Balada musical

Depois de uma pausa de oito anos, Xavier de Rosnay e Gaspard Augé estão de volta à cena musical. “Hyperdrama”, o novo disco da dupla, promete chacoalhar os palcos dos festivais neste verão.

Queridinhos do techno na França, Justice conheceu um imenso sucesso planetário de forma precoce, com o hit “We are your friends”, no início dos anos 2000. No entanto, o aclamadíssimo primeiro álbum da dupla, “Cross”, em 2007, envolveu De Rosnay e um Augé em uma polêmica por conta da faixa “Stress”, cujo vídeo mostra jovens pretos e árabes da periferia vandalizando Paris. As justificativas dos músicos foram insuficientes para acalmar as críticas e acusações, comprometendo os anos seguintes da carreira da do grupo.

Com “Hyperdrama”, lançado no final de abril, Justice volta à ativa propondo um dançante álbum com 13 faixas que navegam entre muitos estilos musicais – do heavy metal ao house anos 1990. O novo trabalho também aposta em muitas parcerias: com o neo-zelandês Connan Mockasin, o americano Thundercat, a dupla The Flint, e os reis do indie psicodélico, os australianos do Tame Impala. 

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O Balada Musical homenageia nesta edição a rainha da percussão, a americana Sheila E. A artista lançou neste mês o sensacional álbum "Bailar", em homenagem às estrelas da salsa.

Frequentemente lembrada como a "musa rítmica" de Prince, Sheila E. está na estrada há 50 anos, performando junto a ícones do jazz e R&B como George Duke e Marvin Gaye. Em 1985, a percussionista ficou conhecida em todo o planeta ao participar da célebre gravação da faixa "We are the World", composta por Michael Jackson e Lionel Richie para o projeto "USA for Africa", dentro da campanha e arrecadação de fundos para o combate à fome no continente africano.

Ao longo das décadas, Sheila E. se impôs como uma das maiores percussionistas da latin music. Após uma pausa de cinco anos, "Bailar", seu nono álbum, acaba de sair do forno e homenageia grandes estrelas, como o americano Tito Puente e a cubana Celia Cruz. Entre as dez faixas, está uma original releitura de "Bemba Colorá" - célebre hino antirracismo dos anos 1960 - interpretado no disco por Sheila E. em parceria com Gloria Estefan e Mimy Succar.

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Deusa da música, “queen” do R&B e do pop francês, ídola da juventude europeia: são múltiplas as fórmulas escolhidas pela imprensa especializada para descrever a cantora Aya Nakamura. Artista francesa mais ouvida no mundo, ela contabiliza seis bilhões de escutas nas plataformas musicais.

Aos 27 anos e 10 de carreira, tudo o que Aya Nakamura toca vira ouro... ou diamante! Seu segundo álbum, lançado em 2018, vendeu mais de 1,2 milhão de cópias e rendeu a prestigiosa certificação Disco de Diamante. Neste ano, a estrela recebeu a estatueta de melhor artista feminina no "Victoires de la Musique", a principal premiação da indústria da música na França.

Recentemente Aya se viu no centro de uma polêmica. Cotada para cantar na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em julho,ela foi alvo de ataques racistas por parte de grupos e políticos da extrema direita. Enquanto o mistério sobre a participação de Aya no evento persiste, o Balada presta homenagem à essa brilhante artista destacando sua mais nova faixa, “Hypé”.

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A carreira do icônico rapper francês MC Solaar atravessa décadas. Um dos maiores representantes do movimento hip-hop no país, o artista acaba de lançar o seu nono álbum.

Meados dos anos 1980, o rap chegava à França e se popularizava graças ao programa H.I.P H.O.P, apresentado por Sidney, um dos primeiros negros na televisão francesa. Desta geração surge MC Solaar ou Claude Honoré M’Barali, jovem de origem chadiana radicado na periferia de Paris.

Com a dançante faixa “Bouge de là”, lançada em 1990, MC Solaar conquista a França. Desde o fenomenal “Qui sème le vent recolte le tempo”, em 1991, foram nove álbuns. O último deles, “Triptyque: Lueurs celestes”, acaba de ser lançado. É dele que sai a faixa “Pierre-feuille”, entre rap e baile funk, uma aposta ousada que anima essa edição do Balada Musical.

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Com apenas 23 anos, a cantora e compositora britânica Arlo Parks é um furacão do indie soul. Na estrada há cinco anos, a jovem artista já lançou dois álbuns e acumula fãs entre a Gen Z. 

Daniella Franco, da RFI

Tudo começou com a faixa "Cola", lançada por Arlo Parks em 2018, em que a cantora aborda as dores de uma traição de forma delicada e poética. A voz aveludada e a sensibilidade da cantora, regadas a uma moderna batida trip hop, conquistaram fãs entre as novas gerações.

O primeiro álbum da britânica, “Collapsed in Sunbeams", chegou a ser o terceiro mais tocado no Reino Unido e ganhou o Mercury Prize de melhor disco em 2021. O trabalho também rendeu três indicações da Arlo para o Brit Awards, a principal premiação de música no Reino Unido. 

Em 2023, a artista lançou seu segundo álbum, "My Soft Machine", em que aposta em parcerias com outros jovens talentos da cena pop, como Phoebe Bridgers e Lous and the Yakuza. É neste disco que está a faixa “I’m sorry”, em destaque na playlist da Programação Musical da RFI. 

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Um dos maiores combos musicais de jazz-funk da França, o coletivo Cotonete é uma história de amizade, com forte inspiração no samba-rock brasileiro. A banda lançou recentemente um novo álbum com uma versão de um clássico de Jorge Ben Jor e com grandes parcerias, entre elas, a da cantora Sabrina Malheiros.

Daniella Franco, da RFI

Liderados pelo saxofonista Frank Chatona e o tecladista Florian Pellissier, os oito integrantes da Cotonete não são apenas talentosos veteranos dos palcos, mas grandes amigos. Após participarem de diversos projetos musicais na França nas últimas décadas, a paixão pelo jazz-funk os uniu em um coletivo formado em 2004, mas que lançou seu primeiro álbum apenas em 2019.

A espera valeu a pena! Transitando entre o jazz de Herbie Hancock e o funk da Band Black Rio, Cotonete tem, dentro deste estilo, uma produção musical inigualável na França.

Em seu novo disco, “Victoire de la musique” o grupo traz nove faixas de puro groove tropical e uma nostálgica viagem aos anos 1970, com parada obrigatória no Brasil. A Programação Musical da RFIdá destaque à faixa “Bebete Vãobora”, uma criativa versão de um clássico de Jorge Ben Jor, com vocais da carioca Sabrina Malheiros. 

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Fundado pelos parisienses Loic Fleury e Jules Pacotte, o duo Isaac Delusion é uma unanimidade na França. Propondo um french touch com uma pitada de electro londrino, o grupo se impôs rapidamente na cena musical e conquistou fãs em todo o mundo.

Isaac Delusion causou furor em 2012 com o EP Midnight Sun, que alavancou a dupla para uma carreira internacional. Em pouco mais de uma década, foram quatro discos produzidos, entre eles, “Lost and Found”, lançado no último mês de janeiro. 

O álbum é o resultado de um minucioso trabalho realizado durante a pandemia de Covid-19. Ao todo, são 10 faixas, muito mais relax, algumas um tanto melancólicas, que refletem uma nova fase do grupo. A música escolhida pela programação musical da RFI, “All Day", conta com a participação da cantora franco-filandesa Olivia Mehrilati, uma das metades da banda The Do. 

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Músico, ator, cineasta e estilista, Baloji - que significa "feiticeiro", em suaíli - é um dos artistas mais originais da playlist da RFI. O rapper belgo-congolês lançou recentemente a faixa "Mujila-Gorgone", junto com a cantora americana Jamila Woods.
 

Baloji Tshiani nasceu em 1979 em Lubumbashi, na República Democrática do Congo, mas se mudou com a família e cresceu em Liège, na Bélgica. Fundador da mítica banda de rap Starflam, chegou a abrir os shows do Rage Against the Machine e os Beastie Boys nos anos 2000.

Em 2004, a Starflam se separa e Baloji dá início à uma carreira solo de sucesso. Seu primeiro álbum solo, Hotel Impala, recebe um disco de ouro e muitas recompensas. Atualmente, após quatro discos lançados, o artista investe nas telonas. 

O primeiro longa de Baloji, “Augure”, quase foi para a shortlist dos filmes estrangeiros selecionados para o Oscar. Da trilha sonora do filme faz parte a música interpretada com Jamila Woods, em destaque na programação musical da RFI. 

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Projeto fundado em 2003 pelos franceses Marc Collin e Olivier Libaux, a Nouvelle Vague aposta em uma volta à cena musical com um sétimo álbum. Após alcançar um imenso sucesso fazendo releituras de clássicos dos anos 1970 e 1980, a banda fez uma longa pausa, mas promete atrair novamente os holofotes.

Ousada e cativante, a Nouvelle Vague conquistou os corações de roqueiros saudosistas das décadas passadas, com propondo versões em ritmo de bossa nova, soul e pop de hits míticos do Joy Division, Depeche Mode, The Cure, Echo and the Bunnymen, entre outros. Os dois primeiros álbuns da banda, “Nouvelle Vague”, lançado em 2004, e “Band à Part”, de 2006, levaram o grupo ao estrelato com as criativas releituras nas vozes de Camille, Mélanie Pain, Nadeah Miranda, Marina Celeste, Phoebe Killdeer e a cantora brasileira Eloisia.

No entanto, após o lançamento do disco “I Could Be Happy”, em 2016, a morte de Olivier Libaux - imensa perda para o setor musical francês – levou a banda francesa a sair de cena durante oito anos. Marc Collin promete dar um novo capítulo ao grupo com o novo álbum, “Should I Stay or Should I Go”, nome de um clássico do The Clash. Do novo disco fará parte uma versão de “Only You”, do duo britânico de synth-pop Yazoo, lançada recentemente pela Nouvelle Vague e em destaque na programação musical da RFI.

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Misturando sua jovialidade e uma voz comparada à de Caetano Veloso com ritmos old school, Gabriel da Rosa conquista saudosistas da velha guarda da bossa e do samba e das novas gerações.

Gabriel da Rosa nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, imerso na música graças a um pai DJ – mesma carreira que o músico gaúcho vai seguir ao se mudar para Los Angeles. Uma verdadeira reviravolta ocorre na vida de Gabriel quando ele conhece o DJ Peanut Butter Wolf, grande fã de música brasileira.

O encontro levou o músico brasileiro a despontar e apostar em sua própria bossa e samba, de inspiração tradicional, mas com um toque contemporâneo. Seu primeiro álbum, “É o que a casa oferece”, lançado em 2023, nos leva à época de ouro da bossa nova, quando o ritmo se misturou ao jazz e foi exportado para todo o mundo.

Em seu novo single, “Cafuné”, Gabriel se juntou ao compositor e arranjador de cordas Laurence Hill. A faixa foi escrita para a trilha sonora do filme “All Happy Families”, da diretora americana Haroula Rose, e não passou despercebida pela Programação Musical da RFI. Para ouvir o podcast completo, aumente o som!

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Formado por dois ex-membros do Radiohead, Thom Yorke e Jonny Greenwood, e pelo baterista Tom Skinner, o trio The Smile lançou seu segundo álbum nesta sexta-feira (26). Com faixas milimetricamente elaboradas, o complexo "Wall of Eyes" leva admiradores do Radiohead ao delírio.

No total, são oito faixas regadas às letras poéticas e à voz inigualável de Thom Yorke. O novo disco do The Smile traz também arranjos minuciosos e faixas contemplativas, que transitam entre jazz e rock, e resultam em um trabalho muito mais refinado do que o álbum anterior, “A Light for Attracting Attention”. 

No entanto, para a crítica, o álbum peca por sua falta de novidade: várias das músicas de "Wall of Eyes" já haviam sido apresentadas nos shows do The Smile nos últimos anos. Entre as oito faixas, apenas duas não eram conhecidas do público: “You know me” e “I Quit”. Por outro lado, o disco é uma garantia de que pelo menos dois membros do Radiohead não pretendem pendurar as chuteiras tão cedo. 

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Contagem regressiva para 2024! O Balada Musical traz uma seleção especial de músicas para animar o Réveillon. A jornalista Daniella Franco e o programador musical Hugo Casalinho apresentam uma compilação das melhores faixas selecionadas pela RFI ao longo deste ano para fazer a festa. Aumente o som!

Da fase latina do grupo cult francês La Femme ao dançante psicodélico trio de Nova York Say She She, sem esquecer de Kaytraminé – o novo projeto do DJ e produtor canadense Kaytranada com o rapper Aminé – a trilha sonora de Ano Novo está garantida!

O Balada de Réveillon também passa pelo Brasil e traz um dançante remix de João Selva pelo coletivo francês Voilaaa e vai à África para esquentar a pista de dança com o afrobeats da sul-africana Tyla. Feliz 2024!

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Neste fim de semana natalino, o Balada Musical traz uma seleção especial de músicas para animar a ceia e as trocas de presentes. A jornalista Daniella Franco e o programador musical da RFI Hugo Casalinho apresentam clássicos, faixas alternativas e os melhores lançamentos de Natal.

Da rainha do soul, Sharon Jones, à rainha do jazz, Norah Jones, não esquecendo de hits icônicos na voz de Ella Fitzgerald e "Christmas", o primeiro álbum natalino de Cher, o Balada Musical pega carona no trenó do Papai Noel.

Para quem prefere um Natal mais alternativo, há também versões de canções tradicionais pelos roqueiros do Idles e do Shame, sem esquecer da mensagem de paz da estrela do funk James Brown. Aumente o som!

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O programa Balada Musical chega à sua centésima edição, após mais de dois anos no ar. Para comemorar, a jornalista Daniella Franco e o programador musical Hugo Casalinho apresentam as faixas brasileiras que animaram as playlists da RFI em 2023.

Criado em 2021, o Balada Musical pode ser conferido a cada sábado no programa da RFI Brasil. O objetivo é apresentar aos ouvintes e internautas artistas e bandas do mundo inteiro selecionados pela Programação Musical da RFI.

Mas a centésima edição do Balada Musical homenageia exclusivamente o Brasil. Do fenômeno Marina Sena ao jovem quarteto Bala Desejo, passando por Chico Buarque e Emicida interpretando Wilson das Neves e a releitura de Djavan por Hamilton de Holanda, o programa número 100 é embalado apenas por ritmos brasileiros. Aumente o som!

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A cantora egípcia Nour tem apenas 21 anos, mas vem chacoalhando a cena musical do país. Propondo um hipnótico synth-pop regado a sua voz aveludada, a jovem desponta como um dos novos talentos do electro underground árabe.

Ao longo dos últimos meses, Nour vem divulgando a conta-gotas suas criações por meio das redes sociais e das plataformas musiciais. O EP “Daydreamer”, lançado no início do ano, talvez seja um indício de que seu primeiro álbum esteja a caminho.

Recentemente uma parceria com o produtor musical egípcio Kubbara rendeu o etéreo single “Wana”, que ganhou destaque na Programação Musical da RFI. Cantado em árabe, o hit traslada entre o electro e o jazz e sua poética letra fala de empatia, “como se estivéssemos todos no mesmo barco”, segundo palavras da própria cantora.

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Muziwakhe McVictor Mazibuko, também conhecido como o “Zulu Skywalker”, é um dos artistas mais proeminentes da atual cena musical sul-africana. O afrofuturista de 32 anos faz parte da geração pós-apartheid que está revolucionando a cultura do país, e criou seu próprio estilo, a “Zulu House”.

Misturando sonoridades como o “bubblegum”, o maskandi, o kwaito, além da isicathamiya, Muzi vem traçando uma carreira brilhante e fazendo parcerias de peso. Artistas como Stormzy, Kaytranada, Damon Albarn e Chris Martin colaboram com o músico sul-africano que encanta e soma fãs por onde passa.

O “Zulu Skywalker” lançou em outubro seu quinto álbum, “uMuzi”, que já acumula dezenas de milhares de escutas nas plataformas musicais. Entre as faixas do novo disco está “Light”, composta pelo artista em homenagem à sua mãe e que conquistou também a Programação Musical da RFI.

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Criado pela cantora argentina Leonor Harispe, o grupo Cuarteto Tafi propõe uma mistura de vocal portenho com world music. A banda, que se prepara para o lançamento de seu quarto álbum, lançou recentemente um single em defesa da floresta amazônica.

Baseado em Toulouse, no sudoeste da França, o trabalho do quarteto é uma confluência de ritmos argentinos com flamenco, jazz e rock para contar histórias de exílio, lutas, amor e amizades, com letras poéticas e a melódica voz de Leonor Harispe. Ela é acompanhada de Ludovic Deny no bouzouki, Matthieu Guenez na guitarra e no dud, e Frédéric Theiler na percussão.

O quarto álbum da banda, “El Infinito Amor”, está previsto para o início de 2024. Deste trabalho fará parte a faixa “Vuelven”, sobre os caminhos do exílio forçado, além do novo single “Manaos Amazonas”, um apelo em nome da floresta, em destaque na programação musical da RFI. 

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O trio Gilsons tem pouco mais de cinco anos de carreira, mas já dispensa apresentações. "Nepo babies" da família Gil, os três músicos se assumem como herdeiros, mas sem deixar de reivindicar sua legitimidade como artistas. As milhões de escutas nas plataformas musicais e os ingressos esgotados de suas turnês são a prova de que o grupo é a nova cara da MPB.

O grupo Gilsons é formado por um dos filhos de Gilberto Gil, José, e dois netos, Francisco e João. Crescendo e vivendo neste privilegiado meio musical, eles reconhecem o peso da herança que carregam. Mas, ao mesmo tempo em que tentam se desvencilhar das comparações, eles sabem inovar criando o seu próprio estilo: uma mistura de samba, rap, funk, afoxé e pop que conquistou o coração do público brasileiro. 

Com o primeiro álbum, “Pra Gente Acordar", que saiu em 2022, o trio realiza uma grande turnê europeia neste momento, passando por Paris dia 16 de novembro. Enquanto colhem os louros deste brilhante trabalho, Gilsons apostam em novos lançamentos, como o single “Céu Rosé”, uma parceria com os mineiros do Lagum que promete emplacar nas plataformas musicais. 

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Baseado em Tours, no centro da França, o coletivo francês Cluster Ensemble não tem um estilo preciso, mas não esconde sua admiração pela música brasileira. O grupo lançou recentemente uma original versão de "Aquele Abraço", um monumento da MPB.

“De chanson française ao rap, do flamenco ao samba, do chaabi ao baile funk”, o universo de Cluster Ensemble é tão eclético quanto sua formação. No total, são cerca de 20 integrantes, com origens, trajetórias e preferências variadas. O líder do grupo, o franco-brasileiro Raphaël Guattari, falou à RFI que prioriza as individualidades dos integrantes: "cada um contribui fazendo música do jeito que gosta".

Foi dentro desta ideia que surgiu a versão de "Aquele Abraço", com uma melodia adaptada e uma letra cantada em francês. Na releitura de Cluster Ensemble, a música trata, segundo Guattari, "de coisas que precisam ser esquecidas para que um determinado objetivo seja alcançado". A faixa fará parte do primeiro álbum da banda, que será lançado em novembro. 

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A cantora francesa Ehla vem de uma família de músicos. Irmã mais velha da estrela do pop Clara Luciani, ela é menos famosa, mas não menos talentosa.

A carreira de Léa Luciani – ou simplesmente Ehla – teve início em 2013, após a vitória no programa de talentos Popstars na TV francesa. Regada a um estilo que mistura pop, r&b e soul, sua voz lasciva e profunda conquistou rapidamente o público.

Em 2020, graças à faixa “Pas d’ici”, integrada à trilha sonora da série "Emily in Paris", Ehla despontou para o mundo. Seu primeiro álbum, “Pause”, lançado neste ano, foi aplaudido pela crítica. É dele que sai a faixa escolhida pela programação musical da RFI, “Le dessert em premier”. Aumente o som!

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Foram sete longos anos de pausa na carreira solo, mas, ao que tudo indica, o cantor Lescop ou Mathieu Peudupin – seu verdadeiro nome – está de volta. O artista lançou recentemente um novo single que pode ser um indício de seu aguardado terceiro álbum. 
 

Lescop está na estrada desde os anos 1990, mas foi o hit "La Forêt", de 2011, que atraiu os holofotes ao cantor. Comparado a Ian Curtis – o legendário vocalista do Joy Division – Mathieu Peudupin ganhou destaque na cena underground da França com seu primeiro álbum. No entanto, seu segundo disco, "Echo", lançado em 2016, foi metralhado pela crítica, afastando o artista francês da carreira solo.

Durante esse período, Lescop chegou até a montar uma nova banda de post-punk, Serpent, que não vingou. Quando se começava a especular sobre a possibilidade de um prematuro fim de carreira, Lescop surpreendeu ao lançar no final de setembro um novo single, "Radio". A faixa, gravada e mixada pelo famoso engenheiro de som britânico Ash Workman, é um dos destaques da programação musical da RFI. Confira e aumente o som!

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O maliano Sidiki Diabaté vem de uma aclamada família de músicos e é conhecido na África como "o príncipe da kora", instrumento da cultura mandinga. Sua nova faixa, “Nankama”, é uma ode à alegria em um momento em que a classe artística do Mali é penalizada pela crise política e as reviravoltas diplomáticas.

Nesta canção autobiográfica, Diabaté aborda seu próprio destino: uma estrela adorada e que lota estádios em suas apresentações no Mali. O cantor tem um show previsto em Paris no próximo 17 de novembro, mas devido ao bloqueio da emissão de vistos a cidadãos do país pela França, ele não sabe se será possível cumprir seu compromisso. 

A programação musical da RFI presta solidariedade à Sidiki Diabaté e espera que "Nankama" não se limite às fronteiras do mundo. Aumente o som! 

Um dos protagonistas da série de TV francesa “Salada Grega”, Aliocha Schneider também desponta na música, com composições folk românticas e intimistas. Pupilo do diretor Cédric Klapisch, o artista se prepara para lançar seu terceiro álbum e revelou recentemente uma das faixas do novo disco, “Avant Elle”.

Prestes a completar 30 anos, o franco-canadense Aliocha Schneider aposta em uma carreira no cinema, na TV e vem se firmando também na música, como um novo talento do folk. Originário de uma família de artistas, ele compõe desde os 16 anos, inspirado em Nick Drake, John Lennon e Bob Dylan.

Habitué da cena underground, esse jovem talento ficou famoso recentemente ao estrelar em “Salada Grega”, série de Cédric Klapisch, sequência da célébre trilogia "Albergue Espanhol", "Bonecas Russas" e "Enigma Chinês". A parceria entre os dois parece ter dado tão certo que é o próprio cineasta francês que assina o videoclipe da sentimental “Avant Elle”, novo single de Aliocha Schneider, em destaque na programação musical da RFI.

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