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Este é o Opará. Nasceu livre, negro e forte como o sonho dos nossos ancestrais. O programa, tocado por Zane do Nascimento, apoia-se no estilo narrativo, percorrendo histórias junto a povos e comunidades tradicionais. Quinzenalmente, às segundas-feiras, independente. Escreva pra gente. E-mail: oparapodcast@gmail.com Siga-nos nas redes sociais. Instagram: oparapodcast

12 - Mulungu | 4. Negras Antropologias (Parte II)
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  • 12 - Mulungu | 4. Negras Antropologias (Parte II)

    Na segunda parte do bate-papo, Marina Fonseca e Lucas Coelho a partir da experiência acumulada junto a coletivos negros da pós-graduação continuam a pensar a importância da Política de Ações Afirmativas. Lucas conta sobre sua inserção na antropologia da imagem e, por sua vez, Marina situa-se nas encruzas enquanto antropóloga-anarquista-ciclista-podcaster.

    Em 2021, realizou-se em Glasgow, na Escócia, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, por conta disso, abriu-se no país muitas discussões acerca dos direitos socioambientais, culturais e territoriais dos povos e comunidades tradicionais. O episódio em si foi uma oportunidade de escutar o Lucas, mestre e doutor em antropologia pela UnB, compartilhar sua experiência na elaboração de um contra-estudo antropológico, produzido pelo Centro de Defesa Ferreira de Sousa, na cidade de Teresina- PI.

    Fechando o episódio, ouvimos Marina Fonseca, doutoranda em antropologia pelo Museu Nacional, elaborar reflexões sobre a agenda do bem-viver, teorias do decrescimento e o giro ecoterritorial desde a América Latina, de maneira muito leve e didática. Inclusive, a Marina convidou a acompanhar o programa “Conversas da Kata”, também tocado por ela aqui na podosfera, que conta com uma série dedicada ao tema.

    ||| FICHA TÉCNICA

    Roteiro: Lucas, Marina, Hellen e Zane

    Produção: Zane e Hellen

    Gravação: Marina Fonseca

    Edição de som: Zane

    Redes Sociais: @oparapodcast e @oficinaescrevivencias

    Realização: Podcast Opará, Oficina Escrevivências e Diretoria da Diversidade (DIV/UnB)

    Agradecimentos especiais: À Marina Fonseca pelo apoio técnico (gravação) e ao Lucas Coelho pelas sugestões das pautas.

    ||| REFERÊNCIAS

    AMADO, Luiz Henrique Eloy (Terena). Vukapánavo: O despertar do povo Terena para os seus direitos. Movimento indígena e confronto político. Rio de Janeiro: E-papers, 2020.

    AMADOR DE DEUS, Zélia. Caminhos trilhados na luta antirracista. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

    GRUPO DE TRABALHO ANDRÉ REBOUÇAS-UFF: 43 anos do GTAR: “ainda” em busca de um espaço - Luena Nascimento. Disponível no Acervo do CULTNE TV e no Youtube.

    FERREIRA, Joelson; FELÍCIO, Erahsto. Por Terra e Território: caminhos da revolução dos povos no Brasil. Arataca (BA): Teia dos Povos, 2021.

    FONSECA, Marina de Barros. Retomando o que é nosso!: Uma análise das retomadas de terra dos Terena de Buriti. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)—Universidade de Brasília (Unb), Brasília, 2021.

    PEREIRA, Lucas Coelho. Os reis do quiabo: Meio ambiente, intervenções urbanísticas e constituição do lugar entre vazanteiros do médio Parnaíba em Teresina-Piauí. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)—Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2017.

    SOLÓN, Pablo. Bem Viver, decrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos da Mãe Terra e desglobalização. São Paulo: Elefante, 2019.

    SANTINI, Daniel; SANTARÉM, Paíque; ALBERGARIA, Rafaela (Orgs.). Mobilidade Antirracista. São Paulo: Autonomia Literária, 2021.

    SANTOS, Milton. Geografia e planejamento: o uso do território - geopolítica. Revista Eletrônica: Tempo-Técnica-Território. v. 2 n. 2, p. 1-49, 2011.

    SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, Quilombos: modos e significados. Brasília: INCTI-UnB, 2015.

    Wed, 29 Dec 2021 - 35min
  • 11 - Mulungu | 4. Negras Antropologias (Parte I)

    Neste último episódio da série Mulungu, que por conta de todo bate-papo gostoso foi dividido em duas partes, nos reunimos com Marina Fonseca, mineira radicada em Brasília, antropóloga e podcaster, e Lucas Coelho, piauiense, antropólogo e brincante de boi, que tecem seu fazer antropológico para além do par objeto-pesquisador/a, afirmando a necessidade de uma antropologia militante, engajada e comprometida com os povos e comunidades tradicionais.

    Ambos se conheceram na realização do primeiro “Negras Antropologias”, evento ocorrido em 2017 que marcou a criação do Coletivo Zora Neale Hurston, na UnB. Marina e Lucas estabelecem um rico diálogo contemplando suas trajetórias acadêmicas, destacando a importância da Política de Ações Afirmativas, das/os docentes universitários negras/os, de colegas que os/as antecederam que foram fundamentais na entrada e permanência de jovens negras/os na pós-graduação pelo país.

    As participações de hoje contemplam a potência da organização política das/os intelectuais negras/os que não se dobram ao academicismo. Este episódio de fechamento da série Mulungu é carregado de nostalgias, e também fôlego para continuarmos. Ao fechar essa importante iniciativa, podemos dizer aqui que a semente Mulungu germinou.


    ||| FICHA TÉCNICA

    Roteiro: Lucas, Marina, Hellen e Zane

    Produção: Zane e Hellen

    Gravação: Marina Fonseca

    Edição de som: Zane

    Redes Sociais: @oparapodcast e @oficinaescrevivencias

    Realização: Podcast Opará, Oficina Escrevivências e Diretoria da Diversidade (DIV/UnB)

    Agradecimentos especiais: À Marina Fonseca pelo apoio técnico (gravação) e ao Lucas Coelho pelas sugestões das pautas.

    ||| REFERÊNCIAS

    AMADO, Luiz Henrique Eloy (Terena). Vukapánavo: O despertar do povo Terena para os seus direitos. Movimento indígena e confronto político. Rio de Janeiro: E-papers, 2020.

    AMADOR DE DEUS, Zélia. Caminhos trilhados na luta antirracista. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

    GRUPO DE TRABALHO ANDRÉ REBOUÇAS-UFF: 43 anos do GTAR: “ainda” em busca de um espaço - Luena Nascimento. Disponível no Acervo do CULTNE TV e no Youtube.

    FERREIRA, Joelson; FELÍCIO, Erahsto. Por Terra e Território: caminhos da revolução dos povos no Brasil. Arataca (BA): Teia dos Povos, 2021. 

    FONSECA, Marina de Barros. Retomando o que é nosso!: Uma análise das retomadas de terra dos Terena de Buriti. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)—Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2021.

    PEREIRA, Lucas Coelho. Os reis do quiabo: Meio ambiente, intervenções urbanísticas e constituição do lugar entre vazanteiros do médio Parnaíba em Teresina-Piauí. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)—Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2017.

    SOLÓN, Pablo. Bem Viver, decrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos da Mãe Terra e desglobalização. São Paulo: Elefante, 2019.

    SANTINI, Daniel; SANTARÉM, Paíque; ALBERGARIA, Rafaela (Orgs.). Mobilidade Antirracista. São Paulo: Autonomia Literária, 2021.

    SANTOS, Milton. Geografia e planejamento: o uso do território - geopolítica. Revista Eletrônica: Tempo-Técnica-Território. v. 2 n. 2, p. 1-49, 2011.

    SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, Quilombos: modos e significados. Brasília: INCTI-UnB, 2015.

    Tue, 28 Dec 2021 - 27min
  • 10 - Mulungu | 3. Das nossas escrevivências

    No terceiro episódio da Série Mulungu, aquilombamos com outras duas escritoras negras que marcam a nossa trajetória enquanto extensionistas universitárias para falar sobre algo que amamos: palavra preta. Waleska Barbosa, jornalista, ativista, e Débora Rita, mais conhecida como Mc Debrete, escritora, produtora cultural e rapper, que compartilharam seus processos na condição de escritoras publicadas, inicialmente, de forma independente, sem perder de vista o fazer artístico de mulheres negras. É um bate-papo necessário que entrelaça temas como o amor, a importância de espaços de produção e acolhida para escritoras e artistas negras, o apoio do fazer artístico negro feminino em suas comunidades, entre outros diálogos.

    “Das Nossas Escrevivências”, o título deste terceiro episódio, que chega em plena data do aniversário da escritora Conceição Evaristo, é marcado por uma interlocução genuína criada em um espaço seguro no qual nossas trajetórias denotam a força e intento de uma agenda em comum. Assim como os episódios anteriores, este também é carregado de ancestralidade e, de maneira particular, por uma sensibilidade compartilhada de maneira singela.

    Essa iniciativa é apoiada pelo edital universitário “Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade” da Diretoria da Diversidade da Universidade de Brasília (DIV/ UnB).


    ||| Ficha Técnica

    Pesquisa, entrevista e roteiro: Zane e Hellen

    Produção: Hellen

    Edição de som: Zane

    Redes Sociais:@oparapodcast e @oficinaescrevivencias

    Realização: Podcast Opará, Oficina Escrevivências e Diretoria da Diversidade (DIV/UnB).

    ||| Trilha:

    “O grito das esquecidas” Debrete

    “Maré Mansa” / As Ganhadeiras de Itapoã

    Obras das convidadas:

    RITA, Débora. Cartas para NegraLua. Brasília: Padê Editorial:Cole-sã Escrevivências, 2018.

    BARBOSA, Waleska. Que o nosso olhar não se acostume às ausências. Brasília: Primeira edição independente, 2019.


    |||Outras referências bibliográficas:

    ANGELOU, Maya. Cartas para a minha filha. Rio de Janeiro: Agir, 2019.

    bell hooks. Erguer a Voz. Tradução de Cátia Bocaiúva Maringolo. São Paulo: Elefante, 2019.

    MUNIZ, Fernanda. A saudade é mulher. Brasília: Padê Editorial:Cole-sã Escrevivências, 2018.

    CÁRDENAS, Teresa. Cartas para minha mãe. Rio de Janeiro: Pallas, 2020.

    RIBEIRO, Djamila. Cartas para minha avó. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2021.

    PIMENTA, Nanda Fer. Sangue. Brasília: Padê Editorial. Cole-sã Odoyá, 2018.

    SOUTO, Kati. Escura Noite. Brasília: Padê  Editorial. Cole-sã  Escrevivências, 2018.

    SENA, Kika. Periférica. Brasília: Padê Editorial, 2017.

    Documentário: AmarElo- É tudo pra ontem. Direção: Fred Ouro Preto. Disponível na plataforma de streaming Netflix.

    Mon, 29 Nov 2021 - 1h 09min
  • 9 - Mulungu | 2. Encruzilhada dos saberes

    No segundo episódio da série Mulungu, reunimos três convidadxs: Aline Stéfany Rezende, Camila Cruz e Pedro Henrique Pereira, que compartilharam diálogos necessários sobre arte, cultura e educação.

    Encruzilhada dos saberes, título deste episódio, sugere bem a importância de repensar os conhecimentos a partir dos fundamentos ancestrais negros. Além da poética carregada de sensibilidade política, temas como pertencimento periférico, os desdobramentos da pandemia sobre a educação de estudantes negras/os e pobres e as políticas de permanência nas universidades brasileiras atravessam os assuntos que muito bem abordamos.

    Essa iniciativa é apoiada pelo edital universitário “Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade” da Diretoria da Diversidade da Universidade de Brasília (DIV/UnB).

    ||| FICHA TÉCNICA

    Pesquisa, entrevista e roteiro: Zane e Hellen

    Produção: Hellen

    Edição de som: Zane

    Redes Sociais: @oparapodcast e @oficinaescrevivencias

    Realização: Podcast Opará, Oficina Escrevivências e Diretoria da Diversidade (DIV/UnB)

    Agradecimentos especiais: Aline e Pedro pelo apoio técnico (gravação)

    ||| TRILHA

    Biblioteca de áudio do Youtube.

    ||| REFERÊNCIAS

    AMADOR DE DEUS, Zélia. Caminhos trilhados na luta antirracista. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

    COLLINS, Patricia Hill. Pensamento Feminista Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução de Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Boitempo, 2019.

    DIOP, Cheikh Anta. A unidade cultural da África Negra: esferas do patriarcado e do matriarcado na Antiguidade Clássica. Luanda-Angola: Edições Mulemba; Edições Pedago, 2014.

    DU BOIS, W.E.B. As Almas do Povo Negro. Tradução de Alexandre Boide. São Paulo: Veneta, 2021.

    FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato Silveira. Salvador-BA: EDUFBA, 2008.

    GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

    hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

    MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo: Perspectiva, 2019.

    Mon, 25 Oct 2021 - 49min
  • 7 - Mulungu | 1. Mulher negra de nome e sobrenome

    No episódio que abre a série Mulungu, Maíra de Deus Brito, jornalista, escritora e intelectual, mestra e doutoranda em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, enunciou palavras inspiradoras às calouras/os, que por conta do cenário pandêmico de COVID-19 ainda não puderam conviver de maneira plena os ambientes presenciais que a vida universitária possibilita. Essa iniciativa é apoiada pelo edital universitário “Formação e Informação em Direitos Humanos e Diversidade” da Diretoria da Diversidade da Universidade de Brasília (DIV/UnB).

    Com muita leveza, a convidada acalenta e arrebata em suas respostas à conversa proposta. Ela tratou de assuntos delicados como o assassinato da juventude negra operado pelo Estado brasileiro e sua força policial e militar cada vez mais violentas, claro, sem perder de vista o protagonismo e agência do Movimento de Mães, Familiares e Amigos/as das vítimas da violência letal institucional.

    O lado de quem fica também precisa ser dito, a autora de “Não. Ele não está” manifesta seu apoio junto às mães das vítimas. Em sua obra, as importantes contribuições e ensinamentos destas mulheres organizadas em seus coletivos, bairros, cidades e nacionalmente transformam o ativismo negro, a luta pela democracia e o movimento de mulheres atuais. Este episódio é um chamado à luta, ao passo que também é um ato corajoso de afeto que inspira o nosso projeto de libertação plena.

    |||| Ficha Técnica ||||

    Pesquisa, entrevista e apresentação: Zane do Nascimento e Hellen Rodrigues

    Produção: Hellen Rodrigues

    Gravação e edição: Zane do Nascimento

    Realização: Opará, Oficina Escrevivências e Diretoria da Diversidade (DIV/UnB)

    Divulgação: @oparapodcast @oficinaescrevivencias @leitora.77

    |||| Referências do episódio ||||

    BRITO, Maíra de Deus. Não. Ele não está. Curitiba: Appris, 2018 (Coleção Direitos Humanos e Inclusão)

    BRITO, Maíra de Deus. “O sonho acabou”: o extermínio e a negação do futuro para a juventude negra brasileira. In: FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro; PIRES, Thula Rafaela de Oliveira (Org). Rebelião. Brasília: Brado Negro, Nirema, 2020, p. 147-156. Disponível em: <https://bradonegro.com/Rebeliao.pdf>

    FBSP – FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021. São Paulo: FBSP, Ano 15, 2021. Disponível em: <https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/07/anuario-2021-completo-v4-bx.pdf>

    GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Flávia Rios e Márcia Limas (Org). Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

    MUNANGA, Kabengele. Nosso racismo é um crime perfeito– Entrevista com Kabengele Munanga. Fundação Perseu Abramo. São Paulo. Fundação Perseu Abramo. 8 de setembro de 2010. Disponível em:<https://fpabramo.org.br/2010/09/08/nosso-racismo-e-um-crime-perfeito-entrevista-com-kabengele-munanga/>

    Outras fontes importantes:

    Documentário:Autos de Resistência. Direção de Natasha Neri e Lula Carvalho (2018)

    Páginas de Facebook: Mães de Manguinhos, Mães de Maio e Lélia Gonzalez Vive Oficial

    Instagram: @jornalistabrito @nao.ele_nao_esta @leliagonzalezvive

    Podcasts:  “Amefricanifesto - por mulheres negras” (Lélia Gonzalez Vive), Episódio “O nascimento do Samba” e a série “O Samba das Pretas”, ambos do História Preta/Thiago André.

    Wed, 08 Sep 2021 - 36min
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