas com a crise energética e a guerra na Ucrânia em pano de fundo.

O momento político em Portugal. Trump quase nomeado, ainda no início das primárias republicanas. Nova lei da imigração francesa chumbada pelo Conselho Constitucional. O Dia da República na Índia.

O destino da Ucrânia regressa aos holofotes mediáticos e à agenda internacional, a UE anuncia um acordo para abertura de negociações em vista à sua adesão ao bloco europeu. A Hungria era contra mas ao abster-se acabou por dar luz verde ao processo, é uma má notícia para Moscovo. Afinal horas antes Putin reafirmava os objetivos russos na sua conferência de imprensa de fim de ano, a desmilitarização do país vizinho e a sua neutralidade, obtida pela via negocial ou pela força. Reivindicou ainda a cidade histórica de Odessa, o que privaria a Ucrânia de acesso ao mar.

Após um mês e meio de tragédias a sobreporem-se, Hamas e Israel chegam acordo para um cessar fogo temporário. A libertação de alguns reféns em troca da liberdade para alguns prisioneiros palestinianos, são 50 mulheres e crianças de um lado contra 150 do outro.

A imagem internacional de Portugal caiu nas ruas da amargura, o jornal britânico The Times refere que Primeiro-Ministro português se demite devido a escândalo de corrupção o alemão Freitag tem por chamada, Portugal, hidrogénio, lítio, corrupção, o italiano La Republica conta que Costa, o farol dos socialistas europeus se demite.

Depois de uma campanha aérea e um dilúvio de bombas, Israel iniciou o ataque terrestre à Faixa de Gaza, uma invasão que não disse o seu nome. Como se não o dizendo, evitasse alargar o conflito a outras áreas onde ameaça sobe de tom ou seja em Teerão ou no poderoso Hezbollah libanês. Os binacionais puderam sair finalmente do enclave palestiniano, território que a UNICEF refere como sendo um cemitério de crianças e onde a ONU admite cenários de crimes de guerra.

A somar à guerra e às suas vítimas num e noutro lado há um combate de palavras e de números. Israel reage contra o Secretário-Geral da ONU e exige a sua demissão, Guterres tinha apelado um cessar fogo, Israel e os Estados Unidos rejeitaram rapidamente. Quando não ainda o terrorismo do Hamas exigiu a libertação dos reféns, mas referiu que os palestinianos sofrem há décadas ocupação e opressão.

A causa palestiniana regressou ao topo da agenda internacional de forma inesperada e com uma brutalidade e um horror sem precedentes. O Hamas rompeu o cerco israelita na Faixa de Gaza, matou e massacrou indiscriminadamente crianças, mulheres, homens de todas as idades, por vezes famílias inteiras e raptou ainda dezenas de pessoas levando-as para o seu território usadas agora como escudos humanos.

A posição unida do Ocidente contra a guerra da Rússia na Ucrânia dá sinais de fissuras. A eleição de um candidato pró-russo na Eslováquia, a retirada da ajuda financeira americana a Kiev são disso exemplo e já lá iremos a um e a outro desses assuntos. A verdade é que ambos se juntam à incapacidade ocidental e alargar aos países chamado sul global a aliança contra Moscovo, alia-se ainda uma lenta ofensiva ucraniana e tudo isso contribui para um certo cansaço das opiniões públicas após mais de um ano e meio de combates.

Era uma esperança efémera mas a direita espanhola levou-a até ao fim procurando aprovação do seu governo no parlamento sem sucesso. Feijó que de facto venceu as eleições de julho passado, sabia que as suas chances eram mínimas senão impossíveis. Tinha o apoio dos deputados da extrema direita do Vox é certo, mas ainda assim insuficiente.

A reunião magna das Nações Unidas revelou a debilidade da organização perante a crescente multipolaridade do mundo, houve mesmo ausências significativas, Macron, Rishi Sunak, Xi Jinping, Modi e Vladimir Putin.

A União Europeia está bem e recomenda-se, poderia ser o resumo do último estado da União de Ursula Von Der Leyen. A Presidente da Comissão defendeu o balanço da sua presidência e os desafios pelos quais passou, com destaque para a pandemia de Covid e a guerra na Ucrânia.

Em Portugal avaliou-se o estado do país quando o governo entrou no parlamento, trazia bons números da economia, das contas públicas e do desemprego, mas não só a dívida portuguesa foi reduzida, os salários aumentaram e o investimento externo bateu recordes. Para o governo, o futuro do país parece passar sobretudo pelo controlo do défice e da dívida.

A deceção de Zelensky e a reviravolta de Erdogan marcaram a Cimeira da Nato em Vilnius. Apesar da semântica de uma Ucrânia mais próxima da Nato, ela não obteve muito mais do que as intenções de há 15 anos em Bucareste, um convite quando os aliados concordarem e as condições forem cumpridas, dito de outro modo, quando respeitar padrões sobre a democracia e integração militar.

O relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP foi conhecido, elaborado e apresentado por uma deputada do PS é um documento longo, apesar disso está marcado por lacunas e ambições. Ignora por exemplo, o episódio no Ministério de João Galamba, com a demissão de um assessor, ameaças físicas e o envolvimento dos serviços secretos.

A morte de um jovem pela polícia, foi detonador de noites de violência em várias cidades francesas. Foram vandalizados edifícios, escolas, bibliotecas, mas também lojas, transportes públicos e carros particulares.

Dois dias para combater a pobreza no mundo e as alterações climáticas é manifestamente pouco face à magnitude do problema, mas foi exatamente o que aconteceu em Paris com vários Chefes de Estado e de Governo a constatarem como essas duas urgências estão relacionadas.

O mar voltou a encher-se de cadáveres de migrantes afogados na proximidade da Grécia, após o naufrágio do barco onde se encontravam. Algumas ONGS acusam a Agência Europeia Frontex de não ter socorrido a embarcação.

A capa deste livro, o livro branco do serviço público de rádio e televisão foi gerada através da inteligência artificial. Isto significa desde logo, que foi possível prescindir do trabalho de um ser humano e dos encargos financeiros dele decorrentes. É um mero exemplo do que aí vem, que suscita inúmeras questões e com milhões de empregos a estarem em causa, por exemplo.

Faz ideia da quantidade de plástico que ingere por semana? É algo equivalente a 5 gramas, mais ou menos um cartão de crédito ou de cidadão se quiser.

Racismo no futebol aconteceu mais uma vez, agora com o internacional brasileiro, Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, durante uma partida em Valência. Aos insultos protestou para acabar por ser expulso do terreno do jogo, A justiça espanhola abriu depois uma investigação aos alegados crimes de ódio e sete pessoas foram detidas.

O caso do Ministério das Infraestruturas continua a ensombrar o Governo Português. O despedimento de um assessor, por telefone, tornou-se no epicentro de versões contraditórias sobre o que se passou no gabinete de João Galamba e do papel de todos os que lá se encontravam, na noite dos factos.

A Rússia celebrou esta semana o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, o fim da segunda Guerra Mundial na Europa há 78 anos.

Um dia diferente de todos os outros no Reino Unido, a coroação de Carlos III que tem muito de simbolismo outro tanto de espetáculo. É seguramente uma interrupção no quotidiano de um país mergulhado em perturbações sociais, greves e até tensões separatistas.

Foi um 25 de abril diferente, polémico quanto baste. A presença de Lula da Silva nas comemorações não oficiais, serviu à extrema-direita, que usou a vinda do Presidente brasileiro para criar polémica e obter notoriedade noticiosa.

Lula da Silva em Portugal, numa visita de Estado rodeada de polémica, não apenas pela sua presença nas Cerimónias do 25 de Abril no Parlamento Português, que alguns partidos à direita criticam, mas e sobretudo, pelas suas declarações sobre a Guerra na Ucrânia, colocando o Brasil numa neutralidade que na prática, parece alinhada com Moscovo.

Uma fuga de informações dos serviços secretos norte-americanos caiu nas redes sociais e obriga que governos de todo o mundo tenham exolicações a dar, seja para justificarem certas ações, seja para as desmentirem.

Trump formalmente acusado. Israel, a democracia em risco. França, uma crise instalada. Tragédia em Lisboa, crime no centro Ismaili.

Xi Jinping esteve em Moscovo para reafirmar a aliança das autocracias e a amizade, sem limites, com Vladimir Putin.

Guerra e paz num mundo em recomposição. Receios de uma nova crise financeira. Macron, uma vitória amarga. BBC entre a liberdade de expressão e imparcialidade.

O tom e a rivalidade entre a China e os EUA estão a subir, com a Europa a ser atingida por ricochete.

Apesar dos apelos crescentes de vários países e organizações para negociações de paz entre russos e ucranianos, parece não haver ainda condições poara a sua concretização.

Rompeu-se o dique do silêncio! O Relatório da Comissão Portuguesa sobre Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, expôs, cruelmente, uma realidade de que todos suspeitávamos.

Após um violento sismo com as vítimas ainda a serem contabilizadas aos milhares, a tragédia na Turquia começa a adquirir uma dimensão política. Faltam quatro meses para um ato eleitoral que ditará o futuro do país de Erdogan e do seu partido. A gestão da crise é já alvo de imensas críticas e ela condicionará certamente as eleições de maio, mais a mais porque a Turquia já se encontrava debaixo de uma inflação galopante e com a sua moeda em queda livre.

O Papa visitou dois países africanos marcados pela instabilidade política e por conflitos armados. No Congo e no Sudão do Sul, Francisco procurou chamar a atenção do mundo para a situação dos refugiados, dos pobres e para a pilhagem de riquezas naturais.

Após semanas de impasse, pressões e hesitações, os países ocidentais decidiram fornecer à Ucrânia carros de combate modernos e com melhor capacidade ofensiva e com isso correm o risco de um envolvimento mais direto no conflito.

Na grande feira anual do poder planetário em Davos na Suiça, os riscos de curto prazo sobrepuseram-se à urgência em torno do aquecimento global e às estratégias para o combater.

A Covid inquieta a China, Brasil espantado com o assalto ao Palácio do Congresso, e a política de emigração de Biden.

A Covid inquieta a China, Brasil espantado com o assalto ao Palácio do Congresso, e a política de emigração de Biden.

Uma indemnização de uma gestora pública tornada escândalo, foi o rastilho de uma crise política. A ela, seguiram-se demissões no governo, uma remodelação a meio gás, avisos do Chefe de Estado, um debate de urgência no Parlamento, uma moção de censura e ameaças de um inquérito parlamentar: os ingredientes de um cocktail que está a agitar, e muito, a política portuguesa.

Vamos falar do jogo, desse desafio crucial para a nossa vida coletiva e com derrota certa se não mudarmos de hábitos, isto é, se não travarmos a perda de biodiversidade do planeta.

Enquanto andamos entretidos com o futebol, o início de uma nova guerra catastrófica para a Europa pode estar em curso. Foi isso que Emmanuel Macron alertou em Washington porque é de uma potencial guerra comercial com os Estados Unidos que se trata. Os sinais de alerta surgiram em Agosto quando Joe Biden aprovou um plano maciço de 365 mil milhões de euros em subsídios e créditos fiscais para produtos verdes feitos nos Estados Unidos e comprados também nos Estados Unidos.

O Mundial de Futebol fora do campo de jogo continua debaixo de uma avalanche de críticas. A Federação Alemã planeia acionar meios legais contra a FIFA, a Dinamarquesa admite deixar a organização.

O Mundial de Futebol no Qatar continua sob o fogo cruzado dos seus críticos a pouco mais de uma semana do início da competição. Compra de votos em 2010 e a questão dos direitos LGBT.

Os sinais são cada vez mais evidentes e não nos enganemos com estes dias de chuva em Portugal, há uma onda anormal de calor na Europa nesta altura. Ela é uma prova mais de que os esforços para limitar o aquecimento global continuam a ser insuficientes, eles deveriam ser a prioridade das prioridades da humanidade.

É um Brasil polarizado e tenso aquele que vota neste próximo domingo e escolhe entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Eles têm formas diferentes de estar na política e visões distintas da sociedade mas nenhum é uma novidade, um foi Chefe de Estado o outro é ainda o Chefe de Estado.

Liz Struss não sobreviveu no cargo, a sua demissão tinha-se tornado numa inevitabilidade. Sai de cena e anuncia uma eleição interna no partido para se encontrar um sucessor dentro de uma semana.

Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente que comenta tudo, terá feito um comentário a mais: Disse que o número de vítimas de abusos de menores pela Igreja portuguesa não é particularmente elevado.

À medida que se avolumam os escândalos de pedofilia na Igreja Católica Portuguesa, alguns como o Bispo do Porto, D. Manuel Linda, procuram atenuar a gravidade da situação.

Lula ou Bolsonaro, um deles será a escolha dos brasileiros para a presidência. Os restantes candidatos, outros nove, não conseguiram mais do que o papel de figurantes nesse duelo entre o ex-Chefe de Estado cessante e o ex-Presidente.

Vladimir Putin opta pela fuga para a frente.

Xi Jinping e Vladimir Putin voltaram a encontrar-se desta vez em Samarcanda na antiga República Soviética de Uzbequistão, ambos participaram na Cimeira de Organização e Cooperação de Xangai.

Foi, sem exagero, um dos maiores símbolos de uma Monarquia Constitucional. Apesar da idade, e de uma saúde deteriorada, manteve-se até ao fim no trono, mais de 70 anos depois de ter sido coroada.

A crise política regressa a Itália mas com consequências em toda a zona euro, encurralada à direita e à esquerda, Mário Draghi não resistiu aos intrincados jogos da vida política italiana onde tudo pode acontecer.

Uma onda de calor e temperaturas invulgares em vários países europeus traduziu-se numa vaga de incêndios em Portugal. Se é certo que o Primeiro-Ministro português fala num país com problemas estruturais e que existem há décadas, a intensidade do fenómeno meteorológico é consequência direta do aquecimento global como referem mais uma vez os cientistas.

Mário Ferreira, é alvo de um inquérito relacionado com a atribuição de fundos comunitários a empresas do seu grupo.

Em Portugal, Lisboa passou a ter três aeroportos de um dia para o outro, Portela, Montijo e Alcochete, mas o mesmíssimo governo que os anunciou num dia, deu o dito por não dito, horas depois revogando o que antes anunciara.

O partido de Emmanuel Macron perdeu a maioria absoluta e o parlamento ficou marcado pela entrada, em força, da extrema-direita e por uma oposição de esquerda diversa mas significativa, onde a faixa mais radical domina.

Sholz, Macro e Draghi foram a Kiev apoiar a candidatura imediata da Ucrânia à União Europeia.

Aos 96 anos, apesar da idade e de uma saúde deteriorada, Isabel II não pretende reformar-se.

A tragédia repete-se nos Estados Unidos, mais um massacre desta vez numa escola. Na semana passada falamos de um outro com outras motivações mas também com o seu cortejo de morte.

Houve mais um ataque em nome do ódio, desta vez em Buffalo nos EUA: 13 pessoas foram alvejadas, 10 morreram, quase todas negras.

A Finlândia anunciou que vai pedir a adesão à NATO e a Sécia pretende ir pelo mesmo caminho, algo que era previsível desde a ofensiva russa na Ucrânia.

As sondagens desta vez não se engaram, o eleitorado britânico penalizou os conservadores nas eleições locais em Inglaterra, País de Gales e Escócia.

A retórica de uma terceira guerra mundial voltou a surgir com Putin ameaçar contra-ataques com os seus novos mísseis supersónicos a quem crie ameaças à Rússia. Foi uma das respostas de Moscovo ao encontro de Ramstein na Alemanha, onde estiveram representantes de mais de 40 países da aliança ocidental.

As eleições francesas arriscam a pôr a UE numa encruzilhada. Pela primeira vez uma candidata de extrema direita pode tornar-se Presidente da República e com ela o futuro do projeto europeu fica claramente em causa.

As imagens espalham o horror, civis executados a tiro alguns com as mãos atrás das costas, corpos carbonizados e repletos de balas, cadáveres em valas comuns,

Vladimir Putin concretizou a ameaça: a compra de gás russo terá agora que ser feita através do pagamento em rublos e não mais em dólares ou euros, apesar dos contratos assinados assim o estipularem.

Uma maratona diplomática raramente vista: Cimeira Extraordinária da NATO, Reunião do G7, Cimeira Europeia. Iniciativas a tentar manter a unidade ocidental face ao desafio de Putin, a sua guerra contra a Ucrânia.

A guerra no leste europeu prossegue, agora com alguns pequenos sinais a surgir de um possível entendimento entre russos e ucranianos.

Há duas semanas o mundo mudou, e não necessariamente para melhor. Para lá do que vier ainda a acontecer entre o cenário do apaziguamento e uma tragédia planetária, a invasão russa da Ucrânia marcou o fim oficial do mundo uniploar, herdado da queda do Muro de Berlim.

Tentativas de atropelo à legalidade eleitoral, votos anulados, balbúrdia política, instituições a desentenderem-se, eleições a terem de se repetirem em Março.

Evitar a guerra no continente europeu está a gerar uma intensa atividade diplomática. Macron encontrou-se com Putin, Olaf Scholz com Biden, Duda, o Presidente Polaco, com Xi Jining.

Uma tentativa de golps de estado na Guiné-Bissau fracassou, o que é quase uma exceção numa região onde os militares parecem estar de regresso ao poder.

Não se pode falar de política em Portugal é dia de reflexão. Falamos então deste dia livre da propaganda e das notícias políticas, no que ele apresenta de anacronismo.

Boris Johnson enfrenta um escândalo a mais: o das festas em série na sua residência oficial de 1º. Ministro britânico, numa altura em que os restantes cidadãos suportavam mortes, constrangimentos e privações.

Intimidação militar e exigências feitas, isto de um lado. O outro a considerá-las inaceitáveis e a deixar ameaças de sanções económicas nunca vistas. É com este pano de fundo que se discute a segurança na Europa entre russos e norte-americanos, paradoxalmente sem a presença inicial dos principais interessados, os europeus, uma exigência de Vladimir Putin.

Portugal está em plena agitação política. Entre debates, entrevistas, comunicados, lutas pelo controlo do poder executivo após as eleições marcadas para o final deste mês. É um tempo de promessas, de esgrima e de argumentos, de agitação de bandeiras, de propaganda e até mesmo de alguns golpes baixos.

Balanço do Ano 2021

O combate à corrupção é um dos temas centrais da Cimeira pela Democracia, um encontro virtual entre governos de diferentes países, organizado pelos EUA.

Ambiente mais tenso do que o habitual no leste europeu. Kiev, Bruxelas, Washington e a Nato em geral, denunciam intensas atividades militares russas suspeitas, na próximidade da fronteira com a Ucrânia.

Os sociais democratas portugueses escolhem quem será o seu candidato a primeiro-ministro nas eleições legislativas de final de Janeiro. É o culminar de uma luta intensa que teve momentos de psico-drama e espelha formas distintas de fazer oposição aos socialistas, embora Rui Rio e Paulo Rangel façam ambos um diagnóstico negativo da atual governação.

A Europa é de novo o centro da epidemia de Covid-19, o número de contaminações subiu vertiginosamente. Nestas últimas semanas particularmente no Centro e no Leste Europeu, onde a resistência à vacina é mais forte. A sua rejeição tem sido um argumento de alguma extrema direita

A tensão está a aumentar na fronteira entre a União Europeia e a Bielorrússia, com riscos de poder derrapar num conflito violento e com os países da aliança atlântica a apoiar um lado e a Rússia, o outro.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou eleições legislativas para dia 30 de Janeiro. É a consequência da crise surgida pela não aprovação do último Orçamento de Estado.

Os Pandora Paper

A paisagem política portuguesa mudou há uma semana. Globalmente, os socialistas venceram, mas a perda de várias cidades importantes, sobretudo Lisboa, conquistada pelo centro-direita, tem um valor simbólico e dão uma perceção diferente ao resultado eleitoral. Potenciam até outras dinâmicas políticas.

A América eo mundo mudaram há 20 anos, o ataque terrorista a 11 de setembro de 2001 lançaram os Estados Unidos numa longa guerra ao terror. No Afeganistão os talibãs estão de regresso ao poder.

Os cidadãos europeus começam a sentir cada vez mais no bolso o custo da electricidade.