Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

“Linguagens da Verdade”, textos escritos por Salman Rushdie entre 2003 e 2020, um livro de viagens de André Gide, prémio Nobel em 1947, um livro sobre Vladimir Putin escrito por Martin Galeotti e um livro de diários de Rentes de Carvalho.

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Um grande livro sobre ninharias de um autor de culto, a biografia de um figura bigger than life do tempo da outra senhora, reflexões sobre cinema e os arquivos do teatro de revista.

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Antecipando a comemoração de mais um aniversário do 25 de Abril recupera-se o humor corrosivo dos cartoons de João Abel Manta e do gin tónico de Mário-Henrique Leiria, que nascem há cem anos. Os viciados na política têm agora em português de Oxford com O Essencial da Política Portuguesa. E a literatura sem ficção tem um novo título de Susana Moreira Marques interrogando a condição feminina na esteira de Maria Lamas.

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O governo recusou-se a entregar ao Parlamento o parecer com a fundamentação para despedir os mais altos responsáveis pela TAP, mas entretanto lembrou-se de que o parecer que não queria entregar afinal não existe. A despesa estrutural do Estado não podia aumentar, mas afinal vai haver um aumento extraordinário de pensões, que há-de permanecer para o futuro. E a eliminação do IVA em certos produtos alimentares, que era uma péssima ideia, segundo o ministro das Finanças, entrou esta semana em vigor. Tudo isto na semana em que o PS completou meio século de existência, António Costa retirou a José Sócrates a medalha de pioneiro das maiorias absolutas à esquerda e um grupo de activistas, num protesto climático, baixou as calças durante a festa de anos socialista. O clima não está fácil.

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Enquanto noutras latitudes se derrubam estátuas, Lisboa exalta a saga colonial na arte da calçada portuguesa. Os brasões em topiária (é permitido consultar o dicionário) estão agora gravados na pedra. O assunto, que já foi polémico, parece no entanto um irrisório fait divers perante os crimes cometidos em surdina e de sotaina no seio da Igreja Católica: que Deus lhes perdoe; se puder. Também ficará para memória futura a despedida anunciada de Catarina Martins, depois de uma década à frente do Bloco de Esquerda. O que esperar da senhora que se segue? Do que não se estava à espera era do momento de fricção a que se assistiu esta semana entre o Presidente da República e o Presidente da Câmara de Lisboa. Marcelo deu um puxão de orelhas, em público, a Moedas e Moedas não se ficou. Mas que haverá de comum entre o “emigrante” Moedas e os imigrantes-vítimas que têm sido notícia, ultimamente, pelas piores razões?

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Há greves e greves. Há anões e gigantes. Há canhões e cabrões. De tudo isto se fez a semana e se faz uma conversa por onde passa a indignação dos professores e a inquietação do governo. Inquietação não só com os tumultos no sistema educativo, mas também com as suspeitas que recaem sobre dois antigos autarcas agora em funções governativas; um deles, ministro das Finanças. No capítulo de anões e gigantes fala-se dos almoços de Passos Coelho que estão a alimentar especulações políticas. Quanto a canhões e cabrões, pode não parecer mas o que está em causa é o hino nacional. Às almas! Às almas!

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O mundo anda agitado. Putin avisa que o perigo de um conflito nuclear está a aumentar. O presidente do Peru, a quem o poder que tinha não chegava, quis tornar-se ainda mais poderoso com um golpe de Estado. Um príncipe alemão de extrema-direita também achou que estava na altura de tomar o poder pela força. Houve um temporal em Lisboa, com inundações que só surpreendem quem tem a memória fraca, mas desta vez com uma justificação de pronto-a-vestir: as alterações climáticas. E com tudo isto a acontecer, o protagonista da semana foi… Cristiano Ronaldo. E se o psicodrama de Cristiano Ronaldo fosse ter-se convencido de que é… Cristiano Ronaldo?

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O secretário de Estado queixou-se do “preconceito da corte da bolha mediática”, no princípio da semana, e no final da semana já não era secretário de Estado. Será isto a prova provada do poder da bolha? Marcelo puxou as orelhas a uma ministra e o primeiro-ministro desvalorizou falando da “criatividade” do Presidente. Teria em mente a ideia de que o mais alto magistrado da nação “é um grandessíssimo artista”? (Curioso, como a palavra “artista” pode ter, em português, o seu quê de insultuoso.) Putin está a perder, Trump também não ganhou e o gonçalvismo no PSD está pelas ruas da amargura. Tudo isto na semana em que a poesia de Carlos Drummond de Andrade serve que nem uma luva para comentar as novidades da política interna do PCP: “Mundo, mundo, vasto mundo / Se eu me chamasse Raimundo / Seria uma rima, não seria uma solução”.

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Marcelo apresentou Passos Coelho como “senhor sempre primeiro-ministro” e criou um facto político; ele que foi o criador do conceito de facto político. Moedas voltou a exclamar “aqui estou”; falta saber com que intenções. OS e PSD trocaram de posições a respeito das contas públicas; uma dança em que por vezes se tem dificuldade em perceber quem é quem. E nesta conversa há sopa de tomate e girassóis. Talvez um dia destes ocorra a um qualquer grupo activista atirar girassóis à lata de sopa de tomate de Andy Wharol.  

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O último acto público de Isabel II foi dar posse a uma nova chefe de governo: haverá alguma relação de causa-efeito entre os dois factos? Será de ter em conta esse último acto oficial? De que modo virá a nova primeira-ministra britânica a relacionar-se com a memória do tempo em que exibia publicamente o seu horror à monarquia. É este, claro, o assunto central da semana. Mas também se fala de outros assuntos bem mais plebeus: do pacote de Costa (salvo seja), da carta de um músico à primeira dama ucraniana, da escolha do novo ministro das Finanças e do merchandising da Festa do Avante.

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Marcelo beijou a barriga de uma grávida na semana em que o país discutiu a ruptura nas urgências de obstectrícia. Onde começa o afecta e termina a mensagem política de um político conhecido por não dar ponto sem nó? Sócrates deu uma entrevista à SIC, explicando porque não responde aos tribunais: sem “bons modos” não cumpre obrigações legais. E na guerra de Putin contra a Ucrânia, Costa ficou a falar sozinho: por inépcia ou por opção?

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No dia de Camões, há quem proponha vieirismo. Mas o do Padre António Vieira; é de outro estilista da língua que se fala, a propósito da derrocada do vieirismo-costismo no Benfica. O antigo presidente queixa-se do atual, que por acaso foi ele que escolheu. Assim como o PCP denuncia uma “operação global” contra o partido. Terá genuínas razões de queixa ou está a construir uma teoria da conspiração para se defender de quem o crítica? Merkel, também muito criticada por ter tentado apaziguar Putin, veio esta semana justificar-se pela primeira vez desde o início da guerra. Uma semana marcada pela morte de Paula Rego, que pintava “para dar uma face ao medo”

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No final da primeira semana de estado de emergência, continua a crescer o número de mortos e infetados em todo o mundo, num clima de incerteza que entre os parceiros europeus parece ter azedado de vez. Esta semana Ricardo Araújo Pereira declara-se epidemiologista amador, João Miguel Tavares reclama o título de cientista político e Pedro Mexia sente-se politiqueiro. O Governo Sombra foi emitido a 27 de março na SIC

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O Governo Sombra reúne-se diariamente durante 15 dias para debater o estado de emergência em Portugal. Cada vez mais desesperados com o isolamento profilático, os ministros do Governo Sombra não conseguem ver "o fim ao tacho" desta pandemia. Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Carlos Vaz Marques analisam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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Em tempos excepcionais, medidas excepcionais. O Governo Sombra reúne-se diariamente durante 15 dias para debater o estado de emergência em Portugal. Desta vez uma rápida viagem ao Brasil de Bolsonaro e a Timor, onde um grupo de portugueses foi ameaçado pela população local. Um gabinete de crise constituído por Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Carlos Vaz Marques, que analisam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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Em tempos excepcionais, medidas excepcionais. O Governo Sombra reúne todos os dias para debater o estado de emergência em Portugal. Desta vez uma análise detalhada à notícia do excesso de deputados na bancada do PSD e à entrevista de António Costa à TVI. Um gabinete de crise constituído por Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Carlos Vaz Marques, que dissecam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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Em tempos excepcionais, medidas excepcionais. O Governo Sombra vai reunir-se diariamente durante 15 dias para debater o estado de emergência em Portugal. Um gabinete de crise constituído por Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Carlos Vaz Marques, que analisam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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Um Governo Sombra em estado de emergência, com o ministro do Estado Pedro Mexia, "perplexo com os grandes defensores de um Estado muito forte" e consciente que o isolamento dos portugueses não terá efeitos imediatos e será difícil de aguentar. Ricardo Araújo Pereira, que não costuma sair muito de casa, considera que o facto de lhe dizerem que "não deve sair" muda tudo. Já João Miguel Tavares frisa que há duas semanas os portugueses já queriam mais medidas do que o Governo e que "isto não é uma guerra", ao contrário do que disse Marcelo Rebelo de Sousa. Neste episódio emitido a 20 de março na SIC, Pedro Mexia declara-se colaborante, Ricardo Araújo Pereira sente-se marshall e João Miguel Tavares confessa-se de boca aberta

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Pedro Mexia diz que é normal que as pessoas tenham comportamentos estranhos. Ricardo Araújo Pereira acrescenta: "Quem tem cu tem medo”. O primeiro confessa-se apocalíptico, o segundo nega ser negacionista e João Miguel Tavares diz-se cavernícola. O Governo Sombra foi emitido a 14 de Março na SIC

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Vera Arreigoso, jornalista do Expresso especializada em temas de saúde, analisa o mais recente boletim epidemiológico da DGS sobre os infetados em Portugal, esclarece quais os principais sintomas e responde às principais preocupações dos portugueses neste momento - "posso viajar?" e "o que faço com os miúdos em casa sem escola?". Ouça este especial do Expresso sobre o novo coronavírus

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João Miguel Tavares, Ricardo Araújo Pereira e Pedro Mexia comentam a operação que fez quase meia centena de arguidos e várias buscas em diversas sociedades de clubes de futebol, dirigentes, escritórios de advogados e agentes intermediários. O Governo Sombra foi emitido a 6 de março na SIC

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Com as vacas loucas era a carne de frango, com a gripe A foram os frasquinhos para lavar as mãos, agora são as máscaras. Ricardo Araújo Pereira e o seu ceticismo falam numa “proposta comercial” para cada pandemia. Carlos Vaz Marques pergunta: “afinal, o que é que nós temos a menos que os outros para ainda não termos um único caso de Coronavírus?”. João Miguel Tavares, também cético, diz que, se tivermos um milhão de casos, como diz a ministra da saúde, “nem vale a pena adotar medidas de prevenção, porque isso é toda a gente”. Quanto aos estados de espírito, Ricardo Araújo Pereira confessa-se castrado, Pedro Mexia diz-se vingado e João Miguel Tavares surpreendentemente socrático. O Governo Sombra foi emitido a 28 de fevereiro na SIC

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Numa semana marcada por um caso de racismo no futebol que deu muito que falar e pela decisão no Parlamento de despenalizar a eutanásia, são esses os grandes temas do Governo Sombra. Ricardo Araújo Pereira quer ser o ministro da passarada por causa do 'passarão que quer fazer de nós passarinhos' - será que não existem alguns pássaros estúpidos?! Já Pedro Mexia quer ser ministro do gesto de Marega, que se recusou a ser conivente com insultos racistas. Em relação a estados de espírito, esta semana João Miguel Tavares declara-se inamistoso, Pedro Mexia confessa-se arguido e Ricardo Araújo Pereira sente-se intersindical. O Governo Sombra foi emitido a 21 de fevereiro na SIC

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A afirmação é de Ricardo Araújo Pereira, que se manifesta contra um referendo sobre a eutanásia e se considera 'escandalizado' com todos aqueles que em tempos foram contra o referendo e agora se manifestam a favor - “acho escandaloso que a Igreja agora ache que a eutanásia é uma questão referendável”. Além deste tema, ainda foram analisadas as acusações da Venezuela ao 'reino de Portugal' e os preços do imobiliário em Lisboa. Ricardo Araújo Pereira declara-se arrendado, João Miguel Tavares confessa-se vetado e Pedro Mexia sente-se elegível. Um programa emitido a 14 de fevereiro na SIC

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Ricardo Araújo Pereira quer ser ministro do IVA e admite a sua ingenuidade por ter pensado que a descida do IVA da eletricidade fosse possível - "toda a gente queria baixar o IVA e de repente 'agarra-me senão eu baixo o IVA' e acabo com a estabilidade". Esta semana João Miguel Tavares está de quarentena, Mexia confessa-se descontextualizado e, enfim, Araújo Pereira sente-se caricatural. O Governo Sombra foi emitido na SIC na noite de 7 de fevereiro

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A afirmação é de João Miguel Tavares, sobre a polémica em torno de Abel Matos Santos. Já Ricardo Araújo Pereira quer ser ministro do aumentativo por causa de Chicão, embora preferisse um Chiquinho. "Chicão não é muito melhor que Paulinho das feiras". Um Governo Sombra que vai do Congresso do CDS à declaração racista de André Ventura, passando ainda pela fonte da investigação Luanda Leaks, Rui Pinto, e pela confiança política que Joacine perdeu. Um programa emitido na SIC a 31 de janeiro

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Ricardo Araújo Pereira quer ser o ministro da surpresa. Isto porque a protagonista da semana é Isabel dos Santos e RAP sublinha como é engraçado ver o sobressalto e até mesmo o espanto de tantos perante as notícias de corrupção. Neste Governo Sombra João Miguel Tavares confessa-se implodido e Pedro Mexia declara-se operário. O programa foi emitido a 24 de janeiro na SIC

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Ricardo Araújo Pereira confessa-se celibatário, Pedro Mexia sente-se o sexto e João Miguel Tavares declara-se verde elétrico. Neste Governo os ministros analisam detalhadamente a "graçola" do Zequinha e antecipam cenários possíveis no PSD. O programa foi emitido na noite de 17 de janeiro na SIC

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Uma mudança de canal televisivo em grande, para um estúdio grande, com uma mesa grande. Na SIC, no primeiro episódio do renovado Governo Sombra, João Miguel Tavares assume a pasta de ministro da contabilidade criativa, para falar da criatividade do Orçamento do Estado, Pedro Mexia quer ser ministro do clima e Ricardo Araújo Pereira sente-se complicado dos nervos, sobretudo por causa da tosse de Pedro Mexia, mas também por causa das notícias mais recentes sobre o Irão

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Os quatro ministros pegaram nas respetivas pastas e mudaram de estação televisiva. Esta sexta-feira, 10 de janeiro, o Governo Sombra toma posse na SIC. Como habitualmente, João Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e Carlos Vaz Marques mantêm-se na sombra para mudar o mundo, rumo à maioria. Não perca - e use a sua app de podcast para assinar o programa depois de a emissão ir para o ar

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Nos últimos dias de estado de emergência, Pedro Mexia quer ser ministro dos 4mil, por causa do limite do SNS com 4 mil camas, o ponto que pode vir a ser de retrocesso das medidas de desconfinamento. Já João Miguel Tavares considera que o "Governo não foi corajoso em relação às escolas", mas acompanha o primeiro-ministro nas restantes medidas. Esta semana Ricardo Araújo Pereira declara-se esférico, Pedro Mexia confessa-se impedido e João Miguel Tavares sente-se febril. O Governo Sombra foi emitido na SIC a 1 de maio

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No primeiro aniversário confinado do 25 de abril, o Governo Sombra debate a zaragata por causa das comemorações oficiais do dia da liberdade. Mas antes Ricardo Araújo Pereira quer ser ministro da telescola: "pela reacção ao trabalho destes professores, aprendi que um negócio que dá dinheiro em Portugal é a venda de archotes e forquilhas". Por seu lado, João Miguel Tavares julga que existem mais pessoas a criticar aqueles que dizem mal da telescola do que o contrário. "Chateio professores com regularidade, mas a minha experiência de pai de 4 filhos é de grande empenho dos professores" e este canal 'RTP Educação' devia existir em permanência. Mexia considera que a telescola cumpre com os objetivos. O Governo Sombra foi emitido a 24 de abril na SIC

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Ricardo Araújo Pereira quer ser ministro do Big Brother. João Miguel Tavares confessa-se calibrado e Pedro Mexia democrático. Quando se fala de utilizar os dados pessoais para controlar os movimentos dos infetados com o novo coronavirus, “há quem se apresse a dizer que sim”, diz Ricardo Araújo Pereira. Pedro Mexia corrobora: “há quem não se importe de ceder os seus dados porque acha que não tem nada a esconder, o que é um argumento ridículo”. O Governo Sombra foi emitido a 17 de abril na SIC

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Depois de mais uma semana de confinamento, Ricardo Araújo Pereira concorda com os místicos que consideram a covid-19 'um castigo da natureza' e vai mais longe: "eu não fui contaminado pela covid-19 porque... reciclo". Mexia tem particular interesse nos diários de quarentenas de luxo, de quem vai da piscina para o ginásio e do ginásio para a piscina. João Miguel Tavares quer ser ministro do chumbo por causa da posição de Rio e do PSD. O estado de espírito de Araújo Pereira passa pelo tom desafinado, João Miguel Tavares confessa-se amedrontado e Pedro Mexia declara-se setenta. O Governo Sombra foi emitido a 10 de abril na SIC

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Pedro Mexia abandonou o relógio e Ricardo Araújo Pereira, em videochamada, quer ser o ministro da pandeconomia. João Miguel Tavares é o ministro das datas e considera que a maneira de enfrentar esta crise é conseguir o equilíbrio entre questões de saúde e economia, "um trabalho de subtileza, inteligência, rodeado de especialistas". Esta semana Ricardo Araújo Pereira confessa-se achatado, Pedro Mexia declara-se sossegado e João Miguel Tavares sente-se insuportavelmente monotemático. O Governo Sombra foi emitido a 3 de abril na SIC

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João Miguel Tavares saiu à rua e viu mais gente do que esperava. Ricardo Araújo Pereira diz que não se pode julgar quem anda lá fora, porque não se sabe em que condições vivem - "uma coisa é um T2 na Arrentela, outra coisa é ter um quintal para espairecer um pouco". Pedro Mexia mostrou-se satisfeito com a carta aberta aos italianos da presidente da Comissão Europeia e Carlos Vaz Marques está impressionado com o número de armas vendidos nos EUA e o número de desempregados em 15 dias - 6,6 milhões. Os membros do Governo Sombra analisam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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Com a renovação do estado de emergência, o Governo Sombra renova também o seu gabinete de crise diário, apesar do desespero evidente dos ministros isolados em casa. "Os cientistas que se juntem e arranjem uma data para acabar com isto", pede João Miguel Tavares. Pedro Mexia fala da estratégia pouco consensual dos suecos, que continua com escolas, restaurantes e bares abertos, mas já conta com mais de duzentos mortos. Os membros do Governo Sombra analisam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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O Governo Sombra reúne-se diariamente durante 15 dias para debater o estado de emergência em Portugal. O ministro da compaixão é Pedro Mexia, que considera as declarações do ministro holandês "absurdas". Já Ricardo Araújo Pereira está fascinado com o rei da Tailândia. Os membros do Governo Sombra analisam as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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O Governo Sombra reúne-se diariamente durante 15 dias para debater o estado de emergência em Portugal. João Miguel Tavares gostaria que a covid-19 tivesse aparecido depois da rede 5G e não antes, como de facto aconteceu. Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Carlos Vaz Marques analisam a curva epidemiológica e também as notícias do dia a partir das suas bibliotecas pessoais e à sexta-feira à noite encontram-se para a edição regular nos estúdios da SIC

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É nazismo para cá, nazismo para lá… As acusações mútuas, em tempo de guerra, vão todas dar à mesma analogia, num medir de pilinhas nazis. Putin, sem nada para anunciar no tão aguardado discurso de 9 de Maio, inventou uma iminente invasão da Rússia pela Nato para justificar a invasão real da Ucrânia pela Rússia. Ao mesmo tempo, Ursula van der Leyen falou do sonho europeu em tom de filme de Hollywood e Macron recuperou a obsessão francesa pela Europa a duas velocidades. Ainda assim, a guerra não acabou com a Covid e voltámos a ter notícias do famoso RT, nem com a propensão para a família, no sentido nepotista do termo, ou talvez mesmo siciliano, do slogan ‘deus, pátria, família’ recuperado pelo partido de André Ventura.

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Putin deu seis metros de distância e depois fez notar ao secretário-geral da ONU que ainda conseguia chegar mais longe: à hora a que Guterres estava em Kiev, uma salva de mísseis completou a guarda de honra. A distância que os ucranianos procuram, fugindo para o extremo ocidental da Europa, não é suficiente para os pôr a salvo de interrogatórios russos: vide a autarquia CDU de Setúbal. Tudo isto na semana em que a vitória de Macron não foi suficiente para derrotar Le Pen. Daqui por cinco anos falamos. Mas mesmo a esta distância já há razões para preocupação.

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No domingo passam dois meses do início da guerra de Putin e os franceses escolhem o futuro presidente com uma amiga de Putin (embora agora o renegue) no boletim de voto. Santos Silva falou mais do que Zelenski, na sessão solene da Assembleia de República, mas o presidente ucraniano aguentou firme o discurso em português. O discurso e os hinos. Resistência não lhe falta, como está há dois meses a provar ao mundo. O PCP não esteve no hemiciclo, mas apareceu à hora da ‘flash interview’ para contestar o 25 de Abril ucraniano. E como neste programa não estamos legalmente impedidos de ter um ministro sombra, esta semana temo-lo. Jorge Moreira da Silva, candidato ã liderança do PSD, também não está legalmente impedido de ter um Governo Sombra e já fez saber que virá a tê-lo se suceder a Rui Rio

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O Conselho de Estado foi unânime na condenação da invasão russa; a voz que poderia ter destoado faltou à reunião e não custa imaginar o alívio com que Marcelo saudou o facto de aquela cadeira ter ficado vazia. Assim sendo, no photo finish das condenações, o Presidente atribui a Portugal o primeiro lugar. Outro sinal claro de repúdio pela invasão: a notícia de que o Banco de Portugal congelou os 242 euros de uma conta em nome de um cidadão cujo nome foi incluído lista dos amigos de Putin; como não se lhe conhece o nome, chamemos-lhe apenas o oligarca pelintra. Ao fim da terceira semana de guerra, Putin coreografou um comício da milhares de pessoas, depois de ter ameaçado (num discurso que meteu “ostras, caviar e liberdade de género”) os “mosquitos” que o estão a incomodar. Entre eles, provavelmente, cidadãos que saem à rua com uma folha em branco e que, por essa extraordinária ousadia, acabam a ser levados pela polícia para parte incerta.

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Haverá na guerra vitórias morais? Pode um agressor ser aceite depois do crime de subjugar o agredido? Será mais improvável um comediante tornar-se presidente ou um presidente civil ascender à categoria de herói militar? E em caso de devastação apocalíptica, quem ficará cá, além das baratas, para cobrar a aposta perdida por aqueles que garantem ser impossível o recurso ao arsenal nuclear? Tantas perguntas para tão poucas respostas, abrindo caminho ainda a outras inquietações; por exemplo: quem, aos olhos de Ricardo Araújo Pereira, estará a sofrer de miopia? 

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Houve mérito ou será o rabo virado para a lua que explica o que aconteceu? Costa deu o abraço do urso aos partidos à esquerda do PS e (achtung!) Rui Rio fez o resto, com a preciosa ajuda das sondagens. O empate técnico acabou por redundar numa maioria absoluta e há comentadores que, de acordo com uma expressão de Dickens, deviam estar agora a comer o chapéu. No rescaldo da noite eleitoral, houve estertores, mortes ainda sem certidão de óbito e forças políticas muito mal tratadas. Tal como houve forças emergentes e a ascensão de novos protagonistas políticos. Se nada de anormal acontecer entretanto, vão ser quase cinco anos a lidar com esta nova paisagem parlamentar.

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